quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Tudo igual no grande clássico do futebol espanhol

Barcelona e Real fizeram clássico equilibrado no Bernabéu. Foto: Getty



Bola rolando 2013: Copa do Rei – Semi-final (ida) – Real Madrid 1 x 1 Barcelona #08

Um clássico muito intenso e mais equilibrado que os últimos. Foi assim o jogo de ida da semi-final da Copa do Rei, torneio ainda tangível aos merengues, já que a Liga são favas contadas para os catalães. Em um duelo tático interessante, o empate foi um resultado absolutamente justo.

O início do jogo teve um Real Madrid fazendo a marcação alta e dificultando a saída de bola do Barça. Mas esse tipo de pressão exige um fôlego muito grande, é impossível de exercer durante muito tempo e aos poucos o Barcelona foi entrando no jogo, o seu jogo, de toque de bola, rasteiro.

Se o primeiro tempo terminasse empatado em 3 a 3 não seria exagero. Foram seis chances importantes de gol, mas a trave parou Xavi e Varane parou, em cima da linha, a bola de Daniel Alves após bobagem na saída de bola de Ricardo Carvalho. Pinto fez duas boas defesas e impediu o Real de abrir o placar no primeiro tempo.

Na segunda etapa o Barcelona adotou uma postura um pouco mais ofensiva. Fábregas encostou mais na área, Messi se mexeu mais, Pedro abriu de um lado, Iniesta de outro. O time catalão ficou mais envolvente. A presença maior no ataque se converteu em gol após uma bola mal tirada por Callejón que sobrou no pé de Messi que ajeitou para Fábregas marcar.

O gol catalão logo aos cinco minutos abriu o Real Madrid que, em casa, precisou se lançar para buscar o ataque, tanto que deu alguns contra-ataques, em um deles Pedro perdeu chance incrível. CR7 aberto e estático na esquerda. Özil por dentro e Callejón pela direita era uma configuração que não estava dando frutos. Mourinho colocou Modric por dentro e abriu Özil pela direita, trocou Benzema por Higuain. Não mudou muita coisa. 

O empate só saiu em uma bola alçada na área com o ótimo zagueiro Varane de apenas 19 anos subiu mais que todo mundo e aproveitou levantamento que veio da direita dos pés de Özil. O empate foi até justo, mas bem melhor para o Barcelona que decidirá a vaga na final em casa no dia 26 de fevereiro.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Clássico disputado com pouca bola

Felipe Amorim e Artur foram os destaques da partida. Foto: Léo Iran



Bola rolando 2013: Goiano – 3ª rodada – Atlético 1 x 1 Goiás #07

Um clássico entre as duas equipes favoritas ao  título sendo disputado na terceira rodada traz alguns reflexos, a qualidade técnica baixa é um deles. E foi assim no Serra Dourada onde as duas equipes fizeram um jogo bastante brigado, mas com pouco brilho. E pouquíssimo público.

Em um empate todos ficam procurando quem poderia ser o vencedor, no caso do clássico a igualdade ficou de bom tamanho pela falta de futebol mais técnico das duas partes, mas o Dragão ainda sofreu com o erro de arbitragem em lance que poderia resultar em gol.

Enderson Moreira mandou a campo o time no habitual 4-2-3-1, mas com uma novidade: Eduardo Sasha no lugar do meia Caio. Com isso Ramón jogou por dentro com Sasha e Felipe Amorim se revezando nas pontas. Amorim foi bem demais quando jogou às costas de John Lennon que foi pífio. Isso fez com que William Matheus fizesse um bom jogo, Yuri não comprometeu também.

Pelo lado do Dragão o técnico Jairo Araújo optou por explorar os contra-ataques e foi feliz em algumas jogadas. Em uma delas, Jesmar Miranda errou feio e deu impedimento de William Barbio que estava em condição legal. O gol rubro-negro foi em contra-golpe puxado por Diogo Campos e bem finalizado por Barbio ainda no primeiro tempo.

O maior destaque do Atlético foi o jovem zagueiro Artur. O garoto pegou a batata assando ao estrear em um clássico e tirou de letra. Artur deu mais segurança e com poder de antecipação ganhou praticamente todas.

No segundo tempo o Goiás foi atrás do empate e conseguiu. Viçosa havia passado apagado no primeiro tempo, mas voltou bem para o segundo e em lance de oportunismo empatou. Enderson havia mandado a campo David no lugar de Eduardo Sasha e confundiu a marcação, pois Madson havia sido implacável em cima de Ramón.

