sábado, 29 de setembro de 2012

45 minutos de bom futebol do Everton

Jelavic (centro) fez dois na virada do vice-líder Everton. Foto: FoxSports



Jogos que vi em 2012 – Inglês 12/13 – 6ª rodada – Everton 3 x 1 Southampton #148

Foram necessários apenas 45 minutos de um ótimo futebol para o Everton confirmar o favoritismo e bater o Southampton em casa. E olha que os Toffes tiveram que virar a partida depois de saírem perdendo logo no comecinho do jogo.

Ficou visível a superioridade do time azul de Liverpool. Em campo com um 4-4-1-1 que varia muito para o 4-4-2 com a inteligência do ótimo Fellaini. Jelavic no comando do ataque com Mirallas e Pienaar pelos flancos. Tudo isso com muito azeite. É prazeroso o futebol ofensivo do time de David Moyes.

O time do Southampton, recém-promovido para a Premier League, não é dos mais fortes e vai brigar para permanecer na elite inglesa. Mesmo assim foi do time visitante o gol de abertura do placar. Após uma falha clamorosa do goleiro Tim Howard, o uruguaio Gastón Ramírez marcou de cabeça aos seis minutos.

Depois do gol, com calma, o Everton foi em busca da virada e a conseguiu de forma convincente e em 13 minutos. Sempre atacando com muitos jogadores e de forma ordenada, o primeiro saiu após jogada de Mirallas pela direita que cruzou para Jelavic que tocou para a chegada de Osman empurrar para o gol vazio.

O segundo saiu com passe de Mirallas para Jelavic pela esquerda bater forte e cruzado. O último e que selou a vitória do Everton foi novamente do croata Jelavic que aproveitou o ótimo cruzamento de Coleman. O interessante mesmo foi o número de faltas cometidas no primeiros tempos, duas.

No segundo tempo a equipe azul puxou o freio de mão e apenas cozinhou o jogo para segurar o resultado de 3 a 1. O Southampton não teve muita força e a segunda etapa não teve um terço da graça que foi a inicial.

O bom início de campeonato do Everton está confirmado na tabela de classificação com a segunda posição na tabela, 13 pontos, atrás apenas do Chelsea que tem 16 com os mesmos seis jogos. Não se sabe até onde vai o fôlego do Everton que tem um bom time, mas não tem um bom elenco, se brigar por uma vaga na Champions já será uma boa.

Vitória azul em território vermelho

Juan Mata decide para o Chelsea na bola parada. Foto: Getty Images



Jogos que vi em 2012 – Inglês 12/13 – 6ª rodada – Arsenal 1 x 2 Chelsea #147

Renovado, o Chelsea começou a temporada com tudo e é líder do Campeonato Inglês com um empate e cinco vitórias, a última delas sobre o rival Arsenal no Emirates Stadium. Com a bola parada do espanhol Mata decidindo, os Blues vão se consolidando no início do campeonato. O Arsenal, por sua vez, ainda sofre por uma defesa mais frágil e a saudade de Van Persie.

A partida foi equilibrada. O Chelsea conseguiu uma certa tranquilidade depois de fazer o segundo gol, antes disso o jogo era aberto. Di Matteo mandou a campo o 4-2-3-1 de costume com Ramires atuando como volante, ora pela direita, ora pela esquerda. A trinca de meias com Mata pela direita, Oscar por dentro e Hazard pela direita.

Wenger armou a equipe praticamente no mesmo esquema. Podolski aberto na esquerda ajudando na marcação, Cazorla por dentro de Ramsey na direita com Gervinho no comando de ataque. Diaby e Arteta eram os volantes até Diaby se machucar mais uma vez, com isso Ramsey recuou  para a entrada de Oxlade-Chamberlain.

No início o jogo era bom, mas não foram criadas boas chances de gol. Os meias do Chelsea não estavam em tarde inspirada e havia pouca criação, poucos lances agudos. O Arsenal se apoiava na boa movimentação de Gervinho no ataque, melhor dos Gunners em campo.

Sem criar muito com a bola rolando, coube ao lance de bola parada decidir a abertura do placar. Mata alçou a bola na área e Koscielny permitiu que Fernando Torres colocasse o pé na bola para inaugurar o marcador.

A partida se encaminhava para o intervalo com o Chelsea na frente até que em uma boa jogada Chamberlain cruzou na medida para Gervinho, livre entre os zagueiros, marcar. O gol do marfinense colocou mais justiça no placar.

Logo aos oito minutos a bola parada voltou a decidir. Juan Mata cobrou falta na entrada da área, a bola passou por todo mundo desviou levemente em Koscielny e morreu no fundo das redes de Manone. Wenger tentou Walcott no lugar de Ramsey e Giroud na vaga de Podolski, não surtiu muito efeito.

