sábado, 22 de setembro de 2012

Jogo fraco e pressão em Mano marcam Superclássico em Goiânia

Luis Fabiano teve poucas chances em sua volta. Foto: Bruno Santos/Terra



Jogos que vi em 2012 – Superclássico das Américas – Ida - Brasil 2 x 1 Argentina #142

O Superclássico das Américas colocou frente a frente duas seleções que representam os dois melhores campeonatos nacionais da América, não necessariamente os melhores jogadores de Argentina e Brasil. Dado isso, o jogo disputado em Goiânia serviu para pressionar ainda mais Mano Menezes.

Mano escalou a Seleção com a base paulista, mandou Lucas e Luis Fabiano no time titular, jogou para a torcida. Com a saída de Felipão do Palmeiras, o treinador da Seleção Brasileira passou a ter um sombra mais “sólida”.

Jogou no 4-2-3-1 mais ortodoxo possível, diferente do que experimentou contra a China por exemplo, quando teve Neymar mais por dentro. Em Goiânia foi o santista pela esquerda, Jadson com a 10 e Lucas na direita, Luis Fabiano no comando. A dupla de volantes do Corinthians, Ralf e Paulinho, na cabeça da área.

No setor defensivo, todos brigam pela reserva da Seleção “reforçada”. Não passa outra ideia que não seja, hoje, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo. Jefferson e Diego Alves vão duelar, mas o arqueiro do Valencia tem vantagem.

A Argentina veio com uma proposta bastante defensiva, embora Alejandro Sabella ainda ousou colocando Martínez com Barcos na frente. Existia a chance do treinador mandar a campo um 5-4-1 ultra defensivo. Mas Sabella variou entre um 5-3-2 para um 3-5-2. Os alas ora fecharam como zagueiros e ora se soltavam mais compondo o meio.

O jogo começou fraco, o primeiro chute foi aos 19 minutos, gol dos argentinos. Martínez. Depois a Seleção Brasileira teve que se soltar mais, mas ainda esbarrava na marcação. O jeito foi apelar para as jogadas de bola parada. Embora o gol tenha sido irregular, no cabeceio de Paulinho, o time de Mano tem mostrado que pelo menos a bola parada está funcionando.

O time não conseguia envolver com a bola no pé e criou poucas chances, tanto que Luis Fabiano passou meio que imperceptível no jogo. Mano escutou vaias e foi adjetivado pelos torcedores que perderam a paciência com o treinador. O estopim foi a saída de Lucas. A situação poderia ficar insustentável caso a Seleção não vencesse, mas Neymar marcou de pênalti já nos acréscimos. 

Não que ele tenha sido uma assumidade no jogo, assim como Neymar que segue segurando demais a bola e tentando resolver sozinho. Falta conjunto. Esses mais de dois anos exigem um certo grau de jogo coletivo, mesmo sabendo que essa Seleção foi mais um “catadão”.

A volta será complicada por causa do adversário, mas será melhor para Mano que não terá os cornetas nas arquibancadas. O insucesso no Superclássico das Américas e resultados diferentes de vitórias contra Japão e Iraque podem fazer com que o comando técnico da Seleção Brasileira seja trocado.

E olha que os japoneses tem tudo para dar muito trabalho.

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