Atlético-GO em queda livre. Foto: Raphael Brauhartd |
Jogos que vi em 2012 – Série A – 24ª rodada – Atlético-GO 1 x
2 Coritiba #139
A noite foi catastrófica. Começou com um gol
relâmpago e que pouca gente viu. O Atlético-GO levou apenas 697 torcedores ao
Serra Dourada, pífio. Essa sequência de recordes negativos deve ser quebrada no
próximo jogo do Dragão em Goiânia, pois vai encarar o Flamengo. Em campo, está
cada vez mais difícil acreditar que o time irá reagir. Está cada dia mais perto
do inferno.
Na estreia de Artur Neto ele não inventou, nem
poderia, não conhece o elenco muito bem. O problema é que em 26 segundos o time
conseguiu sofrer um gol. E com o estádio vazio as vaias ecoavam sobre o time a
cada lance, principalmente quando Márcio pegava na bola.
Mesmo com o cenário totalmente adverso, o Dragão
conseguiu equilibrar o jogo e com uma pequena pressão conseguiu chegar ao
empate. Primeiro Vanderlei fez grande defesa em chute de Patric. No segundo
lance o atacante guardou.
Depois do gol o Atlético-GO virou um time apático,
sem força. O Coritiba estava mais organizado em campo. No segundo tempo essa
organização se traduziu em gol. Boa troca de passes, Gil para Deivid que fez
seu primeiro pelo Coxa. Depois deu sua primeira “deividada” com a camisa do
time paranaense.
O Atlético-GO não esboçou reação. Se mostrou um time
sem forças, sem alguém que possa realmente fazer a diferença em campo. É um
time fadado ao insucesso, a não ser que um desses milagres possíveis apenas por
se tratar de futebol paire sobre a região de Campinas.
Mas o mau momento ficou evidente nas arquibancadas.
O entrevero envolvendo o atacante Ricardo Bueno e um torcedor deixou isso
evidente. O torcedor estava em seu habitat reclamando do time que não reagia e
o atacante foi tomar as dores. Ficou
feio para a imagem do atleta que está tão perdido em sua carreira quanto o
Atlético-GO no campeonato.
Nas tribunas, o presidente Valdivino de Oliveira
jogou a toalha quanto a sua permanência à frente do clube. Passou a bola. Já
era. Vai cumprir o mandato, mas não está com a cabeça mais na gestão, apesar de
dizer que vai continuar ajudando o time.
No frigir dos ovos, o Atlético-GO só conseguiu
chegar à Série A com a ajuda e a união de uma diretoria influente e que tinha
um respaldo financeiro bom. Bom para Série B e C. Nessa temporada tudo isso
acabou. Os diretores não falam a mesma língua.
Ao torcedor cabe esperar o fim do ano e torcer por
um milagre. Torcer também para que alguém assuma a nau que está ficando à
deriva.
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