segunda-feira, 7 de maio de 2012

Faltam 90 minutos


Disputa de bola no 1º clássico decisivo. Foto: Carlos Costa/Lancepress!


Jogos que vi em 2012 – Goiano – Final – Atlético-GO  2 x 2 Goiás #42

O equilíbrio na partida era previsto, mas como toda grande decisão muitos ingredientes vieram para apimentar o clássico entre Atlético e Goiás. Durante a semana, mistério no lado rubro-negro e muitas incertezas quanto a escalação. Do lado esmeraldino cansaço e euforia após a classificação na Copa do Brasil em Belo Horizonte.

Minutos antes da partida as dúvidas foram desfeitas e o clássico começou a esquentar. No Dragão, Marino, Marcão e Márcio foram vetados pelo departamento médico do clube, sendo o último uma surpresa. Roberto foi titular e não comprometeu. A crítica ficou por conta do restante da escalação rubro-negra, muitos bateram em Adílson, sobretudo os torcedores.

O treinador vinha ensaiando a mesma formação que usou contra a Ponte Preta em Campinas, faz sentido pois o Goiás joga muito parecido com a Macaca taticamente falando. No decorrer do jogo o sistema se provou eficiente, mas foi pouco ousado já que o Atlético estava mais descansado e tinha que vencer para tomar a vantagem das mãos do rival.

O Goiás por outro lado dava sinais de desgaste físico e Enderson Moreira decidiu manter o meia-atacante Felipe Amorim no time, o jeito de jogar permaneceu o mesmo, com os três meias trocando muito.

O Atlético estava armado em um 4-4-1-1 com Ernandes e Joílson fazendo o corredor na segunda linha, Bida à frente da linha de meio e Felipe mais avançado. O Goiás no seu 4-2-3-1 já conhecido de todos. A estratégia de Adílson dificultou bastante o apoio dos laterais do Goiás, um dos pontos fortes do time de Enderson. Outro ponto forte é a bola parada que desequilibrou para o lado esmeraldino, duas bolas de Egídio e dois gols, um de Ricardo Goulart no início do primeiro tempo e um de Amaral no início do outro.

O fato do Goiás ter feito os gols no início de cada tempo e nunca ter ficado atrás no marcador fez com que o time aguentasse melhor fisicamente, se o verde tivesse que correr atrás do empate poderia ter sido diferente.

O Atlético controlou mais o jogo, foi mais consciente com a bola nos pés, mas faltou ser mais agudo, um pouco por conta da formação do time. No segundo tempo, Adílson colocou o time sem atacante em dado momento, mas terminou com Diogo Campos, Elias e William.

O jogo foi parelho como se esperava, Goiás foi forte como de costume na bola parada e contou com a bobeada da melhor defesa do campeonato, o Atlético propôs seu jogo e conseguiu construir dois gols.
Está tudo em aberto, assim como disse antes do primeiro jogo, só um insano apostaria em um favorito, até porque o campeonato está por uma bola para o Dragão e essa pode destruir toda a vantagem do Goiás.

Imprevisível, mas o certo é que o Goiás jogará mais bola por estar mais descansado e que o Atlético terá que mudar de tática, pois perdeu Joílson e Fernando Bob e precisa ser mais ousado pois precisa da vitória.

Em tempo

Achei muito mais chororô das duas partes a reclamação com a arbitragem do Paulo César Oliveira, o Goiás reclamou de falta na origem do lance que resultou no pênalti do Tolói em cima de Bida, não foi falta pois o árbitro adotou um critério para outros lances parecidos. O Adílson reclamar de jogadores pendurados recebendo amarelo  e deixar no ar algum tipo de esquema para prejudicar o Atlético é surreal. Tenho certeza que os dois times podem travar um duelo tático e técnico bonito no próximo domingo e não precisam transferir nenhum tipo de culpa ou responsabilidade.

Ressaltando a rivalidade boa no futebol, tocar As mocinhas da cidade no intervalo foi genial. Acho uma provocação válida, deixa o futebol menos chato.

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