Disputa de bola no 1º clássico decisivo. Foto: Carlos Costa/Lancepress! |
Jogos que
vi em 2012 – Goiano – Final – Atlético-GO
2 x 2 Goiás #42
O equilíbrio
na partida era previsto, mas como toda grande decisão muitos ingredientes
vieram para apimentar o clássico entre Atlético e Goiás. Durante a semana,
mistério no lado rubro-negro e muitas incertezas quanto a escalação. Do lado
esmeraldino cansaço e euforia após a classificação na Copa do Brasil em Belo
Horizonte.
Minutos
antes da partida as dúvidas foram desfeitas e o clássico começou a esquentar.
No Dragão, Marino, Marcão e Márcio foram vetados pelo departamento médico do
clube, sendo o último uma surpresa. Roberto foi titular e não comprometeu. A
crítica ficou por conta do restante da escalação rubro-negra, muitos bateram em
Adílson, sobretudo os torcedores.
O treinador
vinha ensaiando a mesma formação que usou contra a Ponte Preta em Campinas, faz
sentido pois o Goiás joga muito parecido com a Macaca taticamente falando. No
decorrer do jogo o sistema se provou eficiente, mas foi pouco ousado já que o
Atlético estava mais descansado e tinha que vencer para tomar a vantagem das
mãos do rival.
O Goiás por
outro lado dava sinais de desgaste físico e Enderson Moreira decidiu manter o
meia-atacante Felipe Amorim no time, o jeito de jogar permaneceu o mesmo, com
os três meias trocando muito.
O Atlético
estava armado em um 4-4-1-1 com Ernandes e Joílson fazendo o corredor na
segunda linha, Bida à frente da linha de meio e Felipe mais avançado. O Goiás
no seu 4-2-3-1 já conhecido de todos. A estratégia de Adílson dificultou
bastante o apoio dos laterais do Goiás, um dos pontos fortes do time de
Enderson. Outro ponto forte é a bola parada que desequilibrou para o lado
esmeraldino, duas bolas de Egídio e dois gols, um de Ricardo Goulart no início
do primeiro tempo e um de Amaral no início do outro.
O fato do
Goiás ter feito os gols no início de cada tempo e nunca ter ficado atrás no
marcador fez com que o time aguentasse melhor fisicamente, se o verde tivesse
que correr atrás do empate poderia ter sido diferente.
O Atlético
controlou mais o jogo, foi mais consciente com a bola nos pés, mas faltou ser
mais agudo, um pouco por conta da formação do time. No segundo tempo, Adílson
colocou o time sem atacante em dado momento, mas terminou com Diogo Campos,
Elias e William.
O jogo foi
parelho como se esperava, Goiás foi forte como de costume na bola parada e
contou com a bobeada da melhor defesa do campeonato, o Atlético propôs seu jogo
e conseguiu construir dois gols.
Está tudo em
aberto, assim como disse antes do primeiro jogo, só um insano apostaria em um
favorito, até porque o campeonato está por uma bola para o Dragão e essa pode
destruir toda a vantagem do Goiás.
Imprevisível,
mas o certo é que o Goiás jogará mais bola por estar mais descansado e que o
Atlético terá que mudar de tática, pois perdeu Joílson e Fernando Bob e precisa
ser mais ousado pois precisa da vitória.
Em tempo
Achei muito mais chororô das duas
partes a reclamação com a arbitragem do Paulo César Oliveira, o Goiás reclamou
de falta na origem do lance que resultou no pênalti do Tolói em cima de Bida,
não foi falta pois o árbitro adotou um critério para outros lances parecidos. O
Adílson reclamar de jogadores pendurados recebendo amarelo e deixar no ar algum tipo de esquema para
prejudicar o Atlético é surreal. Tenho certeza que os dois times podem travar
um duelo tático e técnico bonito no próximo domingo e não precisam transferir
nenhum tipo de culpa ou responsabilidade.
Ressaltando a rivalidade boa no futebol, tocar As mocinhas da cidade no intervalo foi genial. Acho uma provocação válida, deixa o futebol menos chato.
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