Dragão joga bem e volta ao G-4

Atlético venceu mais uma  e está no G-4. Foto:Benedito Braga/O Popular

Bola rolando 2013: Goiano – 1ª fase – 12ª rodada – Atlético 3 x 0 Grêmio Anápolis #26

O Dragão apresentou um bom nível de jogo contra o Grêmio Anápolis e venceu de forma convincente. O que falta é conseguir emplacar uma sequência de boas atuações no Serra Dourada e fora dele. A entrada do meia João Paulo fez bem ao time e principalmente a Robston.

Robston voltou a ser o terceiro homem do meio-campo e quando conseguir alcançar seu ápice físico poderá desequilibrar, embora acredite que não mais voltará a ser aquele Robston estraçalhador de outrora.

João Paulo tem bom passe, bom cruzamento e juventude para fazer a ligação. Pode dar mais do que deu é preciso aguardar, mas a impressão foi boa. A forma de jogar de Pipico completa um pouco o meio-campo, falta acertar a sintonia fina com o artilheiro Ricardo Jesus.

Outro jogador que cresceu foi o lateral Leonardo. Embora esteja longe de participar de maneira satisfatória, o lateral esquerdo foi bem contra o Furacão e fez um golaço contra o Grêmio Anápolis. Promissor com a camisa da Lusa, Leonardo era criticado por ser ultra ofensivo, na Europa teve que jogar mais defensivamente e agora sofre para se readaptar.

A lateral direita segue com problemas. Paulo Henrique Martins e John Lennon não deram conta, o melhor é Dodó quando cai pelo setor. Não sei se Waldemar Lemos terá essa coragem. O time está engrenando aos poucos, agora é hora da diretoria se virar e pagar o que deve.

Dragão começa a reagir

Zagueiro Artur ganha mais uma na defesa. Foto: Benedito Braga/O Popular

Bola rolando 2013: Goiano – 1ª fase – 10ª rodada – Atlético 4 x 0 Aparecidense #25

O Atlético deu início a seu processo de reabilitação no Campeonato Goiano com a goleada sobre a terceira colocada Aparecidense. Os gols começaram a sair, o time continua sem sofrer e jogadas bem trabalhadas também estão se desenhando. Ainda é cedo para dizer, mas podemos arriscar que o time rubro-negro será o único a causar algum tipo de dor de cabeça para o Goiás.

A peleja contra a Aparecidense não foi tão fácil como o placar sugere. Nos primeiros quarenta minutos de jogo, o Dragão encontrou um jogo duro e tinha problemas de criação. Robston e Juninho estavam mal no jogo. John Lennon ia bem melhor na esquerda do que foi na direita, mas continuava muito afoito.

Quando parecia que o primeiro tempo acabaria no 0 a 0 e Waldemar Lemos já pensava nas alterações, o ótimo Artur roubou a bola na defesa e esticou para Pipico que avançou, enxergou Robston no meio. O volante rolou para Ricardo Jesus que saiu da área para dar opção e empurrou para John Lennon que cruzou prensado e encontrou Pipico dentro da pequena área. Gol bem construído.

No minuto seguinte Robston tabelou com Juninho e marcou seu primeiro gol desde o seu retorno ao Dragão. Desabafou, xingou parte da imprensa, mas segue devendo bola. Os dois gols em dois minutos colocaram a Aparecidense nas cordas.

No segundo tempo, o Dragão voltou mais solto, tranquilo e não teve dificuldades para nocautear o Camaleão. Pipico apareceu bem novamente puxando contra-ataque por dentro e acionou Ricardo Jesus na ponta esquerda. O atacante chutou com a canhota sem chance para Pedro Henrique.

O lance do segundo gol foi belo. Dodó, como lateral, fez o cruzamento, Pipico não alcançou e a bola ficou com Ricardo Jesus. O camisa 9 dominou e bateu de direita, consciente, colocado, de curva, no ângulo. Gol de artilheiro. A briga será boa.

O Dragão aos poucos vai se acertando no 4-3-3 de Waldemar Lemos que defensivamente é um 4-2-3-1. A entrega de Pipico na marcação mostra que é possível esse sistema. Juninho precisa se ligar, pois Barbio está doidinho para voltar ao time titular.

Agora é manter a pegada. 

Goiás vence o Vila mais uma vez

Walter comemora com Neto Baiano. Foto: Rosiron Rodrigues

Bola rolando 2013: Goiano – 1ª fase – 10ª rodada – Vila Nova 0 x 2 Goiás #24

A zebra passou longe do Serra Dourada no clássico entre Vila Nova e Goiás. Isso mesmo, zebra. Uma vitória colorada é considerada anormal se julgarmos os últimos resultados entre as duas equipes. Se o julgamento for pautado no momento vivido pelos dois clubes, é maior ainda. Darío Pereyra, técnico do Vila Nova, ainda foi além e disse que vê o Goiás imbatível.

