quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Chocolate em azul, preto e branco

Barcos comanda a noite impecável do Grêmio no Engenhão. Foto: EFE



Bola rolando 2013: Taça Libertadores – Grupo 8 – 2ª rodada - Fluminense 0 x 3 Grêmio #19

O Grêmio entrou no gramado do Engenhão um pouco mais tranquilo com a derrota do Huachipato no Chile. Entrou também com Fernando de volta ao meio de campo e a volta do 4-4-2. Em uma noite inspiradíssima de Barcos e Zé Roberto, os gaúchos não tomaram conhecimento e atropelaram o atual campeão brasileiro por 3 a 0. Fora o baile.

Abel Braga segue sem conseguir vencer duelos contra Luxemburgo, agora são doze derrotas e três empates. Surreal. Abel mandou a campo um Fluminense ofensivo com Fred, Wellington Nem e Rafael Sóbis à frente. Wagner era o responsável pela ligação resguardado por Jean, que saía também, e Edinho mais plantado. A defesa tinha Carlinhos, Anderson, Leandro Euzébio e Bruno. O lateral-direito viveu uma noite extremamente infeliz e se tornou a “avenida” por onde André Santos desceu por várias vezes.

Luxemburgo deixou para lá o 4-2-3-1 e postou o Grêmio no 4-4-2. Barcos era a referência, mas saía muito da área para flutuar e criar jogadas. Vargas dava a opção com velocidade, houve uma dificuldade na sintonia entre os dois atacantes, mas com entrosamento a dupla engrossará o caldo e dará muito certo.

No meio de campo, Fernando mostrou o porquê não pode sair do time. É forte na marcação, rápido na recomposição e na transição nos dois sentidos, Souza também fez boa partida. Zé Roberto aos 38 anos jogou aberto, fez diagonal, marcou, apoiou, criou, como tivesse 20 anos a menos. Elano teve menos brilho, mas não comprometeu e mandou uma bomba na trave e que poderia ser o quarto gol gremista.

Os três gols tiveram a participação do argentino Barcos. Um monstro. O primeiro gol foi dele, mas não foi. Em cobrança de escanteio o argentino dividiu pelo alto com  Bruno que acabou testando contra o próprio gol.

No segundo o argentino deu um drible tão seco em Bruno que o lateral  caiu no chão, Diego Cavalieri defendeu parcialmente o arremate de Barcos e André Santos, impedido, dentro da pequena área, meio sem querer, fez o segundo gol gremista.

A vitória era justa e incontestável. O Flu era previsível e jogava mal. Deco entrou, Thiago Neves entrou, Samuel também. Pouco mudou. O time das Laranjeiras estava dominado e sofreu o terceiro. Barcos saiu de perto da área, recebeu a bola na intermediária e deu belo passe para Vargas decretar a vitória gaúcha.

O placar colocou o Grêmio na liderança do maluco Grupo 8 onde só os visitantes venceram em duas rodadas. Todo mundo com três pontos e tudo em aberto. A noite de quarta-feira foi perfeita para os gremistas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Milan, como Milan, vence bem o Barça

Milan foi gigante em casa e abriu vantagem sobre o Barcelona. Foto: EFE



Bola rolando 2013: Liga dos Campeões da UEFA 2012/2013 – Oitavas – Ida -  Milan 2 x 0 Barcelona #18

O Barcelona atravessa um momento tão ímpar em sua história que é difícil alguém apontar o adversário dos catalães como favorito antes de uma peleja. Mesmo se for o tradicionalíssimo e multicampeão Milan em San Siro. É fato que o momento da equipe italiana está longe do que foi no passado e por isso a boa  vitória do time rubro-negro foi vista com certo espanto.

O placar de 2 a 0 para o Milan fará com que o Barcelona tenha que voltar a mostrar todo o seu potencial, o que não foi visto nem de longe em Milão nesta quarta-feira. O Milan vem reagindo no Campeonato Italiano alavancado pela presença de Balotelli, mas o polêmico atacante não pode atuar no torneio continental. Não fez falta no jogo de ida contra o Barça.

