Alessandro da Série B para o mundo. Foto: J.F Diorio/Agência Estado |
Jogos que vi
em 2012 – Mundial de Clubes – Final – Corinthians 1 x 0 Chelsea #186
Venceu o
pragmático Corinthians de Tite, o mundo enlouqueceu e está na mão do bando de
loucos. Caso se confirme a profecia maia o mundo acabará preto e branco. Ao
contrário da semifinal com o Al Ahly, o Timão foi impecável taticamente e bateu
o Chelsea por 1 a 0 e conseguiu o título Mundial em Yokohama.
A conquista
coroa o trabalho de Tite que inova o futebol brasileiro com um futebol que
prima a tática, o futebol coletivo, a organização. A diretoria poderia ter
limado o gaúcho na derrota mais humilhante dos últimos anos alvinegros, aquela
para o Tolima, mas preferiu seguir com o trabalho e foi recompensada.
Brasileiro, Libertadores e Mundial.
O bando de
loucos deu show no Japão e mais uma invasão, a mais espetacular, foi vista.
Muitos apaixonados atravessaram o planeta para estar ao lado do clube em seu
momento mais importante da história.
O Corinthians foi
pragmático e venceu pelo placar mínimo os seus dois jogos que fez no Mundial. 1
a 0. Criticado por alguns, mas aposta de Tite, o peruano Paolo Guerrero se
machucou antes da viagem. O jogador se recuperou de forma incrível e foi o nome
do título. Foi da cabeça guerreira de Guerrero que saíram os dois gols do
título.
Há pouco tempo
a Polícia Federal invadia a sede do Corinthians para investigar o clube por
causa da MSI. O time foi na lama da Série B e entendeu que a imponência de um
time é o seu torcedor. Usou isso para crescer e se tornou mais gigante do que
nunca. Se organizou, papou títulos e ganhou o mundo. Exemplo para os demais
clubes, para o rival Palmeiras, para o gigante Flamengo.
O JOGO
Em Yokohama o
Corinthians foi perfeito. Tite estudou o
Chelsea e mudou o time. Saiu Douglas para a entrada de Jorge Henrique que
ajudou Alessandro na marcação. O time inglês veio diferente também. Mais leve,
com a proposta de ter a bola sempre, com Lampard e Ramires como volantes e a
linha de três com Moses no lugar de Oscar e ao lado de Mata e Hazard.
Ao contrário do
que se viu no jogo do Al Ahly, o Corinthians foi perfeito na marcação e fazia
vez ou outra quase que uma segunda linha de quatro jogadores com Emerson
voltando com um dos volantes. A primeira linha foi perfeita no posicionamento.
Tecnicamente Paulinho e Emerson não desequilibraram como o esperado, mas o
Timão tinha o conjunto.
Cássio foi
gigante e fez grandes defesas, Torres ajudou no fim do jogo ao chutar em cima
do bom goleiro e perder gol feito. O Chelsea criou mais, chutou mais, errou
mais. O Corinthians chutou pouco, criou menos, mas foi letal com Guerrero de
cabeça mais uma vez.