No jogo deste domingo o time vermelho adotou uma postura cautelosa, defensiva, e viu nos primeiros minutos essa estratégia dar certo. No entanto, o Goiás apertava perigosamente enquanto Harlei seguia sem trabalhar.

Enderson Moreira apostou em Thiago Mendes e Renan Oliveira nos lugares de Dudu Cearense e Eduardo Sasha respectivamente. Thiago joga de paletó e voltou ao time titular com boa exibição. Renan foi mais tímido, mas deu bela assistência para o gol do infalível Walter.

Sem tantas opções de qualidade, Darío Pereyra apostou no sistema com três volantes para tentar frear o Goiás, mas foi em vão. Na verdade o que estourou mesmo foi o lado esquerdo da defesa onde estava o jovem Allan. O Goiás deitou e rolou nas costas do lateral e saiu por ali o primeiro gol.

O segundo gol saiu depois de uma blitz com várias finalizações nos últimos minutos, duas bolas na trave e defesas de Vinícius. Foi aos 44 que Amaral subiu solitário e certeiro após cobrança de escanteio.

O Goiás segue tranquilo, invicto e favorito ao título. Segundo Darío Pereyra não tem time aqui no futebol goiano que vença o time esmeraldino. E quem pode falar o contrário hoje?

Após muito tempo, Timão cai na Libertadores

Paulinho observa Martínez "a la Neymar" no Estádio Caliente. Foto: AP

Bola rolando 2013: Taça Libertadores – Grupo 5 – 3ª rodada – Tijuana (MEX) 1 x 0 Corinthians #23

Tite já sabia que a partida contra o Tijuana seria uma pedreira. Contra o Corinthians pesava a longa viagem e o gramado sintético. Pesava também a qualidade do adversário. O Tijuana não é bobo, ainda mais jogando em seu incomum terreno. A vitória mexicana impediu o recorde de invencibilidade previsto pelo Timão.

O Corinthians demorou a entender a dinâmica de jogo com a bola rolando, quicando, acelerando na imitação emborrachada de grama. Foi acuado pelo ofensivo time mexicano que apostava na velocidade e na habilidade de Martínez e Riascos.

Os Xolos dominaram o jogo e impuseram a velocidade em quase todos os noventa minutos. O Timão demorou chegar ao ataque e quando chegou marcou duas vezes com Paulinho, mas ambos os lances em impedimento.

Na segunda etapa os donos da casa apertaram um pouco mais até conseguirem um gol em lance duvidoso. Os corintianos pediram impedimento, mas a arbitragem não deu e Gandolfi marcou. O lance é difícil e não se pode colocar na conta da arbitragem a derrota alvinegra.

Após sofrer o gol, o Corinthians ainda pressionou buscando o empate, mas não foi frutífero. O Tijuana se fechou e conseguiu segurar a vitória. Tite mexeu de forma corajosa colocando Edenílson no lugar de Alessandro, Romarinho na vaga de Paulo André e Douglas na vaga de Renato Augusto. Mas nada foi suficiente.

O Corinthians não está tão mal na chave, é o segundo com quatro pontos. No returno jogará duas em casa, embora sem torcida. O problema é que faz o confronto direto com o Millionarios lá na Colômbia. Nada para se preocupar tanto. Ainda.

Palmeiras paga o preço com a derrota

Valdívia lamenta gol perdido e derrota palmeirense na Argentina. Foto: AFP

Bola rolando 2013: Taça Libertadores – Grupo 2 – 3ª rodada – Tigre (ARG) 1 x 0 Palmeiras #22

O Palmeiras foi para a Argentina esperando uma guerra e satisfeito com um ponto. Voltou com o gosto amargo da derrota e consciente que poderia ter ganho a partida, embora ter mostrado tão pouco futebol. O ditado do “quem não faz, leva” foi certeiro mais uma vez. O time ainda depende só dele para avançar na competição, mas isso não é um alento.

O discurso era de que um empate seria um bom resultado na teoria não era absurdo, mas na prática, contra um fraquíssimo adversário, era. Em campo, Gilson Kleina mandou um time mais ofensivo do que teve contra o Libertad, só que o time não conseguiu ser contundente e esbarrou na limitação técnica em boa parte do jogo e no fim, na displicência de Kléber.

Kleina montou a equipe no 4-2-3-1 com Wesley aberto e recuado na direita, Valdivia solto por dentro e Vinícius quase como um ponta pela esquerda. Kléber no comando de ataque. O time não funcionou no primeiro tempo, pois não agredia o adversário e quando tentava errava passes. O Tigre marcava forte e alçava bolas na área, quase fez em um desses cruzamentos.

