Expressão da campanha verde no Brasileiro. Foto: Mauro Pimentel/Terra |
Não é normal, mas foi justo. O
maior campeão do século passado coleciona fracassos no novo milênio e inova ao
ser o primeiro grande a cair duas vezes para a Série B. 2012 foi um ano com um
misto muito grande de emoções para o palestrino e que acabou da pior das
formas, aliás, pode piorar ainda.
O ano começou com um adeus
indigesto. O ídolo São Marcos deixava os gramados e um pouco do orgulho do
palmeirense. Afinal de contas, a confiança de que o Santo poderia dar um jeito
em qualquer situação sempre estava viva. Se apagou.
O fracasso no Paulistão e o
título da Libertadores do arquirrival Corinthians fez a autoestima ir lá
embaixo. A alegria era falar que eles não tinham casa e nem Libertadores. Agora
tem os dois. O Palmeiras precisava ir atrás de suas próprias glórias. A
resposta foi imediata.
A conquista da Copa do Brasil aos
trancos e barrancos pôs fim a um jejum de títulos importantes que já durava 13
anos. Metade da vida de algumas pessoas. Muito tempo. Mas o caneco veio e a
vaga na Libertadores. Faltava muito pouco para que a temporada enfim voltasse a
ser positiva.
Mas o Palmeiras é mestre em se
perder nas próprias pernas. Felipão, desgastado no comando, foi mantido e o
time perdia pontos e tempos de reação. A missão era “apenas” se livrar do
rebaixamento. Missão dada é missão...falha. O time não conseguiu. Gilson Kleina
veio e não foi o suficiente, a vaca já tinha ido para o brejo, ou o porco, no
caso.
Quando contrataram o meia Wesley
houve elogio, apesar da vaquinha mal sucedida. Azar também, ele rompeu os
ligamentos do joelho e pouco ajudou. Contrataram um tal de Barcos, que meio
desajeitado mostrou ser bom de bola e fez muitos gols. Não foram suficientes.
A esperança residia nas bolas
paradas de Marcos Assunção, assim como acontecia em 2002, ano da primeira
queda. A verdade é que o time não era bom. Era fraco. Muito dinheiro foi mal
gasto. Você sabia que o clube gastou quantia parecida para contratar Luan e
Barcos? Pois é.
Além disso, o time sofreu por não
ter casa. Não teve coragem de assumir o Pacaembu como ninho, jogou em Barueri,
Araraquara e sei lá mais onde. O clube suplica pelo retorno ao Jardim Suspenso
onde sempre fez a diferença.
2013 será um ano difícil. Cair
para a Série B não é o fim do mundo, mas também não é caminho obrigatória para
aprender como fazer. Está errado, um time do quilate e da tradição do Palmeiras
pode se reestruturar jogando a primeira divisão.
A queda é recente e o futuro
reticente. Será um time de Série B ou para disputar o título da Libertadores?
Quem será o presidente? O treinador? O fato é que o torcedor fica ferido mais
uma vez e o clube terá que o reconquistar, pois o palestrino é diferente, ama o
Palmeiras como sua própria vida. Mas na nossa vida tomamos as rédeas da
direção. Não fica a mercê de incompetentes.
O Natal ficará menos amargo em caso de insucesso do
Corinthians no Mundial, melhor ainda se for no primeiro jogo. Mas o clube
precisa mirar no exemplo do rival que saiu de uma bagunça maior que a verde e
hoje coleciona sucessos.
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