Olhando uma linha defensiva com Abate, Zapata, Mexés e Constant, você diria que dificilmente Messi e companhia não obteriam sucesso na empreitada. Mas o Milan foi sólido, organizado, dedicado e soube matar o jogo. Com Montolivo, Muntari e Ambrosini se doando muito na marcação, auxiliados por El Sharaawy e Boateng que marcavam pelas beiradas formando uma linha de cinco que compacta com a linha defensiva fechou as ações do Barcelona.

Messi teve noite apagada, assim como todos os seus companheiros. O time não abandonou o seu estilo e teve posse de bola, trocou exaustivamente os passes, rodou na intermediária, mas não agrediu, não infiltrou, chutou pouco e mal.

O Milan, por sua vez, conseguiu ser perigoso quando descia ao ataque. O primeiro gol saiu após um chute da intermediária que pegou nas costas da zaga azul-grená, na mão de Zapata e por fim sobrando para Boateng abrir o placar. O segundo foi bem construído, sem sorte, com lucidez. Bola de Niang da direita para o Faraó, o jovem enxergou bem Muntari que chegou batendo de voleio e fechando o placar.

A missão do Barcelona será dura no Camp Nou. Ninguém pode duvidar do time catalão, mas aquele desprezo (não por parte dos jogadores) natural pelo Milan antes do primeiro jogo não se repetirá. A camisa pesa.  

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Dérbi de gente grande no Pacaembu

Dérbi foi bastante movimentado no Pacaembu. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra



Bola rolando 2013: Campeonato Paulista – 8ª rodada – Corinthians 2 x 2 Palmeiras #17

O futebol é cheio de chavões, frases feitas, máximas. Algumas delas puderam ser associadas ao que aconteceu no Pacaembu. Antes de clássicos desequilibrados os jogadores costuma dizer que dentro das quatro linhas as coisas se igualam. Pois é. O Palmeiras em reconstrução e com o elenco mais frágil fez jogo duro, chegou a virar o placar, mas cedeu o empate. O Corinthians campeão de tudo, com time montado, valioso e entrosado provou um pouco da mística do futebol.

E essa força corintiana foi vista nos primeiros minutos de jogo com uma pressão absurda, duas bolas na trave e um gol. A falha de marcação palmeirense deixou que Emerson finalizasse sem marcação. Diferente do que costuma ocorrer com o Palmeiras nos últimos anos, o time não acusou o golpe e com brio foi buscar o empate. O mesmo veio com bola de Wesley na cabeça de Vilson que cabeceou com toda a liberdade entre os zagueiros alvinegros.

O Palmeiras melhorou no jogo e chegou a estar melhor em campo no fim do primeiro tempo e no início do segundo. A tática de Gilson Kleina e o seu 4-2-4-0 voltava a funcionar. O Palmeiras roubava bem a bola, mas na hora de criar pecava com o delegado Wesley que não passava a bola. Mesmo assim foi do meia o cruzamento para o segundo gol, o da virada, que contou com imensa contribuição de Cássio e arremate do garoto Vinícius que dá ao lado de Patrick Vieira a contribuição para o esquema “sem Barcos” de Kleina funcionar.

Outra máxima é aquela que além de um time forte, é necessário um elenco forte. Tite lançou mão de Alexandre Pato, Renato Augusto e Romarinho. Kleina mandou Charles, Ronny e Caio, os dois últimos entraram com medo do jogo e pouco contribuíram. Por outro lado, Pato participou do gol de empate anotado pelo predestinado Romarinho.

O calor final foi do Timão que empurrado por 35 mil torcedores quase virou na bicicleta de Paulinho. Mas o empate acabou justo. Bom para os palmeirenses que elevaram a autoestima no momento tão difícil que vive o clube. Já os corintianos sabem que o time está começando a se movimentar e que promete estar no auge quando o bicho começar a pegar na Libertadores.