O Chelsea passou a dominar a partida com o desespero do Arsenal que perdia para o seu rival em casa. Di Matteo ainda mexeu na equipe três vezes com as entradas de Victor Moses, Cahill e Bertrand nos lugares de Oscar, apagado no jogo, David Luiz e Mata.

O Arsenal ainda esboçou uma pressão no final, mas esbarrou em Cech e na falta de pontaria de Giroud e Cazorla. Vitória azul em território vermelho e liderança segue em Stamford Bridge.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A marcha ré de Cuca e a vitória emblemática do Fla


Com gol, Liédson volta a decidir para o Fla. Foto: Daniel Ramalho/Terra


Jogos que vi em 2012 – Série A – 14ª rodada – Flamengo 2 x 1 Atlético-MG #146

Flamengo e Atlético-MG fizeram a partida da 14ª rodada que havia sido adiada por causa das condições do gramado do Engenhão. Muito se falou sobre a decisão da CBF, sobre um favorecimento pró-Flamengo. Isso à parte, o jogo foi tenso e o Flamengo venceu o vice-líder e vai afastando o perigo do rebaixamento. O Galo vai perdendo cada vez mais força e deixando escapar a chance de voltar a ser campeão.

A partida serviu também para o reencontro de Ronaldinho com o Flamengo, após sair cobrando 40 milhões da diretoria rubro-negra. Os torcedores flamenguistas pegaram no pé do meia durante os 90 minutos e parece ter surtido efeito.

Dorival Júnior sacou Adryan e apostou em Liédson, tirou Luiz Antônio colocando o lateral Léo Moura jogando por dentro ao lado de Cléber Santana. As mudanças foram interessantes e fez com que a equipe tivesse mais equilíbrio.

O Atlético-MG por outro lado esteve abaixo da crítica. Ronaldinho não conseguiu jogar, Danilinho idem, o melhor era Jô. Pela esquerda, Richarlyson jogou no lugar de Júnior César e foi um desastre.

Wellington Silva se destacou pela direita, setor onde prevaleceu sobre Richarlyson. Escudero jogava aberto pela esquerda, mas não produzia a ponto de segurar o lateral direito do Flamengo.

O time carioca era melhor e não deixava o Galo atacar. O bom momento foi coroado com um belo gol de Vágner Love. De voleio, o atacante do amor fez o improvável que havia perdido pênalti e gol incrível dias antes.

No segundo tempo, o Galo voltou melhor e empatou logo de cara com o gol de Jô. Porém, o Flamengo não se abateu e continuou jogando com personalidade. Aos 11 minutos o Flamengo fez o segundo com um belo gol.

Wellington Silva fez boa jogada pela direita e cruzou na medida para Liédson fazer o segundo. Mais uma vez o atacante decidiu a partida, assim como acontecera em Goiânia. Novamente Liédson mostrou faro de gol e bom posicionamento como grande atacante que é. Se o físico é limitado, o senso é fora do comum.

O Galo ficou nervoso e Réver perdeu a cabeça ao agredir Cáceres, merece suspensão pesada pela covardia. O time não se encontrou e saiu derrotado. O Fla respira, o Galo empaca. Será que seria assim se o jogo fosse na data certa? Será que o resultado seria outro caso o ônibus do Galo não tivesse que ter dado uma ré na chegada ao Engenhão?

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Missão impossível

Liédson sai do banco e dá a vitória ao Flamengo em Goiânia. Foto: Arena



Jogos que vi em 2012 – Série A – 26ª rodada – Atlético-GO 1 x 2 Flamengo #145

O Atlético-GO experimentou uma sensação estranha na sequência carioca que enfrentou nos dois últimos jogos do Brasileiro. Passou de morto a ressucitado e agora está em coma novamente. Falta apenas desligar os aparelhos e há quem queira provocar logo a eutanásia. Claro que o torcedor ainda reza e espera por um novo milagre.

A vitória sobre o líder Fluminense fora de casa deu novo ânimo ao time que tinha pela frente o combalido Flamengo. Mesmo jogando “fora de casa”, o Dragão saiu vencendo com Joílson em gol merecido, o time era melhor que o Flamengo.

Mas o Flamengo era batalhador com seu incansável Vágner Love, era empurrado pela massa e o histórico do Atlético-GO em segurar resultados não era nada favorável. O empate veio com a tabelinha Vágner Love-Cléber Santana e gol do estreante.

O gol abateu. Mesmo assim, Rayllan teve a chance de ouro para colocar o Dragão novamente em vantagem, mas tremeu e recuou a bola para Felipe. A bola pune. Gilson entregou a paçoca para Love que cruzou na medida para Liédson. Era a virada.