Se faltou qualidade técnica por um lado, pelo outro os nervos estiveram exaltados. Robston discutindo com Amaral, Pituca com Rodrigo e Enderson Moreira com Pituca. Elementos que sempre  apimentam e acirram a rivalidade. O clássico do returno será bem melhor.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Dragão perde feio para o Anápolis

Robston tenta jogada no meio de jogadores do Anápolis. Foto: O Popular



Bola rolando 2013: Goiano – 2ª rodada – Atlético 0 x 3 Anápolis #06

Tropeço na estreia, muitas mudanças na equipe de um jogo para o outro e derrota pior ainda no Serra Dourada. Esse início de campeonato está mais complicado do que se imaginava para o Atlético e a sequência no Goianão começa a surgir como uma grande incógnita na cabeça do torcedor. Nem o mais fanático rubro-negro é capaz de não temer o que acontecerá no clássico de domingo.

A derrota para o Anápolis apontou algumas falhas que precisam ser eliminadas do time. Jairo Araújo não gostou do sistema com três atacantes e trocou, apostava em um homem de referência na área, mas não tem Ricardo Jesus à disposição, foi de Yago. Ainda novato na função, Jairo não percebeu que a lógica deveria ter sido inversa.

Em Goianésia o campo é mais apertado, a ligação direta funciona mais e os gols saem mais de cruzamento. Já o Serra Dourada é mais amplo e seria uma boa jogar com os três atacantes, mas as peças não ajudam nesse momento.

Somando as duas notas das atuações de Gilson nos dois primeiros jogos e fazendo uma média ponderada não chega a 3. O zagueiro está tão mal que parece mal intencionado. Contra o Anápolis esteve por muitas vezes fora de posição deixando o parceiro de defesa desprotegido. Foi substituído e não gostou, acredito que foi o último capítulo do beque com a camisa do Dragão. Sem exageros.

Leonardo teve estreia razoável, mas ainda está muito aquém fisicamente, tanto que jogou cerca de 60 minutos apenas. John Lennon tem ímpeto ofensivo, é esforçado, mas não conseguiu dar sequência. Pituca não deu segurança, Ernandes não marca ninguém e por isso a zaga ficou ainda mais desguarnecida. O Dragão perdia por 2 a 0 e Roberto não tinha feito uma defesa. Pânico geral.

Robston usou a camisa 10 e foi o capitão do time e errou praticamente tudo o que tentou fazer em campo. Medonho. O outro meia ainda esboçou algumas boas jogadas, algumas de efeito, mas nenhuma muito aguda. Yago brigou lá na frente, mas foi afoito quando poderia ter feito o gol. Juninho jogou mal, foi medroso e não justificou a sua titularidade.

O time foi mal no geral, o Anápolis foi cirúrgico. Apesar de ter Jorge Henrique como o camisa 10, o Galo mostrou alguma qualidade no contra-golpe com Maranhão acelerando, Rafael Grampola fazendo a parede e o volante Evandro chegando bem de trás (tanto que fez dois gols).

Jairo Araújo ainda tentou mexer no time. Colocou Jorginho no meio de campo e William Barbio no ataque. O primeiro conseguiu ser expulso, o segundo ainda se mexeu bem e fez uma boa jogada, mas infrutífera.

O Dragão ainda tem alguns jogadores com status de titular para estrear como o zagueiro Leonardo, o meia Caio e o atacante Ricardo Jesus. Será o suficiente?

O clássico de domingo será entre líder e lanterna.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Felipão surpreende positivamente

Felipão apresentou lista para amistoso. Foto: Daniel Ramalho/Terra



Todos esperavam com ansiedade a primeira convocação de Luiz Felipe Scolari em seu retorno à Seleção Brasileira. Era esperado um envelhecimento do grupo, Felipão dosou bem e apresentou uma lista bastante razoável.

O treinador indicou uma coisa: seu time terá um centroavante. E, principalmente, sinalizou com outra: não terá necessariamente um volante de contenção, aqueles brucutus, presentes em outros times de Felipão e de Parreira também.

Trouxe de volta Júlio César e Ronaldinho Gaúcho, mas preteriu Kaká que estava sendo chamado por Mano Menezes e era o tom de experiência no jovem grupo. A lista é boa, vamos ver como será dentro de campo contra a Inglaterra.