Atlético desencanta em clássico

Atleticanos comemoram gol da primeira vitória no ano. Foto: Joelton Godoy



Bola rolando 2013: Campeonato Goiano – 7ª rodada – Vila Nova 0 x 1 Atlético #16

O Atlético chegou à sétima rodada do Campeonato Goiano pressionado por não ter conseguido uma vitória e animado pela estreia do técnico Waldemar Lemos, apesar dos salários atrasados. O Vila Nova queria mostrar que também pode vencer um clássico, mas acabou derrotado pelo placar magro de 1 a 0.

Os dez dias de recesso na tabela do Goianão fez com que as equipes tivessem um bom tempo para se ajustarem. Tempo que, até então, as equipes não tiveram por causa dos jogos “quarta e domingo” e da maior atenção à preparação física na pré-temporada.

Waldemar Lemos não mostrou nada de muito novo, mas um time mais agudo. O Dragão entrou “teoricamente” com quatro volantes no meio de campo. Madson na cabeça de área, Dodó mais aberto pela direita no losango, Ernandes pela esquerda e Robston como o meia. No ataque, William Barbio aberto pela direita e Ricardo Jesus no comando.

Por outro lado, o Vila Nova teve a estreia de Alexandre Carioca no lugar de Osmar como grande novidade. O ataque teve Henrique Dias com Marco Aurélio e mostrou alguma mobilidade com Henrique Dias preparando as jogadas.

O primeiro tempo teve o Dragão melhor em campo, mas com o Vila Nova descendo com certo perigo. O jogo não era dos melhores por causa do calor, mas com algumas boas chances criadas. Tanto que o goleiro Vinícius apareceu muito bem fazendo grandes defesas.

O gol mesmo só saiu no segundo tempo, e foi rápido. Logo no primeiro minuto de bola rolando o Dragão sacudiu. Dodó cruzou da direita e Ricardo Jesus não alcançou, mas a bola sobrou do lado esquerdo para Ernandes que acertou o cruzamento na medida para Jesus que desta vez não desperdiçou.

Com o gol sofrido o Vila Nova se lançou ao ataque e teve a grande chance de empatar a partida nos pés de Henrique Dias. O atacante, que disse no meio da semana que não conhecia nada do Atlético, cobrou o pênalti no canto direito e Márcio fez a defesa.

Waldemar Lemos mexeu mal na equipe ao colocar Juninho no lugar de Robston, pois o meio-campo ficou muito distante do ataque. Depois teve que sacar o cansado Leonardo para a entrada de Pituca. Ernandes passou para a esquerda e a distância para o ataque ficou maior ainda. Caio entrou no lugar de John Lennon, mas ainda está mal e mostrou pouca coisa.

O Vila Nova só não chegou ao empate porque não teve a qualidade necessária e porque mais uma vez se cansou. Agora o Dragão está há três jogos sem perder e sem sofrer gols, enquanto o Tigrão está há três sem saber o que é vitória.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Palmeiras estreia com vitória suada na Libertadores

Garotos da base comemoram gol da vitória. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra



Bola rolando 2013: Taça Libertadores – Grupo 2 – 1ª rodada – Palmeiras 2 x 1 Sporting Cristal (Peru) #15

A história da comparação do Palmeiras com a seleção de Burkina Faso serviu para tirar um pouco da pressão sobre o time na Libertadores. Apesar da tradição, a equipe paulista é franco-atiradora na competição e estrear com vitória dá um pouco mais de calma para a sequência do torneio.  

Destroçado, o time vai aos poucos sendo remontado pela nova diretoria e pelo Gilson Kleina. A partida contra o fraco Sporting Cristal-PER mostrou que ainda falta muita coisa. No entanto, o jogo mostrou também que o espírito dos jogadores foi de muita luta e acabou compensando as falhas técnicas e táticas.

