segunda-feira, 14 de maio de 2012

Goiás é campeão no detalhe


Goiás volta a ser campeão após dois anos. Foto: Carlos Costa/Ag. Lance


Jogos que vi em 2012 – Goiano – Final – Goiás 1 x 1 Atlético #46


O Goiás entrou em campo no Serra Dourada como campeão. A vantagem construída pelo time esmeraldino durante a todos os outros 21 jogos anteriores davam ao clube a possibilidade de levantar o caneco com o empate. O Atlético não havia vencido o rival nas outras três partidas disputadas e com isso só a vitória interessava.

Até por isso a proposta do Dragão teve que ser mais ofensiva, diferente da escalação no primeiro jogo, Adílson Batista mandou a campo um time mais solto com Felipe e Diogo Campos no ataque com Bida e Elias criando as jogadas.

O ímpeto dos rubro-negros renderam um fruto cedo, logo aos oito minutos o time abriu o placar. Rafael Cruz que pouco fez durante todo o campeonato, dessa vez acertou um cruzamento milimétrico na cabeça de Bida que jogou de atacante e fez seu nono gol no estadual, com mais oito assistências foi o melhor do Dragão no certame.

Depois disso o Goiás perdeu a vantagem e teve que correr atrás do empate. O time perdeu Felipe Amorim machucado e com isso melhorou em campo. Antes da entrada de Thiago Humberto, a ligação direta buscando a velocidade de Felipe Amorim era recorrente e quase sempre sem nenhum sucesso.

O Goiás rondava a área do Atlético e o time rubro-negro tentava encaixar um contra-ataque. Conseguiu um ataque que poderia mudar o rumo da final. Felipe lançou o atacante Diogo Campos em posição legal dentro da área, mas a arbitragem marcou impedimento. Houve reclamação no lance com uma suposta sola de Felipe, mas revendo a posição do árbitro nota-se que a marcação foi de impedimento e de forma equivocada. Diogo ainda recebeu amarelo.

No intervalo, Diogo Campos pediu para sair pois estava cansado e voltava de lesão, um jogador da idade dele sair de campo alegando cansaço é preocupante. Aí Adílson Batista colocou suas cartas para fora da manga. Colocou Paulinho na partida e trouxe Ernandes para o meio, recuou o time de forma perigosa.

O Goiás voltou mais disposto a chegar ao empate. Teve boas chances, mas esbarrou no ótimo goleiro Roberto que não sentiu a pressão da decisão. Enderson Moreira colocou Júnior Viçosa em campo para ser uma referência mais fixa no ataque, afinal de contas caso não pudesse construir a jogada do gol, o chuveirinho nos minutos finais seria inevitável.

O gol do título nasceu de um chuveirão, apesar da reclamação de ter sido mais na banheira. Rafael Tolói fez um belo e longo lançamento e encontrou o meia Ramón na entrada da área. Aí aparece o lance mais discutido da partida. Ramón dominou no peito, girou e sem deixar a bola cair no chão mandou de esquerda sem chances para Roberto, aos 28 minutos da segunda etapa.

A reclamação de impedimento do meia foi inevitável. Porém, o lance foi tão difícil que vendo e revendo várias vezes foi complicado de dar um veredicto, logo não se pode crucificar o assistente Édson Antônio por causa desse lance. No tira-teima, recurso eletrônico, o lateral Rafael Cruz dava condição para o jogador esmeraldino.

Depois disso o Goiás conseguiu segurar o empate até o fim do jogo e voltou a ser campeão após ver o rival rubro-negro ser campeão por duas temporadas seguidas. 23º título esmeraldino na história do Goiano, maior vencedor da história.

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