Carrinho de Egídio em disputa com Marino. Foto: Joelton Godoy |
O clássico entre Atlético e Goiás comprovou o equilíbrio que há no confronto. Nos últimos anos têm sido assim e acredito que será por um longo tempo ainda. A velha máxima usada no futebol que fala que clássicos são decididos no detalhe voltou a se confirmar. Em um jogo muito parelho, onde a forte marcação prevaleceu, o Goiás ganhou indo cirurgicamente no ponto fraco do Dragão, a bola aérea. Mérito para o esmeraldino, porém o confronto do último domingo comprova que este clássico não tem favoritos.
Os dois treinadores travaram um duelo particular. Hélio dos Anjos enfrentou o Goiás pela primeira vez com um time tecnicamente parecido e Enderson Moreira teve a chance de afirmação da sua ótima campanha à frente do Goiás.
Hélio dos Anjos afirmou há alguns dias que não pensava no Dragão com apenas um atacante de ofício e com Elias chegando para fazer o segundo atacante, bobagem, ele sempre pensou. E ao contrário do que a maioria dos comentarista estão dizendo, acredito que pode dar certo. O problema é que para isso as peças tem que executar bem seus papéis, neste jogo todos deixaram a desejar. Elias foi o mais participativo, Marcão foi praticamente nulo no jogo e Bida foi menos criativo do que o técnico espera dele, tanto que Hélio tirou o jogador e colocou outro meia apostando no sistema tático proposto.
Já Enderson Moreira mandou o time apostando no que acreditava levar vantagem sobre o adversário. O Goiás apostou na marcação e conseguiu na maior parte do tempo neutralizar o ponto forte do Atlético, a troca de passes e a posse de bola. Enderson mandou o time a campo com o meia Ramón e Vítor na direita. O meia tem o biotipo diferente dos jogadores da posição é alto e forte. Com 1,86m Ramón passava a ser uma arma aérea assim como foi contra o Itumbiara. Neste jogo, entretanto, não teve muitas chances até porque foi marcado de perto.
No primeiro tempo a marcação do Goiás impediu que o Dragão tomasse conta do jogo até os 30 minutos, depois disso o rubro-negro tomou as rédeas e ficou com elas até tomar o gol aos 16 do segundo tempo.
O gol esmeraldino nasceu de uma jogada forte do time esmeraldino e ponto falho do Atlético, a bola aérea originada de bola parada. O Atlético tem tido problemas com esse tipo de jogada e o próprio técnico Hélio dos Anjos admite isso. A defesa rubro-negra está sofrendo muitos gols nesse início de temporada, saudade de Anderson, Feltri e, quem diria, do Agenor.
O Goiás segue sua caminhada, abriu seis pontos de vantagem para os concorrentes diretos Atlético e Itumbiara e terá um final de primeiro turno menos complicado que os adversários. Isso ainda não garante nada ao time, visto que o campeonato ainda está apenas no começo. Porém, o Atlético vai ter que mostrar um pouco mais para que o torcedor fique mais confiante para uma temporada que promete !
FICHA TÉCNICA
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (Asp.FIFA/GO)
Assistentes: Fabrício Vilarinho (FIFA/GO) e Márcio Soares (GO)
Atlético: Márcio; Rafael Cruz, Gilson, Gabriel (Paulo Henrique) e Ernandes; Pituca, Marino, Joílson (Diogo Campos) e Bida(Thiaguinho); Marcão e Elias. TÉC: Hélio dos Anjos
Goiás: Harlei; Vítor, Rafael Tolói, Ernando e Egídio; Amaral, Alan Bahia (Valmir Lucas), Ramón (David) e Ricardo Goulart (Thiago Mendes); Felipe Amorim e Iarley. TÉC: Enderson Moreira
Gols: Ricardo Goulart aos 16’ do 2ºT (Goiás)
Cartões Amarelos: Iarley, Rafael Tolói, Felipe Amorim (Goiás); Bida, Gilson (Atlético)
Público Pagante: 11.155
Renda: R$ 260.430,00
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