Gilson Kleina montou o time em um esquema muito estranho, sem atacantes fixos. Foi algo parecido com um 4-2-4-0. Na primeira linha de quatro jogadores Weldinho estreou pela direita e Marcelo Oliveira pelo lado esquerdo. Vilson jogou como um volante ao lado de Márcio Araújo e também fez sua estreia. Na outra linha de quatro jogadores, Souza mais adiantado com Patrick Vieira pela direita e do outro lado Wesley com Vinícius bem aberto.

O alviverde chegava com chutes de média distância, Patrick Vieira, Wesley e Souza tentaram. Mas o gol só saiu mesmo em uma jogada de bola parada. Wesley cobrou na medida para o “artilheiro” Henrique fazer de cabeça. O time se animou com o gol e terminou a primeira etapa com bastante superioridade.

No segundo tempo a tônica era parecida no início. O Palmeiras voltou bem e esteve perto de ampliar, mas não aproveitava as chances. A punição veio com um rebote de Prass e o erro de Marcelo Oliveira que não conseguiu dominar a bola e acabou cometendo pênalti. Lobatón, melhor do time peruano, converteu bem.

O time se abateu e teve muitas dificuldades. Kleina tirou Márcio Araújo colocando o centroavante Caio, avançou Henrique que inverteu com Vilson. Depois lançou o bom Ronny no time no lugar de Vinícius. O gol saiu de uma jogada de Patrick Vieira, cruzamento de Marcelo Oliveira, pivô de Caio e arremate de Patrick.

O Palmeiras conseguiu ganhar na base da transpiração e com um pouquinho de inspiração. Levou sufoco no final e quase sofreu o empate, mas o time volta com vitória na Taça Libertadores e terá agora o Corinthians pela frente.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Galo bate o São Paulo na volta à Libertadores

Ronaldinho comemora com Jô o primeiro gol do Atlético-MG. Foto: EFE



Bola rolando 2013: Taça Libertadores – Grupo 3 – 1ª rodada – Atlético-MG 2 x 1 São Paulo #14

O primeiro confronto de gala entre brasileiros na atual edição da Taça Libertadores já demonstrou o quão será emocionante essa disputa. Um jogo bastante intenso, com um ótimo futebol e muitos detalhes interessantes. A vitória do Galo chancelou a superioridade na partida, mas indicou que em São Paulo a história pode ser diferente também.

A atmosfera do Estádio Independência, alçapão irresistível para o Atlético-MG, era incrível e os jogadores encarnaram o espírito da Libertadores. Tanto que no primeiro tempo só o Galo jogou. O São Paulo seque chutou uma bola ao gol de Victor.

Ronaldinho Gaúcho esteve bem. Bem longe do que foi no amistoso com a Seleção Brasileira contra a Inglaterra. Diego Tardelli foi outra grata surpresa. O atacante jogou aberto pelas pontas e não teve dificuldades em trocar com Bernard. Pierre e Leandro Donizete fecharam bem o meio-campo e acertavam bons passes médios e longos.

O São Paulo de Ney Franco veio com Douglas na direita, posicionado onde atuava Lucas. O time ganhou em marcação, mas o impacto foi sutil. Wellington não marcou tão bem quanto o esperado e Luis Fabiano estava isolado no primeiro tempo.

O primeiro gol saiu em um lance curioso. Ronaldinho estava “conversando” dentro da pequena área com Rogério Ceni enquanto Júnior César era atendido pelos médicos. Na volta, Marcos Rocha cobrou lateral para Gaúcho que se aproveitou e deu passe para Jô abrir o placar.