Goleiros:

- Diego Alves: Manteve o goleiro que atravessa bom momento na carreira e será visto de perto. Felipão não tem um camisa 1 de confiança como teve em 2002.
- Júlio César: Em que pese tudo o que envolveu o goleiro do QPR com a camisa amarelinha nos últimos tempos, Júlio César voltou a jogar bem. Felipão vai observar se o experiente goleiro sofrerá com o psicológico.

Laterais:

- Daniel Alves: O lateral do Barcelona é um dos melhores do mundo em sua posição e parece incontestável.
- Adriano: Versátil por jogar bem nos dois lados, Adriano vive grande fase na sua carreira e pode se consolidar com a amarelinha.
- Felipe Luís: Felipão viu e gostou do Atlético de Madri de Simeone. Sem Marcelo que está contundido, Felipe Luís é uma das opções a serem testadas.

Zagueiros:

- Dante: Novidade na lista com maior repercussão. Poucos conhecem, mas Dante é um dos melhores zagueiros do Campeonato Alemão desta temporada. Titular do Bayern de Munique que sofreu apenas 7 gols em 18 jogos.
- Miranda: Outra novidade, Miranda é mais um que do Atlético de Madri que terá uma chance com Felipão.
- David Luiz: Sem Thiago Silva, contundido, o zagueiro do Chelsea é o principal nome para a zaga na lista de Felipão.
- Leandro Castán: O zagueiro ex-Timão e atualmente na Roma leva vantagem sobre outros concorrentes por jogar também na lateral-esquerda.

Volantes:

- Ramires: Com altos e baixos na Era Mano Menezes, Ramires terá a oportunidade de cativar o novo chefe.
- Arouca: Com presença nas últimas listas de Mano, Arouca não é unanimidade na posição.
- Paulinho: Um dos melhores em sua posição, Paulinho terá a missão de jogar em um meio-campo sem um volante de contenção.
- Hernanes: Com ótima temporada pela Lazio, Hernanes volta à Seleção Brasileira depois de ser preterido por tanto tempo pelo antigo técnico.

Meias:

- Oscar: Talento técnico e tático, Oscar tem tudo para ser o 10 de Felipão. É criativo e não tem preguiça de ajudar na marcação.
- Ronaldinho Gaúcho: É inegável o belo Campeonato Brasileiro com a camisa do Galo, Felipão viu isso e pode motivar o seu camisa 11 de 11 anos atrás.

Atacantes:

- Fred: Ficou claro que Felipão quer e gosta de jogar com um centroavante de referência. Fred é o que atravessa melhor momento.
- Luis Fabiano: O atacante tem experiência de Copa do Mundo, voltou à Seleção com Mano e pode ficar com a chegada de Felipão.
- Neymar: Indispensável.
- Hulk: Se Felipão se encantou com Luan, imagina com Hulk.
- Lucas: Agora no futebol europeu, Lucas será atacante. Pode ganhar mais chances com Felipão, já que Mano Menezes insistia em não utilizá-lo com frequência e por muito tempo.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Ainda frio, Santos vence com dois de Neymar

Neymar começa o ano como protagonista. Foto: Sérgio Barzaghi/Gazeta Press



Bola rolando 2013: Paulista – 1ª rodada – São Bernardo 1 x 3 Santos #05

A vitória nesse cenário de início de temporada sempre vem a calhar, mas o Santos precisa melhorar muito ainda na parte física e de entrosamento dos novos reforços. Neymar mostrou que será o de sempre e foi mais uma vez decisivo em uma partida que não foi tão fácil para a equipe santista.

Muricy Ramalho mandou a campo uma equipe no 4-4-2 com um meio de campo em losango, Renê Júnior na cabeça da área, mas com bom passe, Arouca pela direita, Cícero pela esquerda e Montillo mais avançado. Na frente estavam Neymar à esquerda e André no comando. Essa estrutura não funcionou redondamente e o treinador terá que trabalhar muito ainda.

Cícero foi muito tímido na partida e precisa procurar mais o Neymar para a tabela, ou às vezes trocar com Montillo para confundir a marcação.  André precisa entrar no ritmo, está muito lento e abaixo dos demais.