Liédson não consegue mais correr, tem uma limitação física de dar dó. Mas ali dentro da área sabe das coisas e foi assim que fez o gol da vitória. O batalhador Vágner Love deu duas assistências, faltava o dele.

Teve a chance ao cobrar o pênalti (inexistente) sofrido por Bottinelli, mas Márcio impediu de forma brilhante. Depois, sem Márcio na parada, Love perdeu gol incrível a dois metros do gol e sem ninguém para o atrapalhar. A falta de gols não foi o suficiente para impedir os aplausos dos flamenguistas que invadiram Goiânia.

A missão do Atlético-GO é duríssima. Como não tem jeito mais de contratar o Tom Cruise, a vaca está indo para o brejo, se já não foi. Triste.

Assunção!

Assunção foi o nome do jogo. Foto: Cristiano Andujar/Agif/Gazeta Press



Jogos que vi em 2012 – Série A – 26ª rodada - Figueirense 1 x 3 Palmeiras #144

A partida tinha contornos dramáticos para o Palmeiras, era perigosa para o Figueirense, marcava a estreia do novo treinador verde Gilson Kleina. Foi a noite de Assunção palmeirense que com os dois pés calibrados deu um pouco mais de fôlego para o time paulista respirar.

Kleina mandou a campo uma formação tática diferente do que Felipão vinha usando. Abandonou o 4-2-3-1 e montou a equipe no 4-3-1-2 com isso Marcos Assunção ficou menos sobrecarregado na marcação e pode flutuar mais dividindo a armação com Valdivia. Maikon Leite ficava mais próximo de Barcos.

O Palmeiras começou melhor e ocupava mais o setor ofensivo, o Figueirense iniciou a partida um pouco desligado. Mas o que decidiu mesmo foi a bola parada nos pés de Marcos Assunção. No primeiro gol, Assunção cobrou com perfeição na cabeça de Thiago Heleno que contou com o auxílio de Wilson.

No segundo gol a bola nem precisou parar. Em um lance de rara felicidade, Assunção cruzou com a perna esquerda na medida para Henrique desviar por cima de Wilson que voltou a sair mal do gol.

A fatura poderia ter sido liquidada ainda no primeiro tempo se não fosse a lambança de Valdívia. Marcos Assunção cobrou belíssima falta na gaveta, sem chances para Wilson que não pegaria a bola mesmo se o chileno, impedido, não estivesse o atrapalhando no lance.

No segundo tempo o Figueirense chegou a diminuir com o ótimo Aloísio, mas Assunção fez o terceiro na sequência e impediu que os palmeirenses vivessem nova agonia. A vitória é um primeiro passo para sair do buraco, o problema é que ele ainda é  muito fundo.

Pintou o campeão!

Baianos festejam gol sobre o Goiás. Foto: Romildo de Jesus/Agência Lance



Jogos que vi em 2012 – Série B – 26ª rodada - Vitória 3 x 1 Goiás #143

Vitória e Goiás chegaram ao Barradão no sábado sabendo que o confronto direto poderia definir a polarização da briga pelo título ou pela disparada dos baianos. Pois pintou o campeão. Com a vitória por 3 a 1, o Vitória deu passo importantíssimo rumo ao caneco da B.

O técnico Enderson Moreira acenou nos treinamentos com a equipe sem Iarley e confirmou isso na prática. À rigor, o baixinho veterano ficou de fora dos dois jogos mais decisivos do Goiás na temporada (contra o São Paulo no Morumbi pela Copa do Brasil e o de sábado embora tenha jogado alguns minutos).

Iarley merecia começar, mas, pela bola que o time jogou principalmente no primeiro tempo, sua ausência não foi tão sentida. E olha que o Goiás teve que correr muito atrás do empate. Isso porque provou do seu próprio veneno.

Nas últimas partidas o Goiás saiu na frente do placar logo no início. Contra o Criciúma, Ramón fez aos quatro minutos e contra o Atlético-PR foi a vez de Walter marcar aos três minutos. Desta vez foi a vez de tomar um gol relâmpago, Elton marcou aos dois minutos.

Depois de sofrer o gol o Goiás se impôs e jogava melhor até chegar ao empate com um belo tiro de Renan Oliveira. O Vitória acusou o golpe e Walter teve a grande chance do jogo, uma bola que poderia ter mudado o rumo da partida. O atacante desperdiçou ótima chance dentro da área.

Os baianos apostavam no lado esquerdo de ataque onde Tartá caía com facilidade no setor de Vítor que tinha trabalho. O jogo era equilibrado, com cara de decisão. No segundo tempo, Walter mandou uma porrada no travessão. O lance acordou o Vitória que passou a mandar no jogo e chegou à vitória.