No segundo, o Tricolor mudou a postura e passou a atacar mais. Osvaldo caía bem pela esquerda, Luis Fabiano perdeu um gol que não costuma desperdiçar. O castigo chegou minutos depois. Ganso havia entrado no lugar de Jádson. Quatro minutos em campo e participou do segundo gol do Galo. Ronaldinho passou por Ganso como quis, por Wellington também e cruzou na medida para Réver ampliar.

Aloísio entrou no lugar de Paulo Miranda e em lance de força dentro da área descontou para o São Paulo. Ganso ainda teve a chance de empatar, mas a bola saiu à esquerda de Victor. O Atlético-MG segue imbatível no Independência.

Tudo em aberto para Old Trafford

Cristiano Ronaldo é o grande personagem do duelo. Foto: Getty Images



Bola rolando 2013: Liga dos Campeões da UEFA 2012/2013– Oitavas – Ida – Real Madrid 1 x 1 Manchester United #13

Intensidade, organização e objetividade foram os pontos fortes do jogo de ida entre o Real Madrid e o Manchester United no Santiago Bernabéu. O empate deixou a vaga totalmente indefinida, mas os ingleses levam um ligeiro favoritismo por decidirem em casa.

O Real Madrid teve um ótimo volume de jogo, fez a lição de casa nesse aspecto: maior posse de bola e 28 finalizações. O problema é que só uma entrou. De Gea estava inspirado e fez boas defesas (uma delas de forma espetacular com o pé), o sistema defensivo do United marcou bem e teve o auxílio dos atacantes. Talvez, Rooney, Welbeck e Van Persie tiveram preocupação excessiva com a marcação e deixaram de criar o que podem no ataque.

O Real Madrid priorizou mais uma vez as descidas pelo lado esquerdo com Cristiano Ronaldo e Coentrão em cima do inseguro Rafael. No entanto, Di María era sempre perigoso pela direita também. O Real começou a partida pressionando e criando chances de gol, uma delas foi na trave com Coentrão.

Mas quem abriu o placar foi o United em cobrança de escanteio. Mesmo com 11 jogadores merengues dentro da grande área, Welbeck apareceu livre para marcar de cabeça. Dez minutos depois, Cristiano Ronaldo saiu da esquerda e apareceu dentro da área com Evra na marcação. O português subiu no terceiro andar e testou lindamente para empatar. Tudo no primeiro tempo.

Os dois times saíram de campo com a sensação de que poderiam ter conquistado a vitória. De Gea fez boas defesas e Xabi Alonso teve que salvar uma bola em cima da linha. Tudo muito igual no confronto. Será que Ronaldo terá motivos para comemorar em pleno Old Trafford?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Agonia continua para o Dragão

Robston observa saída do goleiro do Itumbiara. Foto: Joelton Godoy



Bola rolando 2013: Campeonato Goiano – 6ª rodada – Atlético 0 x 0 Itumbiara #12

O Atlético recebeu o Itumbiara no Serra Dourada já sem Jairo Araújo, com Waldemar Lemos vendo das tribunas e passando algumas orientações e com Chico Santos no banco. A aposta era para um 4-3-3 com referência, mas as fortes chuvas e o gramado quase impraticável atrapalharam os planos do Dragão que ficou no zero mais uma vez e seguiu sem vencer.

Chico Santos sacou um meio-campista, o volante Pituca, para colocar mais um atacante na equipe. O meio de campo ficou mais móvel e melhor passador com Dodó, Ernandes e Robston. A ideia era interessante com Juninho aberto pela esquerda, William Barbio pela direita e Ricardo Jesus na referência.

O Itumbiara veio fechado e explorando as bolas aéreas e os contra-ataques. Mas as estratégias das duas equipes esbarraram no campo encharcado do Serra Dourada. Com muitas poças, a bola parava muito e não privilegiava o jogo de Barbio e Juninho.

O Dragão não conseguiu agredir ofensivamente, mas também não passou grandes sustos contra o Itumbiara. O que continua pesando bastante é a falta de vitórias neste início de temporada.