O time do São Bernardo é bem montado e pode somar muitos pontos neste campeonato. Fernando Baiano não parece um daqueles ex-jogadores em atividade e os meias Kléber, Michael e Bady deram certo trabalho para a defesa santista.

Neymar abriu o placar em lance de gênio ao improvisar uma finalização improvável. O empate veio em seguida com bela jogada de Bady para finalização de Naldinho. A partida estava equilibrada e o volante Dudu quase virou com uma bomba que explodiu no travessão. Quatro minutos mais tarde o volante foi expulso e prejudicou demais a equipe do ABC que flertava com um bom resultado.

Muricy fez algumas mudanças que deram mais mobilidade ao ataque. Tirou Cícero para colocar Miralles e depois sacou André para colocar Patito Rodríguez. Antes das mudanças Montillo havia perdido gol incrível em ótima assistência de Neymar, mas o argentino ficou em campo.

O segundo gol saiu dos pés de outro argentino, Miralles aproveitou falha de Samuel e guardou o dele. O placar ainda seria fechado por Neymar que forçou uma penalidade que ele mesmo converteu com categoria.

Dortmund atropela Bremen fora de casa

Felipe Santana (de máscara) comemora gol anotado. Foto: Getty Images



Bola rolando 2013: Alemão 2012/2013 – 18ª rodada – Werder Bremen 0 x 5 Borussia Dortmund #04

O retorno da Bundesliga após a pausa de inverno não poderia ser melhor para o Borussia Dortmund. Com muita tranquilidade, a equipe de Jürgen Klopp atropelou o Werder Bremen ao golear por 5 a 0.

Os donos da casa até que começaram com um certo domínio, mas esse panorama durou até o primeiro chute do Dortmund. Marco Reus cobrou falta com maestria para colocar a equipe aurinegra em vantagem.

Klopp não pôde contar com o zagueiro Subotic e o brasileiro Felipe Santana aproveitou bem a sua chance fazendo bom jogo e marcando o terceiro dos cinco gols. Reus e Götze deram as cartas no primeiro tempo e foi do camisa 10 o segundo gol.

Götze recebeu a bola de Großkreutz e bateu da entrada da área, a bola desviou na defesa e matou o goleiro Mielitz. O segundo gol deu mais tranquilidade ainda para o Borussia que apenas administrou o resultado até o intervalo.

Na segunda etapa Felipe Santana marcou após cobrança de escanteio de Reus. O Werder Bremen se lançou ao ataque para tentar diminuir o prejuízo, mas deu o contra-ataque. Lewandowski marcou o quarto na goleada, mas não comemorou o tento aumentando ainda mais os rumores de sua saída do Borussia Dortmund.

Em outro contra-ataque fulminante iniciado por Gündogan, Piszczek tocou para Błaszczykowski que ainda cortou o zagueiro para dar números finais à goleada. Outro destaque foi o retorno do volante Sahin que fracassou no Real Madrid e no Liverpool antes de voltar para casa.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Goiás passeia e avança na Copinha

Erik comemora seu sétimo gol na Copinha. Foto: Thiago Calil/Ag. Estado



Bola rolando 2013: Copa São Paulo – 2ª fase – Goiás 5 x 1 Vasco #03

Massacre em Ribeirão Preto. O Goiás amassou o Vasco da Gama e se classificou com tranquilidade para as oitavas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A equipe esmeraldina não tomou conhecimento e construiu um placar elástico com autoridade.

Foram cerca de trinta finalizações durante toda a partida contra menos de dez dos vascaínos. Muitas tentativas e muitos acertos, com boa mira e com grande presença ofensiva a goleada foi inevitável.

O Goiás adota no sub-20 o mesmo sistema de jogo do time profissional: o 4-2-3-1. A diferença é que na base esse sistema é muito mais móvel. A mobilidade é característica do homem de referência do ataque, Paulo, autor de dois dos cinco gols.

Atrás dele, ou, às vezes, até à frente dele, estão os meias Liniker, Jarlan e Erik. Os três jogadores são muito habilidosos e possuem o drible e a condução como características marcantes, além do tiro de média distância.

A contenção no meio de campo fica a cargo dos volantes Rodrigo, de boa técnica, e Túlio, um líder nato. A defesa também é boa. O time está ajeitado. Pode ir longe nessa Copinha. Mas com o torneio se afunilando, os adversários ficarão mais duros. O Mogi Mirim é o primeiro deles.