Marquinhos achou Élton que fez o seu segundo no jogo. Dando espaços, o Goiás levou o terceiro em grande jogada de Tartá. A derrota estava sacramentada e a luta pelo título também. O Goiás foca somente nas outras três vagas.

sábado, 22 de setembro de 2012

Jogo fraco e pressão em Mano marcam Superclássico em Goiânia

Luis Fabiano teve poucas chances em sua volta. Foto: Bruno Santos/Terra



Jogos que vi em 2012 – Superclássico das Américas – Ida - Brasil 2 x 1 Argentina #142

O Superclássico das Américas colocou frente a frente duas seleções que representam os dois melhores campeonatos nacionais da América, não necessariamente os melhores jogadores de Argentina e Brasil. Dado isso, o jogo disputado em Goiânia serviu para pressionar ainda mais Mano Menezes.

Mano escalou a Seleção com a base paulista, mandou Lucas e Luis Fabiano no time titular, jogou para a torcida. Com a saída de Felipão do Palmeiras, o treinador da Seleção Brasileira passou a ter um sombra mais “sólida”.

Jogou no 4-2-3-1 mais ortodoxo possível, diferente do que experimentou contra a China por exemplo, quando teve Neymar mais por dentro. Em Goiânia foi o santista pela esquerda, Jadson com a 10 e Lucas na direita, Luis Fabiano no comando. A dupla de volantes do Corinthians, Ralf e Paulinho, na cabeça da área.

No setor defensivo, todos brigam pela reserva da Seleção “reforçada”. Não passa outra ideia que não seja, hoje, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo. Jefferson e Diego Alves vão duelar, mas o arqueiro do Valencia tem vantagem.

A Argentina veio com uma proposta bastante defensiva, embora Alejandro Sabella ainda ousou colocando Martínez com Barcos na frente. Existia a chance do treinador mandar a campo um 5-4-1 ultra defensivo. Mas Sabella variou entre um 5-3-2 para um 3-5-2. Os alas ora fecharam como zagueiros e ora se soltavam mais compondo o meio.

O jogo começou fraco, o primeiro chute foi aos 19 minutos, gol dos argentinos. Martínez. Depois a Seleção Brasileira teve que se soltar mais, mas ainda esbarrava na marcação. O jeito foi apelar para as jogadas de bola parada. Embora o gol tenha sido irregular, no cabeceio de Paulinho, o time de Mano tem mostrado que pelo menos a bola parada está funcionando.

O time não conseguia envolver com a bola no pé e criou poucas chances, tanto que Luis Fabiano passou meio que imperceptível no jogo. Mano escutou vaias e foi adjetivado pelos torcedores que perderam a paciência com o treinador. O estopim foi a saída de Lucas. A situação poderia ficar insustentável caso a Seleção não vencesse, mas Neymar marcou de pênalti já nos acréscimos. 

Não que ele tenha sido uma assumidade no jogo, assim como Neymar que segue segurando demais a bola e tentando resolver sozinho. Falta conjunto. Esses mais de dois anos exigem um certo grau de jogo coletivo, mesmo sabendo que essa Seleção foi mais um “catadão”.

A volta será complicada por causa do adversário, mas será melhor para Mano que não terá os cornetas nas arquibancadas. O insucesso no Superclássico das Américas e resultados diferentes de vitórias contra Japão e Iraque podem fazer com que o comando técnico da Seleção Brasileira seja trocado.

E olha que os japoneses tem tudo para dar muito trabalho.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dragão volta a mostrar labaredas

Giaretta anulou W. Nem e fez o dele. Foto: Dhavid Normando/Photocamera



Jogos que vi em 2012 – Série A – 25ª rodada – Fluminense 1 x 2 Atlético-GO #141

Parecia que tudo estava terminado e que a derrota seria certa para o Fluminense e encerraria o Brasileiro para o Dragão. Mas foi tudo diferente. Davi venceu Golias e ganhou sobrevida, uma nova chance de continuar.

O time foi cirúrgico nas jogadas de bolas paradas e conseguiu vencer um Fluminense que aparentava uma certa soberba. No primeiro tempo, Diego Giaretta fez em cobrança de falta e mandou no ângulo.

Depois foi a vez Reniê aproveitar a cobrança de escanteio e de longe marcar de cabeça por cobertura. O Dragão ganhava por 2 a 0 no fim do primeiro tempo. Será que o time cairia de rendimento no segundo tempo mais uma vez e entregaria a paçoca?

Desta vez foi diferente. O Fluminense até foi para o abafa e conseguiu diminuir o prejuízo com o gol de Michael. Corria o perigo do Flu repetir a dose de 2011 quando em um quadro parecido conseguiu vencer de virada por 3 a 2, mas Márcio impediu.

