O momento mais esperado entre os corintianos. Campeões. Foto: Reuters |
Jogos que vi em 2012 – Libertadores – Final – Corinthians 2 x
0 Boca Juniors #84
O tão esperado dia chegou. Não chegou por acaso, foi
construído. O 4 de julho passou a ser o dia da Independência, da Libertação de
uma nação. A nação corintiana está de alma lavada e usando as palavras do
regente Tite: com merecimento.
Uma equipe calejada por sofrer tanto com um título
que não vinha, que seus rivais possuíam e usavam como arma. A construção do
título inédito teve início no momento mais vergonhoso (dentro de campo) dos
últimos anos. Um Tite separava o “Tolima” da glória.
Importante é ressaltar que depois da queda na
pré-Libertadores do ano passado, a diretoria corintiana manteve o treinador que
montou um time campeão. Sem estrelas, mas com ótimos jogadores e um jogo
coletivo sólido e objetivo.
Soube administrar o grupo como pouco já se viu no
futebol e comemorou no fim. O trabalho de Tite à frente do Corinthians é
irretocável e os jogadores que acreditaram na proposta do gaúcho da fala mansa
e idioma próprio ganharam a recompensa.
Mas essa relação é uma mão de via muito dupla. Sem o
trabalho e dedicação dos atletas nada disso poderia estar sendo escrito. Se não
há aquele craque no elenco, o grupo está repleto de jogadores decisivos.
É uma Libertadores do Ralf, do Danilo, do Paulinho,
do Sheik e até do jovem Romarinho. E como explicar jogadores contestados como
Alessandro, Fábio Santos e até Chicão e o sem grife Castán formarem uma defesa tão
sólida? Jorge Henrique deixou a vaidade de fazer mais gols para ajudar a tampar
a deficiência de Alessandro.
A postura que teve Cássio ao assumir uma posição tão
pesada nos últimos anos corintianos. Substituiu Júlio César e foi muito bem. E
todos os outros que fizeram parte da caminhada estão de parabéns por escrever
essa história. Deram fim a uma agonia.
O jogo foi amarrado no primeiro tempo como se
previa. Em um jogo tão equilibrado só o erro e a genialidade poderiam fazer a
diferença. E foi assim. Em um lance de bola parada um passe de calcanhar (O
Doutor agradece lá do céu) de Danilo e o gol do invocado Emerson Sheik.
Depois com Schiavi entregando a paçoca na frente de
Emerson que acelerou e colocou seu nome na história. Sheik saiu da da Bombonera
dizendo que não tinha medo de ninguém, mostrou que é encardido e que por isso
coleciona títulos.
O mundo corintiano mudou a partir desse quatro de
julho.
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