sábado, 28 de janeiro de 2012

O fator Elias

O novo "velho" camisa 10 do Dragão. Foto: Assessoria


O meia Elias ganhou condição de jogo e o técnico Hélio dos Anjos ganhou a chamada dor de cabeça boa. Aliás, a melhor que já teve desde que assumiu o Dragão no meio do ano passado. O treinador tem em mão um jogador de bom passe, criativo, driblador e finalizador. Não é nenhum craque, mas um toque mais criativo em um time bem montado e funcional.

Há alguns posts atrás afirmei que o Atlético ia mudar de cara, essa mudança passa necessariamente pela contratação de duas peças que serão importantes durante a temporada, Elias e William. Eu já explico. No ano passado, a meiuca rubro-negra tinha boa movimentação e bom passe, no entanto o time sofria quando tinha pela frente adversários que jogavam encolhidos, sobretudo no Serra Dourada.

Tanto que o centroavante do time, no caso Anselmo, tinha que voltar para ajudar na criação. Vítor Júnior dono da 10 em grande parte da temporada não tinha a característica de criar, era mais de condução. Com Elias será diferente e o novo centroavante do Dragão pede mesmo que o meia seja diferente.
William é um jogador de decisão, necessita que criem para ele finalizar e o Hélio sabe disso. Tanto sabe que vem trabalhando com Marcão que tem características um pouco parecidas com a de William, porém o Guerreiro tem mais qualidade.

Voltemos a falar de Elias. Com ele Hélio terá mais opções de escalações ou até mesmo de mudar o jeito de jogar dentro da partida sem fazer alterações, o que é muito importante para um time vencedor. Além de ser um jogador mais cerebral, Elias é bom na bola parada e tem faro de gol. A sua média de gols com a camisa do Atlético aponta isso, média de atacante. Foram 42 gols em 104 jogos o que leva a uma média de 0,4 gol por partida. Felipe, por exemplo, tem média inferior, 0,32 fruto de 14 gols em 43 jogos.

Vamos às opções que Hélio terá e está pensando. O treinador deixou escapar que pode jogar com um único atacante, mas disse que não está pensando nisso. Só que o fato dele falar que não está pensando indica que ele tem isso em mente também. Vejamos:

Opção no 4-3-1-2

É a que o time vem jogando, com uma linha de quatro na defesa, três volantes sendo que dois avançam muito, um meia e dois atacantes. O time jogará assim em Goianésia e jogou nas duas primeiras rodadas:

1- Márcio; 2- R.Cruz, 3-Gilson, 4- Leonardo, 6- Paulinho;
8-Pituca, 7- Bida, 5-Marino, 10- Elias; 9-William e 11- Felipe



Essa opção tem a variável com Elias jogando no ataque ao lado de William e Bida ficando como armador, com isso os dois volantes recuariam mais e jogariam como primeiro e segundo homens de meio-campo tradicionais. Dessa forma, se o time estiver atrás do marcador e precisar ser mais ofensivo, o técnico tira um dos volantes e coloca um atacante pela ponta, Diogo Campos, Felipe ou Juninho, depende da situação de jogo. O esquema ficaria assim:

4-2-1-3

1- Márcio; 2-R.Cruz, 3-Gilson, 4-Leonardo, 6- Paulinho
5-Marino, 8-Pituca, 7-Bida; 10-Elias, 11-Felipe e 9- William

A outra formação e acredito que essa será mais usada em jogos fora de casa no Brasileirão é de William como único atacante com Bida e Elias o municiando. Com isso os laterais terão força para atacar ou até mesmo os volantes fazer o trabalho de triangulação e ultrapassagem com os meias.

Seria um 4-3-2-1

1- Márcio; 2-R.Cruz, 3-Gilson, 4-Leonardo, 6- Paulinho
8-Pituca, 11-Marino, 5-Ernandes ou Bob, 10- Elias, 7- Bida e 9- William

Hélio terá muitas opções e está treinando para que seu time fique melhor ainda do que no ano passado. Se fracassar com essas opções não poderá reclamar. Sua missão é não fazer o seu discurso falir junto aos jogadores que em sua maioria já estão sob seu comando há seis meses.

Um comentário:

  1. Boa analise João Paulo.

    Aposto minhas fichas nesta 3º formação, porém, com uma inversão: Bida mais recuado com Elias na frente ao lado do William.

    Quem se recorda do Elias, lembra-se que ele fez essa quantidade de gols jogando como atacante e não como meia.

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