O goleiro estava em noite inspirada e fez inúmeras defesas difíceis garantindo a primeira vitória atleticana longe de Goiânia nesta edição da Série A. O time chegou a 20 pontos, mas permanece na lanterna, mas pelo menos saiu do breu e passou a enxergar uma luz no fim do túnel.

Agora tem o Flamengo pela frente no Serra Dourada e uma vitória na sequência pode reanimar um time que já estava praticamente morto.

Goiás deu passo importante ao bater Furacão

Goulart faz no fim e dá vitória ao Goiás. Foto: André Costa/Agência Estado



Jogos que vi em 2012 – Série B – 25ª rodada – Goiás 3 x 2 Atlético-PR #140

O Goiás deu o segundo passo para o acesso à Série A ao vencer o Atlético-PR no Serra Dourada. Da sequência de três jogos contra Criciúma, Atlético-PR e Vitória, o Goiás venceu os dois primeiros e vai a Salvador para saber se brigará pelo título ou apenas pelo simples acesso.

A vitória começou a ser construída logo no início com Walter aproveitando ótimo lançamento de Ramón. O atacante substituiu o veterano Iarley e fez o seu melhor jogo com a camisa do Goiás. O segundo foi marcado por uma jogada forte da equipe verde, Egídio cobrando escanteio e Valmir Lucas guardando de cabeça.

A construção do resultado era sólida e o Goiás não parecia que daria chances para o Furacão em Goiânia sob um sol de 37°. Mas no segundo tempo o Atlético-PR foi para cima e conseguiu o empate. A entrada do meia Felipe surtiu efeito e melhorou o time paranaense.

O volante João Paulo fez de fora da área logo no início e o atacante Marcelo tratou de deixar tudo igual no Serra Dourada. Enderson Moreira logo que tomou o primeiro gol colocou Marcos Paulo e Felipe Amorim nos lugares de Renan Oliveira e Ramón. Queria reforçar a marcação e aumentar a velocidade de contragolpe.

As mudanças mexeram pouco no jeito de jogar, o time levou o segundo como citado acima. Ricardo Goulart com atuação apenas regular em todo o jogo, pegou uma bola na intermediária avançou e bateu forte na entrada da área para fazer o da vitória esmeraldina.

No próximo sábado o Goiás pode diminuir a diferença para o líder para apenas dois pontos e ficar mais perto de um possível bicampeonato. O time de Enderson oscilou no começo do campeonato, agora é ver se não oscilará no fim.

Em tempo: O torcedor do Goiás saiu do Serra Dourada com um gostinho muito melhor do que vinha fazendo. O time fez três gols, o torcedor vibrou quatro vezes na partida e saiu mais extravazado. Diferente do que acontecia quando a equipe mantinha um placar mínimo até o fim. 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Dois passos do inferno

Atlético-GO em queda livre. Foto: Raphael Brauhartd



Jogos que vi em 2012 – Série A – 24ª rodada – Atlético-GO 1 x 2 Coritiba #139

A noite foi catastrófica. Começou com um gol relâmpago e que pouca gente viu. O Atlético-GO levou apenas 697 torcedores ao Serra Dourada, pífio. Essa sequência de recordes negativos deve ser quebrada no próximo jogo do Dragão em Goiânia, pois vai encarar o Flamengo. Em campo, está cada vez mais difícil acreditar que o time irá reagir. Está cada dia mais perto do inferno.

Na estreia de Artur Neto ele não inventou, nem poderia, não conhece o elenco muito bem. O problema é que em 26 segundos o time conseguiu sofrer um gol. E com o estádio vazio as vaias ecoavam sobre o time a cada lance, principalmente quando Márcio pegava na bola.

Mesmo com o cenário totalmente adverso, o Dragão conseguiu equilibrar o jogo e com uma pequena pressão conseguiu chegar ao empate. Primeiro Vanderlei fez grande defesa em chute de Patric. No segundo lance o atacante guardou.

Depois do gol o Atlético-GO virou um time apático, sem força. O Coritiba estava mais organizado em campo. No segundo tempo essa organização se traduziu em gol. Boa troca de passes, Gil para Deivid que fez seu primeiro pelo Coxa. Depois deu sua primeira “deividada” com a camisa do time paranaense.

O Atlético-GO não esboçou reação. Se mostrou um time sem forças, sem alguém que possa realmente fazer a diferença em campo. É um time fadado ao insucesso, a não ser que um desses milagres possíveis apenas por se tratar de futebol paire sobre a região de Campinas.

Mas o mau momento ficou evidente nas arquibancadas. O entrevero envolvendo o atacante Ricardo Bueno e um torcedor deixou isso evidente. O torcedor estava em seu habitat reclamando do time que não reagia e o atacante foi tomar as dores.  Ficou feio para a imagem do atleta que está tão perdido em sua carreira quanto o Atlético-GO no campeonato.

