Luis Fabiano teve poucas chances em sua volta. Foto: Bruno Santos/Terra |
Jogos que vi em 2012 – Superclássico das Américas – Ida - Brasil
2 x 1 Argentina #142
O Superclássico das Américas colocou frente a frente
duas seleções que representam os dois melhores campeonatos nacionais da
América, não necessariamente os melhores jogadores de Argentina e Brasil. Dado isso,
o jogo disputado em Goiânia serviu para pressionar ainda mais Mano Menezes.
Mano escalou a Seleção com a base paulista, mandou
Lucas e Luis Fabiano no time titular, jogou para a torcida. Com a saída de
Felipão do Palmeiras, o treinador da Seleção Brasileira passou a ter um sombra
mais “sólida”.
Jogou no 4-2-3-1 mais ortodoxo possível, diferente
do que experimentou contra a China por exemplo, quando teve Neymar mais por
dentro. Em Goiânia foi o santista pela esquerda, Jadson com a 10 e Lucas na
direita, Luis Fabiano no comando. A dupla de volantes do Corinthians, Ralf e
Paulinho, na cabeça da área.
No setor defensivo, todos brigam pela reserva da
Seleção “reforçada”. Não passa outra ideia que não seja, hoje, Daniel Alves,
Thiago Silva, David Luiz e Marcelo. Jefferson e Diego Alves vão duelar, mas o
arqueiro do Valencia tem vantagem.
A Argentina veio com uma proposta bastante
defensiva, embora Alejandro Sabella ainda ousou colocando Martínez com Barcos
na frente. Existia a chance do treinador mandar a campo um 5-4-1 ultra
defensivo. Mas Sabella variou entre um 5-3-2 para um 3-5-2. Os alas ora
fecharam como zagueiros e ora se soltavam mais compondo o meio.
O jogo começou fraco, o primeiro chute foi aos 19
minutos, gol dos argentinos. Martínez. Depois a Seleção Brasileira teve que se
soltar mais, mas ainda esbarrava na marcação. O jeito foi apelar para as
jogadas de bola parada. Embora o gol tenha sido irregular, no cabeceio de
Paulinho, o time de Mano tem mostrado que pelo menos a bola parada está
funcionando.
O time não conseguia envolver com a bola no pé e
criou poucas chances, tanto que Luis Fabiano passou meio que imperceptível no
jogo. Mano escutou vaias e foi adjetivado pelos torcedores que perderam a
paciência com o treinador. O estopim foi a saída de Lucas. A situação poderia ficar insustentável caso a Seleção não vencesse, mas Neymar marcou de pênalti já nos acréscimos.
Não que ele tenha sido uma assumidade no jogo, assim
como Neymar que segue segurando demais a bola e tentando resolver sozinho.
Falta conjunto. Esses mais de dois anos exigem um certo grau de jogo coletivo,
mesmo sabendo que essa Seleção foi mais um “catadão”.
A volta será complicada por causa do adversário, mas
será melhor para Mano que não terá os cornetas nas arquibancadas. O insucesso
no Superclássico das Américas e resultados diferentes de vitórias contra Japão
e Iraque podem fazer com que o comando técnico da Seleção Brasileira seja trocado.
E olha que os japoneses tem tudo para dar muito
trabalho.
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