Erik fez seu sétimo gol na Copinha e é artilheiro da competição ao lado de Ceará do Mogi Mirim. 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Empate sem graça entre QPR e Spurs

Goleiro brasileiro fez importantes defesas. Foto: Getty



Bola rolando 2013: Inglês 2012/2013 – 22ª rodada – Queens Park Rangers 0 x 0 Tottenham #02

Apesar de jogar fora de casa, o Tottenham era favorito contra o ameaçado QPR. Mas na prática os Spurs não conseguiram fazer valer esse favoritismo. Em um jogo sem graça, o placar não saiu do zero.

O jogo teve apenas uma emoção mais forte durante os noventa e poucos minutos. Quem apareceu bem na parada foi o goleiro brasileiro Júlio César. Ainda no primeiro tempo protagonizou uma sequência da duas grandes defesas, primeiro espalmando chutaço de Defoe que ainda explodiu na trave e no rebote, à queima-roupa, impediu que a finalização de Adebayor se tornasse gol dos visitantes.

O Tottenham estava postado com duas linhas de quatro mais Defoe e Adebayor, um 4-4-1-1. André Villas-Boas apostava na flutuação do ótimo atacante inglês para dar mais criatividade pelo meio, já que Bale, jogador mais criativo, estava preso na esquerda. Lennon apenas corria pela direita e tinha sérios problemas para superar Fábio.

Por dentro estavam Dembélé e Sandro, mais marcadores. O meio-campo ficou mais fluido quando Parker entrou no lugar do brasileiro lesionado. O QPR, em casa, se limitava a marcar, mas fazia isso com qualidade e deixou o adversário longe do gol na maior parte do primeiro tempo.

Na segunda etapa o Tottenham voltou mais agressivo e empurrava a defesa do QPR, mas sem criar chances claras. Bale passou a centralizar mais e Lennon caiu pela esquerda. Nada funcionou. André Villas-Boas tentou com Dempsey no lugar do nulo Adebayor e Sigurdsson na vaga de Lennon. Inútil. O zero a zero traduziu bem o que foi o jogo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Brasil joga mal e só empata na estreia

Emerson Ávila dá instruções a Mattheus. Foto: AFP



Bola rolando 2013: Sul-Americano Sub-20 – 1ª rodada – Grupo B – Brasil 1 x 1 Equador #01

Tudo bem que era apenas a estreia e que o clichê é válido, mas a favorita Seleção Brasileira teve dificuldades por mostrar que não tem uma ideia de jogo concreta. Se o técnico Emerson Ávila imagina um time com apenas um homem de marcação no meio-de-campo o time pode ir a algum lugar, é melhor rever seus conceitos.

Ávila mandou a campo uma time com cinco jogadores ofensivos e de pouco poder de maração. Marcos Junior na direita, Adryan na esquerda, Felipe Anderson por dentro com Mattheus, além de Ademílson como referência. Não deu certo.

Por mais que o volante Misael corresse por todos os lados do campo, a marcação era frouxa e foi nesse espaço que o bom Cevallos apareceu. A defesa canarinha mostrou um pouco de insegurança, mal posicionada, sofreu alguns sustos.

O gol equatoriano saiu de uma bola que sobrou na ponta direita onde Mansur deveria estar, mas não estava. O cruzamento saiu e Parralles apareceu entre os dois zagueiros brasileiros para marcar de peixinho. Falha de posicionamento de Dória no primeiro poste.

Atrás no placar, os brasileiros ocuparam mais o setor ofensivo do campo. Era visível que a qualidade técnica brasileira era superior, mas a desorganização reinava no meio-campo. O gol saiu de uma entregada da zaga do Equador. Depois de uma lambança de León e um escorregão de Ademilson, a bola sobrou para Mattheus que chutou e o goleiro pegou, mas no rebote León voltou a fazer bobagem e marcou contra.

No segundo tempo, o meio-campo seguiu sem produzir chances reais e obrigou Emerson Ávila a mudar. O treinador colocou o bom meia Fred e o atacante Leandro nos lugares de Marcos Junior e Felipe Anderson, os mais apagados do primeiro tempo. Depois mandou Bruno Mendes no lugar de Adryan.

Fred conseguiu algum brilhareco, mas a Seleção Brasileira não deu conta de virar o jogo e somou apenas um ponto. Deu para entender que o time titular não será esse daqui em diante.