terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Seleção sem sal


Jogos que vi em 2012 - Amistoso - Brasil 1 x 1 Bósnia #13

Marcelo faz o primeiro gol do Brasil. Foto: Mowa Press


 
Enfim o ano olímpico chegou! A inédita medalha de ouro para o Brasil pode vir em Londres! Esse com certeza não foi o pensamento do torcedor brasileiro após a primeira exibição da Seleção em 2012.

Tá certo que a seleção não era a olímpica, o que preocupa mais ainda. A adversária era a Bósnia-Herzegovina, seleção que tem crescido nos últimos anos e oriunda de uma escola importante do futebol. O Brasil é que não tem ido bem. Não conseguiu se impor e mais do que isso, não jogou bem.

O time de Dunga não era excepcional, mas era eficiente e tinha uma identidade. O time de Dunga não serviu e Mano Menezes foi contratado para reformular, resgatar a essência do futebol brasileiro. Até agora é um fracasso. Se o time de Dunga era pautado pelo contra-ataque quase sempre mortal, o de Mano não tem uma característica que o marca. É um time sem brilho.

O treinador da seleção Canarinho parece ter abandonado a missão dada a ele, de resgatar o bom futebol, e está mais preocupado com a manutenção do cargo. Se seguir nesse ritmo, um insucesso nos Jogos de Londres deve derrubar o treinador, a pressão será em Andrés Sanchez e a ligação dele com o técnico na época do Corinthians vai ser um agravante.

O Brasil é o sétimo no ranking da FIFA e sem nenhum exagero poderia ser o décimo. Hoje, qualquer um consegue apontar  pelo menos três ou quatro seleções que estão em melhor situação  que a da CBF. O processo de renovação é complicado e passa pela confirmação de Neymar como um jogador fora de série. Além disso, o conjunto deve ser mais bem montado e o treinador parar de ser teimoso.

O JOGO

Mano Menezes deve refletir sobre algumas escolhas que vem fazendo. Uma é muito clara: Ronaldinho Gaúcho já deu o que tinha que dar. O meia não consegue jogar centralizado e atrapalha Neymar se for para a esquerda, onde anda meia-boca. A outra situação é a condição de titular de Júlio César. O arqueiro parece ter saído de óribita após a fatídica partida contra a Holanda na África do Sul em 2010. Pensando em -14, eu apostaria em Diego Alves. O goleiro do Valencia vive grande fase e precisa de lodo nas costas para chegar bem na Copa no Brasil.

O gol da Seleção mostrou logo no início que o time pode jogar mais com seus laterais que são acima da média. Mas o gol sofrido mostra que os laterais não são estrelas nesse sistema e precisam ajudar na marcação. David Luiz ficou sozinho do lado esquerdo na hora do gol de Ibisevic, o zagueiro ficou assistindo o atacante avançar e chutar mal, mas o suficiente para vazar Júlio César que falhou bisonhamente.

Se a Bósnia tivesse caprichado um pouco mais no início do segundo tempo poderia ter saído vitoriosa, teve a chance. Só que a bola pune. Sem merecer, nos minutos finais, o atacante Hulk que entrou na segunda etapa no lugar de Hernanes, cruzou e contou com a infelicidade de Papac que mandou contra o patrimônio.

A sensação que ficou é que muita coisa precisa melhorar, muita mesmo. A evolução é muito tímida para o que se espera desse projeto.

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