Nas tribunas, o presidente Valdivino de Oliveira jogou a toalha quanto a sua permanência à frente do clube. Passou a bola. Já era. Vai cumprir o mandato, mas não está com a cabeça mais na gestão, apesar de dizer que vai continuar ajudando o time.

No frigir dos ovos, o Atlético-GO só conseguiu chegar à Série A com a ajuda e a união de uma diretoria influente e que tinha um respaldo financeiro bom. Bom para Série B e C. Nessa temporada tudo isso acabou. Os diretores não falam a mesma língua.

Ao torcedor cabe esperar o fim do ano e torcer por um milagre. Torcer também para que alguém assuma a nau que está ficando à deriva. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Goiás vence bem o primeiro desafio

Ramón comemora com Amorim tento da vitória esmeraldina. Foto: Léo Iran



Jogos que vi em 2012 – Série B – 24ª rodada - Goiás 1 x 0 Criciúma #138

O Criciúma foi o primeiro entre os três desafios que vão mostrar o que exatamente o Goiás será na reta final do Campeonato Brasileiro da Série B com relação ao acesso. Embora o vice-líder do campeonato estivesse desfalcado da sua dupla de ataque titular, Zé Carlos e Lucca, foi um teste de fogo para o time esmeraldino.

Apesar da vitória magra, o Goiás se impôs em campo e não deu chances ao rival. O gol que deu a vitória ao Goiás saiu logo aos três minutos de jogo. Vítor acertou um lançamento de 40 metros para Ramón que invadiu a área e venceu Michel Alves.

Foi a única vez que o goleiro foi vencido. O ex-vilanovense que tomou conta da mídia após protagonizar falha grotesca na última rodada, Michel fechou o gol. Quando não deu para o goleiro, o erro caiu na conta dos finalizadores do Goiás que estavam em noite pouco inspirada.

Mas o Goiás criou muitas oportunidades, principalmente utilizando os seus dois laterais, Vítor e Egídio, que foram os melhores em campo. Os volantes voltaram a fazer boa proteção ao sistema defensivo que ficou mais seguro com a volta de Valmir Lucas.

Felipe Amorim voltou a errar lances simples e parte dos 13 mil torcedores presentes no Serra Dourada pegaram no pé do garoto. A situação está cada vez mais complicada para o prata da casa. Walter entrou bem e fez uma das suas melhores partidas com a camisa verde, apesar de ter perdido um gol incrível.

Embora eu não acredite que com mais seis vitórias o Goiás garanta o seu acesso, esse objetivo parece cada vez mais tangível. O time não perde em casa e ganhou cinco fora de Goiânia. Agora tem mais dois desafios pela frente para provar sua força.

O primeiro já é no próximo sábado, contra o Atlético-PR. Além de colocar frente a frente dois habitantes do G-4, a partida confrontará os dois melhores times do segundo turno. O Goiás com 13 pontos e o Furacão com 11.

No mais, é importante salientar a escassez de gols em casa. O torcedor tem comparecido e quer ver gol. Foram apenas 17 em 12 jogos, o que confere ao Goiás uma média muito tímida, apenas 1,4 por jogo.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Convocados para o Superclássico das Américas

Luis Fabiano está de volta à Seleção. Foto: Arquivo/Agência Estado


O técnico Mano Menezes chamou 21 jogadores para a disputa do Superclássico das Américas contra a Argentina. A lista foi composta somente por jogadores que atuam no futebol brasileiro, condição acordada entre as duas seleções para a disputa do troféu amistoso.

Mano atendeu os pedidos dos torcedores do Morumbi e chamou Luis Fabiano, mas deixou Ronaldinho de fora mais uma vez, assim como Fred.

Confira a lista comentada pelo blogueiro.

Goleiros:

Jeferson (Botafogo) –  Sem Diego Alves, deve ser titular.
Cássio (Corinthians) – Cássio deve ficar na reserva.

Laterais:

Fábio Santos (Corinthians) – Lateral está bem no Corinthians, mas vestir a amarelinha?
Carlinhos (Fluminense) – Faz um Brasileiro apenas regular, fase de 2011 era melhor.
Marcos Rocha (Atlético-MG) – Melhor lateral do Brasileiro, mas tem esquema tático no clube para atacar.
Lucas Marques (Botafogo) – Surpresa da lista, Lucas é bom jogador.

Zagueiros:

Dedé (Vasco) – Não vive seu melhor momento, mas é seguro.
Rever (Atlético-MG) – Formará boa dupla com o zagueiro vascaíno.
Rhodolfo (São Paulo) – Não está bem no São Paulo, Mano errou feio nessa.

