quinta-feira, 8 de março de 2012

Será que agora vai?


Ricardo Teixeira pede licença médica e deve sair da CBF. Foto: Reuters

Parece que enfim, o tirano vai sair do comando do futebol brasileiro. Ricardo Teixeira pediu licença da presidência da CBF por motivos médicos. A licença vale por 60 dias e há quem diga que Teixeira não retorne mais. Ele preparou o terreno para abandonar o comando da entidade máxima e vai morar nos EUA. Vai tarde.

Apesar de não aprovar o comando de Ricardo Teixeira, não é razoável torcer pela desgraça alheia, ainda mais em questões de saúde. É melhor acreditar que a justiça será feita após todas as investigações em andamento envolvendo o nome de Ricardo Teixeira. Que não são poucas.

Foram 23 anos e dois meses no poder, seis Copas do Mundo disputadas e duas vencidas. Ricardo Teixeira foi o presidente que ficou mais tempo no comando da CBF. Nesse longo período do tirano à frente do futebol brasileiro, a Seleção Brasileira ficou cada vez mais distante do povo brasileiro.

Romário e Ronaldo foram protagonistas nas duas Copas do Mundo vencidas em sua gestão, dois monstros do futebol brasileiro. Essas conquistas fizeram com que o Brasil se tornasse a seleção mais vitoriosa entre todas, mas nem isso faz com que seja orgulho como outrora.

Contratos milionários de publicidade, amistosos contra seleções com pouca expressão como o caso recente do Gabão e o hábito de jogar na Europa, distanciaram o torcedor da Seleção. A CBF ficou rica, e daí? O torcedor não quer saber quem é mais rico, mas não esquece que não temos mais o melhor esquadrão do mundo.

O cerco sobre Teixeira foi apertando nos últimos meses, denúncias seguidas de denúncias e a desistência de concorrer com Michel Platini para assumir a presidência da FIFA fizeram com que Teixeira se mandasse da CBF, aliado a seu problema de saúde.

O tirano bateu no peito quando conseguiu trazer a Copa do Mundo para o Brasil em 2014, mas agora pula do barco que está com perigo de naufragar. Joga nas mãos do governo uma conta que não é dele, apesar de ter concedido a benção para Teixeira.

O sucessor natural de Ricardo Teixeira é o vice-presidente mais velho segundo o estatuto da entidade, no caso José Maria Marín, ex-governador de São Paulo, e que recentemente embolsou uma medalha que seria para um jogador do Corinthians campeão da Taça São Paulo de Futebol Júnior.

Animador.

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