No segundo tempo, o Palmeiras começou a se soltar. Maikon Leite no lugar de Vinícius e Patrick Vieira no time. Maikon Leite correu, errou e saiu machucado. Entrou Charles. Patrick deu mais vida ao contra-ataque palmeirense, mas foi nos pés de Charles a grande chance. O volante dominou na entrada da área e optou pelo chute quando abrir na direita era a opção mais óbvia. Errou.

Vilson foi expulso e complicou um pouco mais. A equipe ainda se organizou e teve mais uma chance no contra-ataque. Desta vez, Kléber ficou no mano a mano com o zagueiro e conseguiu se desvencilhar, mas na hora de passar para Charles ou finalizar cara a cara com o goleiro inventou mais um drible e se perdeu.

No contra-ataque, o time argentino teve a última bola do jogo. Na bola parada saiu o gol da vitória que poderia muito bem ser verde. A bola pune. E como tem punido e batido no Palmeiras nos últimos tempos.

Goiás passeia no Campeonato Goiano

Neto Baiano disputa jogada com adversário. Foto: Benedito Braga/O Popular

Bola rolando 2013: Campeonato Goiano – 9ª rodada – Anápolis 0 x 4 Goiás #21

A previsão se confirmou e o Goiás terminou o primeiro turno do Campeonato Goiano sobrando na classificação. Contra o Anápolis, o time esmeraldino passeou no segundo tempo e goleou por 4 a 0 com mais uma grande exibição do atacante Walter.

O técnico Enderson Moreira não pôde estar no Jonas Duarte por causa de uma dengue e com isso o auxiliar Luiz Fernando Flores ficou à beira do gramado dando as instruções e recebendo as orientações de Enderson. O time que foi a campo era o mesmo da goleada sobre o Rio Verde.

No primeiro tempo o Anápolis conseguiu equilibrar o jogo e era perigoso com o arisco Moisés e o bom Rafael Grampola. No entanto, o Galo da Comarca sofria na hora do último passe e as chances de gol não eram tão claras. O Goiás também tinha dificuldades para articular as jogadas com Eduardo Sasha apagado e Ramón distante dos atacantes. Neto Baiano saía muito da área e perdia contato com Walter.

No segundo tempo, Caio entrou no lugar de Sasha e pela primeira vez desde que chegou ao clube, entrou ligado na partida. Roubou uma bola no primeiro minuto e rolou para Walter que deu a assistência para Neto Baiano. A porteira estava aberta.

Caio roubou novamente a bola, deu para Neto Baiano que retribuiu a assistência para Walter marcar o primeiro dele. O terceiro nasceu do cruzamento perfeito de Thiago Mendes para o voleio certeiro de Walter. Ainda deu tempo de Amaral aparecer como centroavante e completar cruzamento rasteiro de Vítor.

O Goiás fechou o primeiro turno com onze gols em dois jogos e apresenta sinais de crescimento após as semanas cheias de treinamento. Ponto para o treinador.

Dragão venceu, mas precisa mostrar mais

Pipico deu brilho ao time do Atlético-GO. Foto: Diomício Gomes/O Popular

Bola rolando 2013: Campeonato Goiano – 9ª rodada – Atlético-GO 3 x 0 CRAC #20

Mais uma vez o Atlético-GO mudou de esquema tático para tentar encontrar a formação ideal, o time ganhou, não empolgou, mas voltou a vencer e pode ter apresentado algumas convicções para o técnico Waldemar Lemos para a sequência do Campeonato Goiano.

Foram muitas mudanças, ao todo sete. A defesa não tomou gol, mas não passou segurança. Gilson teve sua melhor atuação no ano, mas porque a comparação é com os dois desastres das duas primeiras rodadas. Ednei jogou sério, mas deu uma pisada na bola de forma bisonha.

Nas laterais, Waldemar sabe que não tem jogadores confiáveis ainda. Leonardo pouco apoiou no primeiro tempo e mais uma vez não conseguiu terminar um jogo, deve perder espaço. John Lennon teve em seu lado do campo o jogo do Dragão no primeiro tempo. Mais uma vez o jogador mostrou que não sabe muito o que fazer quando está com a bola nos pés, é afoito. Mesmo assim ainda participou de dois gols, saiu exausto. O problema é que a sombra dele é Paulo Henrique Martins que entrou mal mais uma vez.

O meio-campo formado por Dodó, Ernandes e Robston se mostrou pouco criativo como era esperado. Pipico teve de sair da ponta esquerda para compor o setor e criar mais jogadas. Robston só não esteve mais apagado por ter acertado bom passe para John Lennon no lance do primeiro gol.

Ricardo Jesus é aquele típico centroavante, jogador de área, quando sai não vai muito bem, mas normalmente guarda 50% das chances que tem de marcar o gol. Juninho foi mal, basta que William Barbio tenha entendido o recado de Waldemar.

O time pode evoluir e não deve ficar de fora da fase final, mas também não tem bola ainda para sonhar em desbancar o favoritismo do Goiás.