Volantes:

Arouca (Santos) – Terá chance de ser titular e mostrar um pouco mais.
Fernando (Grêmio) – É jovem e pode se firmar no grupo.
Paulinho (Corinthians) – Tem bola para ser titular não só no Superclássico das Américas.
Ralf (Corinthians) – Mano pode aproveitar o entrosamento de Ralf com Paulinho.

Meias:

Thiago Neves (Fluminense) – Pergunte ao torcedor tricolor se o meia está com bola para Seleção.
Bernard (Atlético-MG) – Destaque da Série A, meia é um dos que mais mereceram a convocação.
Jadson (São Paulo) – Melhorou em seu clube, vai reviver a Seleção depois do fiasco na Copa América.
Lucas (São Paulo) – Foi o mais tímido entre os “craques” no jogo contra a China.

Atacante:

Leandro Damião (Internacional) – Esquema usado colocou em xeque a utilização de um jogador de área, Damião terá que brigar com Luis Fabiano agora.
Luis Fabiano (São Paulo) – Nova chance para o camisa nove de 2010.
Neymar (Santos) – Terá dois jogos mais difíceis para provar sua importância à Seleção.
Wellington Nem (Fluminense) – Arrebentou na última rodada do Brasileiro, é habilidoso e promissor.

Totalmente amistoso

No Recife,Brasil passeia contra fraca China. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra



Jogos que vi em 2012 – Amistoso – Brasil 8 x 0 China #137

A falta de resistência da Seleção Chinesa fez com que a ideia de inutilidade do amistoso no Arruda se aflorasse. O Brasil fez o seu papel e goleou impiedosamente por 8 a 0. O problema não foi o time dessa vez, nem o treinador e sim a CBF que marcou um amistoso desse calibre. Não serve para testar, mas para aliviar.

Deu para ver uma mudança tática na equipe, mas não para saber se será funcional quando o adversário existir. Hulk pela direita, Lucas pela esquerda, Neymar como um falso nove e Oscar flutuando por trás. Ramires infiltrando, Rômulo ficando mais e os laterais subindo alternadamente.

A goleada brasileira foi desenhada no segundo tempo, no primeiro abriu apenas dois gols de vantagem. É muito difícil analisar de forma concreta o que aconteceu dentro de campo, já que o parâmetro fica comprometido pelo nível técnico do adversário.

Está certo que o Brasil fez o que deveria fazer, mas partidas como essa não deviam existir para um grupo que não tem as Eliminatórias para se formatar. O nível tem que ser muito acima deste. Até a África do Sul não deveria servir, o aperto no placar do Morumbi foi fruto de uma péssima partida. Apesar dos 10 gols de saldo nessa turnê de dois jogos pelo Brasil, a Seleção Brasileira mantém a pulga atrás da orelha dos torcedores e dos críticos. Quem mais saiu ganhando nesses dois jogos foi Diego Alves, o goleiro deixou boa impressão e se candidatou a dono da camisa 1.

Quanto aos gols cabe somente listar: Ramires fez o primeiro, Neymar o segundo, Lucas, Hulk, Neymar duas vezes, um gol contra e Oscar. Simples assim.

Mano Menezes esperava um adversário bastante fechado, com muita marcação, mas se equivocou. Precisa ver o que aconteceu com a Suécia e com a Espanha para ter vencido por apenas um a zero.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Clima de velório em jogo do Atlético-GO

Com Serra vazio, Atlético apenas empata. Foto: Carlos Costa/Futura Press



Jogos que vi em 2012 – Série A – 23ª rodada – Atlético-GO 1 x 1 Portuguesa #136

O Atlético-GO depositava as últimas esperanças na sequência de dois jogos no Serra Dourada contra a Portuguesa e o Coritiba. No primeiro confronto, contra os paulistas, o Dragão sucumbiu e ficou apenas com o empate. Abandonado pelo seu torcedor, que passou vergonha no clube em rede nacional, o Dragão não fez valer o mando de campo e se complicou na competição.

Vamos primeiramente à parte mais saliente, o pífio público no Serra Dourada. É inadmissível que um clube que esteja na Série A leve ao estádio menos de mil torcedores, 891 para ser mais preciso.

Nesse momento catastrófico para a história e a imagem do clube, pipocam desculpas, muitas delas esfarrapadas, para a ausência no estádio. Fala-se do preço alto, concordo que R$ 40 é salgado, mas com a promoção fica mais acessível. Acho que R$ 10 seria um valor legal, atrativo, mas a diretoria do clube acha que bilheteria ainda paga alguma coisa no futebol.