O técnico Waldemar Lemos viu o jogo e ainda disse que gostou do que viu. Cabe a ele dar uma formatação para essa equipe recuperar a autoestima dos jogadores.

Com o pé esquerdo

Neymar teve dificuldades com a marcação inglesa. Foto: Getty Images



Bola rolando 2013: Amistoso – Inglaterra 2 x 1 Brasil #11

O primeiro amistoso de Felipão no comando da Seleção Brasileira não pode ser trata a ferro e fogo. É o início de um trabalho, uma forma diferente de pensar o futebol e outros métodos. O adversário, no entanto, foi um ponto positivo. Como disse Scolari, daqui para frente não existe mais amistoso e os jogos terão que ser mais cascudos do que chinas, irãs e etc.

O placar foi construído com dois gols originados de erros das defesas, tanto o tento brasileiro quanto o segundo inglês. O resultado poderia ter sido diferente, mas a boa partida da Inglaterra fez com que o resultado parecesse justo em Wembley.

Taticamente o Brasil entrou em campo no 4-2-3-1 “torto”, assim como Felipão fazia no Palmeiras. Oscar jogou aberto pela direita na linha de três e mais recuado para liberar mais Ronaldinho e Neymar. No entanto, Ronaldinho jogou mal enquanto teve em campo e pouco encostou em Luis Fabiano.

Neymar atuou mais uma vez encaixotado pelas duas linhas. Aberto pela esquerda, o craque santista lembrou atuações contra Vélez e Corinthians na Libertadores de 2012. Teve a chance de marcar em uma jogada pela direita de Oscar, mas finalizou desequilibrado no segundo poste. Poderia marcar de pênalti, mas Ronaldinho tomou a bola e desperdiçou.

A Inglaterra jogava em um 4-1-4-1 com Rooney fazendo o que queria como “falso nove”. Atuando entre a defesa e os volantes confundia a marcação brasileira. Walcott aberto pela direita e Welbeck pela esquerda com Cleverley e Wilshere por dentro da linha de quatro do meio.

Cleverley e Wilshere exigiam que os volantes brasileiros não chegassem tão perto do ataque e atrapalhavam a vigilância defensiva. Gerrard jogava com mais liberdade e distribuia bem. O primeiro gol saiu em um lance de Wilshere com Walcott e a sobra de Rooney que não desperdiçou.

Ronaldinho não aproveitou a chance que teve. Apesar de estar mal fisicamente ainda, Gaúcho errou quase tudo que tentou. Felipão voltou com Fred e Lucas nos lugares de Ronaldinho e Luis Fabiano. O time melhorou e subiu a marcação. O sufoco fez com que os ingleses errassem a saída de bola por duas vezes. A primeira Fred guardou, a segundo mandou no travessão.

Quando o Brasil começava a igualar o jogo, Arouca inventou um passe perto da grande área e Paulinho dormiu no lance. Rooney deu para Lampard fazer o da vitória. O resultado traduziu o que foi o jogo e mostrou para Felipão que ainda falta muita coisa.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Empate ruim de engolir

Volante Robston em jogada individual. Foto: Joelton Godoy/Divulgação



Bola rolando 2013: Campeonato Goiano – 5ª rodada – Aparecidense 0 x 0 Atlético #10

O Atlético entrou em campo pressionado para conseguir a primeira vitória e espantar a crise. Jairo Araújo estava por um fio e apenas os três pontos lhe dariam sobrevida no comando técnico do Dragão. O resultado final foi um empate sem gols e, consequentemente, a demissão de Jairo.

Jairo pôde escalar pela primeira vez o meia Caio, reforço de quem se espera muito. Mas o jogador estava visivelmente fora de forma física e encontrou imensas dificuldades para atuar. O time teve uma cara parecida com o que foi pensado na montagem do elenco, um  4-3-1-2.

