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| Pouco público e muitos gols na estreia do Vila Nova no Brasileiro da Série C |
Jogos que vi em 2012 – Série C – Grupo B – 1ª rodada – Vila Nova 4 x 1 Oeste de
Itápolis #81
O Vila Nova é o clube mais passional da cidade. É
aquele que mais sente uma derrota e que mais comemora uma vitória, os mais
maldosos dizem que é porque nos últimos anos está desacostumado a elas.
O fato
é que estrear com goleada após um período de incertezas fez bem ao Vila. O time
não teve uma atuação de gala, mas se mostrou eficiente no contra-ataque e saiu
do Serra Dourada com um belo resultado.
Após dois meses sem jogar, o time comandado por
Robélio Schneiger, o Cavalinho, precisava de um teste. Muitas incertezas
pairavam sobre o OBA e só um jogo valendo três pontos traria um pouco de calma
ao clube.
É claro que é muito cedo para uma análise concreta,
mas o time apontou defeitos e virtudes. O primeiro gol saiu de uma jogada um
pouco mais elaborada. A bola rodou de uma ponta para a outra até chegar na
direita com o bom Evandro mandando na gaveta.
Três minutos depois veio o contraponto. Bobeada da
defesa e o atacante do Oeste, Tiago Chulapa, teve liberdade para bater de bico
uma bola defensável que Júlio César não conseguiu pegar.
Para surpresa de muitos, o Vila Nova jogou no
esquema 3-6-1 durante grande parte do jogo alternando com o 3-5-2 funcionava
mais ou menos assim:
César Gaúcho era o zagueiro pela direita, Toninho
central e Rafael Vaz pela esquerda. Luís Marques e Ricardinho faziam a proteção
na frente da área enquanto Evandro tomava conta do corredor pela direita e
Marion pela esquerda. Preto e Rafael Carioca armavam e aproximavam de Pedro
Júnior. A variação consistia na troca de Marion com Rafael Carioca. Quando o
meia caía para a lateral, Marion podia ser mais agudo e jogar com Pedro Júnior.
No primeiro tempo isso funcionou pouco, até porque
Marion não vivia um bom momento e Ricardinho estava mal também. O jogador mais
lúcido no ataque era Pedro Júnior, mas não tinha muita ajuda dos meias. Preto
estava estático. A torcida pegava no pé de Marion porque o jogador errou um gol
cara a cara antes do Tigrão sofrer o empate.
No segundo tempo o time melhorou. Apesar de ainda
não conseguir mostrar jogadas envolventes, o Vila deslanchou e chegou à
vitória. Evandro cruzou, Marion tentou e Pedro Júnior conferiu. O time passou a
ficar tranquilo e esperar os contra ataques.
Um deles originou o terceiro gol. Saída em
velocidade de Marion, enfiada para Pedro Júnior que driblou os adversários
antes de bater na saída do goleiro. Golaço. Com a fatura liquidada, o Vila Nova
teve tempo para assinar com caneta dourada a história da estreia.
Ricardinho foi vaiado durante alguns momentos do
jogo e deu a resposta com estilo. Recebeu a bola no meio-campo, avançou com ela
dominada e viu o goleiro adiantado. Mandou por cobertura com muita categoria e
fechou o marcador.
A estreia com vitória e de goleada era tudo o que o
Vila Nova precisava para encarar a Série C de cabeça erguida. Resta aos
dirigentes não deixarem a peteca cair, ou seja, o dinheiro acabar. E pode
baixar o preço dos ingressos que a equação ficará mais razoável e rentável para
o Tigrão.
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