quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Dois passos do inferno

Atlético-GO em queda livre. Foto: Raphael Brauhartd



Jogos que vi em 2012 – Série A – 24ª rodada – Atlético-GO 1 x 2 Coritiba #139

A noite foi catastrófica. Começou com um gol relâmpago e que pouca gente viu. O Atlético-GO levou apenas 697 torcedores ao Serra Dourada, pífio. Essa sequência de recordes negativos deve ser quebrada no próximo jogo do Dragão em Goiânia, pois vai encarar o Flamengo. Em campo, está cada vez mais difícil acreditar que o time irá reagir. Está cada dia mais perto do inferno.

Na estreia de Artur Neto ele não inventou, nem poderia, não conhece o elenco muito bem. O problema é que em 26 segundos o time conseguiu sofrer um gol. E com o estádio vazio as vaias ecoavam sobre o time a cada lance, principalmente quando Márcio pegava na bola.

Mesmo com o cenário totalmente adverso, o Dragão conseguiu equilibrar o jogo e com uma pequena pressão conseguiu chegar ao empate. Primeiro Vanderlei fez grande defesa em chute de Patric. No segundo lance o atacante guardou.

Depois do gol o Atlético-GO virou um time apático, sem força. O Coritiba estava mais organizado em campo. No segundo tempo essa organização se traduziu em gol. Boa troca de passes, Gil para Deivid que fez seu primeiro pelo Coxa. Depois deu sua primeira “deividada” com a camisa do time paranaense.

O Atlético-GO não esboçou reação. Se mostrou um time sem forças, sem alguém que possa realmente fazer a diferença em campo. É um time fadado ao insucesso, a não ser que um desses milagres possíveis apenas por se tratar de futebol paire sobre a região de Campinas.

Mas o mau momento ficou evidente nas arquibancadas. O entrevero envolvendo o atacante Ricardo Bueno e um torcedor deixou isso evidente. O torcedor estava em seu habitat reclamando do time que não reagia e o atacante foi tomar as dores.  Ficou feio para a imagem do atleta que está tão perdido em sua carreira quanto o Atlético-GO no campeonato.

Nas tribunas, o presidente Valdivino de Oliveira jogou a toalha quanto a sua permanência à frente do clube. Passou a bola. Já era. Vai cumprir o mandato, mas não está com a cabeça mais na gestão, apesar de dizer que vai continuar ajudando o time.

No frigir dos ovos, o Atlético-GO só conseguiu chegar à Série A com a ajuda e a união de uma diretoria influente e que tinha um respaldo financeiro bom. Bom para Série B e C. Nessa temporada tudo isso acabou. Os diretores não falam a mesma língua.

Ao torcedor cabe esperar o fim do ano e torcer por um milagre. Torcer também para que alguém assuma a nau que está ficando à deriva. 

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