Sem poder contar com Leonardo na esquerda, Ernandes foi deslocado para o setor da lateral. Com isso Madson foi o primeiro volante, Pituca pela direita (mal tecnicamente), Robston (mal fisicamente) pela esquerda e Caio como o meia, no ataque a velocidade de Barbio e a referência de Ricardo Jesus.

A formatação pensada foi essa, mas a falta de condicionamento físico e a tarde infeliz de outros fizeram com que tornasse ineficiente. No primeiro tempo o time teve o lado direito como ponto forte, mas John Lennon se atrapalhava na conclusão das jogadas e Barbio foi fominha em alguns lances. Pedro Henrique foi bem.

No segundo tempo a Aparecidense melhorou bastante e começou a criar chances, Márcio trabalhou. Pedro Henrique voltou a trabalhar e fez grande defesa em arremate de Robston, mais tarde teve sorte quando Juninho perdeu gol por pouco. Jairo mexeu na equipe tirando Barbio e Caio e colocando Elivélton e o próprio Juninho, Robston também saiu para Jorginho entrar. Nada deu certo. A Aparecidense ainda teve uma bola no travessão no finalzinho.

O Dragão seguiu sem vencer e Jairo não resistiu.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Mais do mesmo no clássico

Renan Oliveira reestreia com um golaço. Foto: Wildes Barbosa/O Popular



Bola rolando 2013: Campeonato Goiano – 5ª rodada – Goiás 3 x 0 Vila Nova #09

A previsão de um clássico com mais chances de vitórias para o Vila Nova do que aconteceu nos últimos anos passou longe de se concretizar. O Goiás pulou na frente do placar e administrou o jogo até os minutos finais quando foi premiado com mais dois gols. 3 a 0.

A partida ganhou em emoção pelas jogadas ríspidas que aconteceram principalmente no segundo tempo. O tempo fechou por diversas vezes, os mais nervosos em campo eram o zagueiro Rodrigo e o atacante Neto Baiano pelo lado verde e o zagueiro Thiago Viana e o volante Osmar.

Com a bola rolando o Goiás ficou muito tranquilo logo aos dois minutos com o gol do atacante Júnior Viçosa, artilheiro absoluto com cinco gols em cinco jogos. Yuri fez grande jogada pela direita e passou a Dudu Cearense que cruzou para Neto Baiano. O estreante não conseguiu cabecear e Viçosa, que saiu da sua posição de origem para Neto entrar, aproveitou o rebote e guardou de canhota.

O esquema utilizado por Enderson Moreira foi diferente do tradicional 4-2-3-1 que ele estabeleceu desde sua chegada. Desta vez o Goiás atuava em um 4-3-3 clássico com Júnior Viçosa pelas pontas e fazendo grande partida. Felipe Amorim não destoou e trocava bem com Viçosa. Dudu Cearense fez boa partida e mudou um pouco o meio de campo, pois Thiago Mendes é jogador de condução e Dudu de passe. Sem um meia cerebral, o Goiás precisava de alguém com o passe.

O Tigrão por outro lado foi de 4-3-1-2. Os três volantes não repetiram as boas atuações anteriores. Diego Paulista tentava auxiliar mais na frente e Osmar teve que se limitar mais a marcar. Sem Magnum funcionar, Henrique Dias teve que voltar mais para armar as jogadas e Hyantony ficou isolado no ataque.

Mesmo assim, o Vila Nova até que tentou chegar ao empate, mas sofreu demais com a falta de imaginação do meio de campo e da péssima partida do meia Magnum. As ações ofensivas coloradas estavam concentradas do lado esquerdo com Ernani que saiu machucado e obrigou Darío Pereyra a mudar o esquema de jogo para três zagueiros.

As poucas chances de gol do Vila foram com Hyantony, mas todas elas sem um real perigo. Tanto que Harlei pouco trabalhou no clássico. Para o segundo tempo Darío voltou com Marco Aurélio no lugar de Magnum e o time melhorou seu lado esquerdo, mas nada de mais.