Falta sensibilidade da diretoria que está desesperada com a falta de dinheiro do clube. Mas o engraçado é que quase nunca é alvo de crítica dos torcedores. A não ser naquela pichação no muro do CT, ninguém critica os diretores. Pelo contrário, até uma bandeira com a figura dos cartolas ostentam.

O momento do clube é outro ponto reclamado, mas aí é que está o “x” da questão. Em momentos difíceis é que o torcedor precisa apoiar o seu clube do coração. Mas não é só nesse momento que os rubro-negros não têm comparecido, perdi as contas de quantas vezes os jogadores dão entrevistas pedindo presença do torcedor no estádio. Mesmo quando o clube atravessa boa fase.

Todos os 891 torcedores que foram ao estádio são especiais, não desistiram até então. Mas esse nº 1 que compôs o público junto com os outros 890 é especial, aliás, são dois. Matheus Ramos, tetraplégico, foi ao estádio ver seu time do coração. Graças ao seu pai, Silvio Santana Tolentino, que proporcionou isso para o seu filho levando uma UTI móvel para o estádio.

Mire nesse exemplo torcedor, olhe para as suas pernas que se movem com perfeição, graças a Deus, e vá para o estádio apoiar o seu time, faça você a sua parte.

O JOGO

Jairo Araújo arrumou o time contra o Grêmio jogando no esquema 3-6-1, a equipe aumentou o volume de jogo e fez jogo de igual para igual com um time que está entre os quatro primeiros colocados do Brasileiro em um estádio com quase 50 mil torcedores.

Para o jogo contra a Lusa preferiu mexer no time. Entrou com uma linha de quatro na defesa, três volantes, dois meias e um atacante. Carlos ganhou uma chance no meio, Alexandre Oliveira fez dupla de armação com Danilinho e Patric ganhou a vaga de Ricardo Bueno.

O time não foi intenso como foi em Porto Alegre, mas a Portuguesa não era tão perigosa, a não ser quando o bom Ananias escapava. O jogo era morno e monótono durante os trinta primeiros minutos.

Até que em uma boa trama, Eron cruzou no segundo poste onde Marcos fechou de cabeça para abrir o placar. Minutos depois, o Dragão escapou em contra-ataque com Dodó puxando pela direita, passando para Alexandre Oliveira que deu ótimo passe para Patric ampliar. Mas a arbitragem errou feio, a assistente Nadine Câmara marcou impedimento inexistente e prejudicou o Atlético-GO.

No segundo tempo, logo no início, Márcio saiu muito mal em cobrança de escanteio e Valdomiro se antecipou para empatar o jogo. Depois disso a Lusa se fechou e esperou um contra-ataque para matar o jogo e sair com a vitória. O Dragão pouco criou e quando chegou com perigo Danilinho desperdiçou grande chance.

Um milagre será preciso para o Atlético-GO ficar na Série A em 2013. E se cair, vai chorar por não ter assinado o contrato com a Globo por três anos. 

domingo, 9 de setembro de 2012

Sinal de alerta ligado na Gávea

Deivid vence em estreia contra ex-clube. Foto: Geraldo Bubniak/Ag. Estado



Jogos que vi em 2012 – Série A – 23ª rodada – Coritiba 3 x 0 Flamengo #135

A organização creditada à chegada de Dorival Júnior começa a cair por terra. O rubro-negro foi um arremedo de time contra o Coritiba e perdeu por 3 a 0. Com a derrota o time da Gávea ligou o alerta com a aproximação da zona de rebaixamento.

Historicamente o Flamengo não se dá muito bem jogando em Curitiba, não foi diferente dessa vez. Dorival Júnior escalou a equipe com Felipe, Léo Moura, Wellinton, Frauches e Magal; Airton, Ibson, Luiz Antônio, Negueba e Botinelli; Vágner Love.

A defesa do Flamengo era muito frágil e as costas do lateral esquerdo Magal era um prato cheio para as descidas de Rafinha. Apesar da melhor postura dos donos da casa, o Flamengo entregou dois gols de bandeja.

No primeiro, o meia Lincoln recebeu lançamento na ponta direita depois de Frauches dar condições, o próprio zagueiro tentou a recuperação, mas foi infantil ao dar o bote em Lincoln que abriu o placar.

No segundo, Wellinton dominou uma bola no peito com extrema categoria, mas tentou sair driblando, perdeu a bola para Rafinha que tabelou e fez o segundo. Deivid, estreando pelo Coxa, ainda deu passe para Éverton Ribeiro decretar a vitória.

Dorival ainda tentou melhorar o time com as entradas de Adryan e Thommas, o time melhorou um pouquinho, mas não teve forças para sequer diminuir o placar. O Flamengo chegou ao quinto jogo sem vitória, queda livre. Já o Coxa conseguiu respirar mais longe da degola.