Com Serra vazio, Atlético apenas empata. Foto: Carlos Costa/Futura Press |
Jogos que vi em 2012 – Série A – 23ª rodada – Atlético-GO 1 x
1 Portuguesa #136
O Atlético-GO depositava as últimas esperanças na
sequência de dois jogos no Serra Dourada contra a Portuguesa e o Coritiba. No
primeiro confronto, contra os paulistas, o Dragão sucumbiu e ficou apenas com o
empate. Abandonado pelo seu torcedor, que passou vergonha no clube em rede
nacional, o Dragão não fez valer o mando de campo e se complicou na competição.
Vamos primeiramente à parte mais saliente, o pífio
público no Serra Dourada. É inadmissível que um clube que esteja na Série A
leve ao estádio menos de mil torcedores, 891 para ser mais preciso.
Nesse momento catastrófico para a história e a imagem
do clube, pipocam desculpas, muitas delas esfarrapadas, para a ausência no
estádio. Fala-se do preço alto, concordo que R$ 40 é salgado, mas com a
promoção fica mais acessível. Acho que R$ 10 seria um valor legal, atrativo,
mas a diretoria do clube acha que bilheteria ainda paga alguma coisa no
futebol.
Falta sensibilidade da diretoria que está
desesperada com a falta de dinheiro do clube. Mas o engraçado é que quase nunca
é alvo de crítica dos torcedores. A não ser naquela pichação no muro do CT,
ninguém critica os diretores. Pelo contrário, até uma bandeira com a figura dos
cartolas ostentam.
O momento do clube é outro ponto reclamado, mas aí é
que está o “x” da questão. Em momentos difíceis é que o torcedor precisa apoiar
o seu clube do coração. Mas não é só nesse momento que os rubro-negros não têm
comparecido, perdi as contas de quantas vezes os jogadores dão entrevistas
pedindo presença do torcedor no estádio. Mesmo quando o clube atravessa boa
fase.
Todos os 891 torcedores que foram ao estádio são
especiais, não desistiram até então. Mas esse nº 1 que compôs o público junto
com os outros 890 é especial, aliás, são dois. Matheus Ramos, tetraplégico, foi
ao estádio ver seu time do coração. Graças ao seu pai, Silvio Santana
Tolentino, que proporcionou isso para o seu filho levando uma UTI móvel para o
estádio.
Mire nesse exemplo torcedor, olhe para as suas
pernas que se movem com perfeição, graças a Deus, e vá para o estádio apoiar o
seu time, faça você a sua parte.
O JOGO
Jairo Araújo arrumou o time contra o Grêmio jogando no
esquema 3-6-1, a equipe aumentou o volume de jogo e fez jogo de igual para
igual com um time que está entre os quatro primeiros colocados do Brasileiro em
um estádio com quase 50 mil torcedores.
Para o jogo contra a Lusa preferiu mexer no time.
Entrou com uma linha de quatro na defesa, três volantes, dois meias e um
atacante. Carlos ganhou uma chance no meio, Alexandre Oliveira fez dupla de
armação com Danilinho e Patric ganhou a vaga de Ricardo Bueno.
O time não foi intenso como foi em Porto Alegre, mas
a Portuguesa não era tão perigosa, a não ser quando o bom Ananias escapava. O
jogo era morno e monótono durante os trinta primeiros minutos.
Até que em uma boa trama, Eron cruzou no segundo
poste onde Marcos fechou de cabeça para abrir o placar. Minutos depois, o
Dragão escapou em contra-ataque com Dodó puxando pela direita, passando para
Alexandre Oliveira que deu ótimo passe para Patric ampliar. Mas a arbitragem
errou feio, a assistente Nadine Câmara marcou impedimento inexistente e
prejudicou o Atlético-GO.
No segundo tempo, logo no início, Márcio saiu muito
mal em cobrança de escanteio e Valdomiro se antecipou para empatar o jogo.
Depois disso a Lusa se fechou e esperou um contra-ataque para matar o jogo e
sair com a vitória. O Dragão pouco criou e quando chegou com perigo Danilinho
desperdiçou grande chance.
Um milagre será preciso para o Atlético-GO ficar na
Série A em 2013. E se cair, vai chorar por não ter assinado o contrato com a
Globo por três anos.
João Paulo, mesmo quando o Atlético-GO marcou o gol, o grito da torcida foi modesto. Será o triste fim do Dragão?
ResponderExcluirPelo menos o fim do sonho da Série A, parece que sim. Mas enquanto a matemática não decreta o rebaixamento, é papel do torcedor acreditar.
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