A partida ficou pegada e recheada de jogadas duras e provocações. A torcida fazia a festa nas arquibancadas e empurravam as duas equipes (Uma festa legal, diferente do que foi visto lá de fora com cenas lamentáveis e gente baleada).

O Vila Nova ainda perdeu Luís Marques contundido e o garoto Romário não substituiu à altura. Enderson Moreira colocou Renan Oliveira na partida no lugar de Felipe Amorim e o meia entrou bem no jogo. Com o contra-ataque como arma, Renan puxou, tabelou com Neto Baiano e mandou na gaveta para fazer o segundo.

Nervoso com o olé que vinha das arquibancadas, Thiago Viana entrou de forma criminosa em William Matheus que sofreu lesão no joelho e teve que abandonar o jogo. O zagueiro foi expulso e nada pôde fazer para impedir o gol de Amaral após cobrança de escanteio no final do jogo.

Mais uma vez deu Goiás no clássico.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Goiás x Vila Nova: o retorno

Que a arquibancada do Serra seja palco de festa no sábado. Foto: O Popular



Há muito tempo um clássico envolvendo Goiás e Vila Nova não gerava tanta expectativa pelo lado positivo. Antes de a bola rolar, às 17 horas, deste sábado (02), no gramado do Serra Dourada, a expectativa é de muito equilíbrio no confronto. Muito mais pela questão do momento do que por capacidade técnica, mas até agora só boas notícias.

Apesar de muitas dúvidas no período de pré-temporada, o Vila Nova largou bem no Campeonato Goiano e emplacou três vitórias consecutivas nos últimos três jogos e chega ao clássico embalado na segunda colocação na tabela.

Comandados pelo uruguaio Darío Pereyra, os colorados mostraram organização tática, um meio-campo forte e um ataque veloz. O preparo físico também está sendo bastante elogiado e é um ponto importante, já que o elenco do Vila se apresentou muito antes que o do Goiás.

As baixas no Tigrão são duas, mas já conhecidas: o zagueiro Leandrão e o atacante Elcimar. Na defesa o jovem Rafael mostrou boa desenvoltura e pode aguentar o tranco se não sentir a pressão do clássico e no ataque a opção é Hyantony. Magnum pode voltar ao meio de campo e Marco Aurélio ficar como boa opção para o segundo tempo.

Do lado esmeraldino os problemas são maiores, mas o histórico pesa muito para equilibrar a balança. O Goiás tem larga vantagem no retrospecto direto no confronto (281 jogos – 141 vitórias do Goiás, 74 empates e 66 vitórias do Vila Nova) e isso sempre é levado em consideração no frigir dos ovos. O próprio torcedor vilanovense, apesar de relutar e muito, sabe desse domínio. No ano passado o Goiás perdeu apenas um jogo no Serra Dourada e foi justamente para o rival Vila Nova.

Para o jogo deste sábado o técnico Enderson Moreira tem três desfalques certos: o zagueiro Valmir Lucas, o lateral-direito Vítor e o volante Thiago Mendes, todos com lesão musculares. Em compensação poderá utilizar pela primeira vez no ano o atacante Neto Baiano e o meia Renan Oliveira.

Esses são alguns ingredientes que farão do clássico deste sábado um resgate ao equilíbrio que existiu no passado rico do confronto Goiás x Vila Nova. O momento bom do Vila Nova, é verdade, é o que esquenta o clássico, já que o Goiás sempre chegou com força nos últimos clássicos.

As diretorias de Goiás e Vila Nova selaram um acordo e fazem promoção no preço dos ingressos. O torcedor que for com a camisa do seu clube pagará o preço popular de R$ 10 para o setor de arquibancadas. Expectativa de grande público no Serra Dourada.

Que a expectativa do bom clássico não seja manchada pela violência entre as torcidas organizadas que têm destruído o charme do maior confronto do futebol goiano.