quinta-feira, 5 de julho de 2012

4 de julho: O Independence day corintiano

O momento mais esperado entre os corintianos. Campeões. Foto: Reuters

Jogos que vi em 2012 – Libertadores – Final – Corinthians 2 x 0 Boca Juniors #84

O tão esperado dia chegou. Não chegou por acaso, foi construído. O 4 de julho passou a ser o dia da Independência, da Libertação de uma nação. A nação corintiana está de alma lavada e usando as palavras do regente Tite: com merecimento.

Uma equipe calejada por sofrer tanto com um título que não vinha, que seus rivais possuíam e usavam como arma. A construção do título inédito teve início no momento mais vergonhoso (dentro de campo) dos últimos anos. Um Tite separava o “Tolima” da glória.

Importante é ressaltar que depois da queda na pré-Libertadores do ano passado, a diretoria corintiana manteve o treinador que montou um time campeão. Sem estrelas, mas com ótimos jogadores e um jogo coletivo sólido e objetivo.

Soube administrar o grupo como pouco já se viu no futebol e comemorou no fim. O trabalho de Tite à frente do Corinthians é irretocável e os jogadores que acreditaram na proposta do gaúcho da fala mansa e idioma próprio ganharam a recompensa.

Mas essa relação é uma mão de via muito dupla. Sem o trabalho e dedicação dos atletas nada disso poderia estar sendo escrito. Se não há aquele craque no elenco, o grupo está repleto de jogadores decisivos.

É uma Libertadores do Ralf, do Danilo, do Paulinho, do Sheik e até do jovem Romarinho. E como explicar jogadores contestados como Alessandro, Fábio Santos e até Chicão e o sem grife Castán formarem uma defesa tão sólida? Jorge Henrique deixou a vaidade de fazer mais gols para ajudar a tampar a deficiência de Alessandro.

A postura que teve Cássio ao assumir uma posição tão pesada nos últimos anos corintianos. Substituiu Júlio César e foi muito bem. E todos os outros que fizeram parte da caminhada estão de parabéns por escrever essa história. Deram fim a uma agonia.

O jogo foi amarrado no primeiro tempo como se previa. Em um jogo tão equilibrado só o erro e a genialidade poderiam fazer a diferença. E foi assim. Em um lance de bola parada um passe de calcanhar (O Doutor agradece lá do céu) de Danilo e o gol do invocado Emerson Sheik.

Depois com Schiavi entregando a paçoca na frente de Emerson que acelerou e colocou seu nome na história. Sheik saiu da da Bombonera dizendo que não tinha medo de ninguém, mostrou que é encardido e que por isso coleciona títulos.

O mundo corintiano mudou a partir desse quatro de julho.

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