Goiás volta a ser campeão após dois anos. Foto: Carlos Costa/Ag. Lance |
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2012 – Goiano – Final – Goiás 1 x 1 Atlético #46
O Goiás entrou em campo no Serra Dourada como campeão. A vantagem
construída pelo time esmeraldino durante a todos os outros 21 jogos anteriores
davam ao clube a possibilidade de levantar o caneco com o empate. O Atlético
não havia vencido o rival nas outras três partidas disputadas e com isso só a
vitória interessava.
Até por isso a proposta do Dragão teve que ser mais ofensiva, diferente
da escalação no primeiro jogo, Adílson Batista mandou a campo um time mais
solto com Felipe e Diogo Campos no ataque com Bida e Elias criando as jogadas.
O ímpeto dos rubro-negros renderam um fruto cedo, logo aos oito minutos o
time abriu o placar. Rafael Cruz que pouco fez durante todo o campeonato, dessa
vez acertou um cruzamento milimétrico na cabeça de Bida que jogou de atacante e
fez seu nono gol no estadual, com mais oito assistências foi o melhor do Dragão
no certame.
Depois disso o Goiás perdeu a vantagem e teve que correr atrás do empate.
O time perdeu Felipe Amorim machucado e com isso melhorou em campo. Antes da
entrada de Thiago Humberto, a ligação direta buscando a velocidade de Felipe
Amorim era recorrente e quase sempre sem nenhum sucesso.
O Goiás rondava a área do Atlético e o time rubro-negro tentava encaixar um
contra-ataque. Conseguiu um ataque que poderia mudar o rumo da final. Felipe
lançou o atacante Diogo Campos em posição legal dentro da área, mas a
arbitragem marcou impedimento. Houve reclamação no lance com uma suposta sola
de Felipe, mas revendo a posição do árbitro nota-se que a marcação foi de
impedimento e de forma equivocada. Diogo ainda recebeu amarelo.
No intervalo, Diogo Campos pediu para sair pois estava cansado e voltava
de lesão, um jogador da idade dele sair de campo alegando cansaço é preocupante.
Aí Adílson Batista colocou suas cartas para fora da manga. Colocou Paulinho na
partida e trouxe Ernandes para o meio, recuou o time de forma perigosa.
O Goiás voltou mais disposto a chegar ao empate. Teve boas chances, mas
esbarrou no ótimo goleiro Roberto que não sentiu a pressão da decisão. Enderson
Moreira colocou Júnior Viçosa em campo para ser uma referência mais fixa no
ataque, afinal de contas caso não pudesse construir a jogada do gol, o
chuveirinho nos minutos finais seria inevitável.
O gol do título nasceu de um chuveirão, apesar da reclamação de ter sido
mais na banheira. Rafael Tolói fez um belo e longo lançamento e encontrou o
meia Ramón na entrada da área. Aí aparece o lance mais discutido da partida.
Ramón dominou no peito, girou e sem deixar a bola cair no chão mandou de esquerda
sem chances para Roberto, aos 28 minutos da segunda etapa.
A reclamação de impedimento do meia foi inevitável. Porém, o lance foi
tão difícil que vendo e revendo várias vezes foi complicado de dar um
veredicto, logo não se pode crucificar o assistente Édson Antônio por causa
desse lance. No tira-teima, recurso eletrônico, o lateral Rafael Cruz dava
condição para o jogador esmeraldino.
Depois disso o Goiás conseguiu segurar o empate até o fim do jogo e
voltou a ser campeão após ver o rival rubro-negro ser campeão por duas
temporadas seguidas. 23º título esmeraldino na história do Goiano, maior
vencedor da história.
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