Festa para o gol de Marino, 1º da vitória. Foto: Carlos Costa/Futura Press |
Jogos que vi em 2012 – Série A – 12ª rodada – Atlético-GO 4 x
3 São Paulo #95
Os ingressos para ver Atlético-GO x São Paulo
estavam com o preço um pouco salgado, mas quem foi ao Serra Dourada não pôde se
queixar do que viu, sobretudo a parte atleticana. O pequeno público, 6.236 pagantes, viu um jogo de sete gols com muita emoção.
O Atlético-GO venceu
por 4 a 3 em uma partida totalmente atípica e que dá sobrevida ao clube goiano
e reforça o alerta no tricolor paulista. Na coletiva de terça-feira, Jairo
Araújo disse que a equipe iria marcar muito e tentar aproveitar as chances.
Dito e feito, pelo menos no primeiro tempo.
Jairo surpreendeu
logo na escalação. O treinador testou uma equipe bem mais defensiva no último
treino antes da partida e mandou a campo um time, digamos, mais solto. Na
prática foi um 4-3-1-2, com o meio-campo formando um losango. Marino era o mais
recuado, Joílson pela direita e Ernandes pela esquerda, Wesley era o meia que
acelerava o jogo. Ricardo Bueno flutuava e Patric jogava mais enfiado.
Esse foi o posicionamento
aliado com uma postura combativa praticada pelos dez jogadores de linha. O São
Paulo veio no 3-5-2 com Douglas e Cortez nas alas e atacando muito. Willian
José era a referência com o bom Ademílson caindo pelas beiradas, Jádson era
responsável pela criação, mas pecava no último passe. O trio defensivo com
Tolói, Edson Silva e Rhodolfo protagonizou um péssimo primeiro tempo.
O São Paulo até que
começou melhor, mas o Dragão foi praticamente infalível quando teve chance. A
primeira foi com Patric, mas o atacante foi pressionado pela marcação e perdeu
boa oportunidade. Único erro de finalização no primeiro tempo.
O primeiro gol saiu
em ótima cobrança de falta de Marcos e cabeceio desajeitado de Marino com
colaboração do sistema defensivo tricolor. O segundo saiu de um pênalti mal
marcado, Eron mergulhou na área e o árbitro Emerson de Almeida Ferreira viu
falta. Márcio bateu no meio e fez o segundo.
O gol deu moral para o Dragão que
seguiu com a mesma estratégia e após a bola sair da esquerda, passar por Bueno
no meio e parar em Marcos na direita, o garçom do jogo fez cruzamento perfeito
para Patric engolir a defesa são-paulina.
O terceiro relaxou o Atlético-GO
que observou Ademílson diminuir a diferença. Não deu tempo da equipe sentir o
golpe. A rapidez de Wesley na cobrança de falta pegou a defesa do São Paulo
desarrumada e o próprio Wesley entrou na área para fazer o quarto gol.
Enredo perfeito para os
atleticanos, certo? Não foi bem assim. Ney Franco arrumou o time sacando Edson
Silva para a entrada de Casemiro e de Rodrigo Caio no lugar do inerte Douglas.
A equipe se rearranjou em um 4-4-2 e tomou as rédeas do jogo. Diminuiu rápido
com um gol de pênalti, cometido por Eron e cobrado por Jádson e chegou ao
terceiro em um golaço de Tolói.
O empate parecia próximo. Mas o
Atlético-GO conseguiu suportar ao ímpeto tricolor. Ney Franco ainda tirou
Rafael Tolói para colocar Rafinha terminando o jogo com apenas um zagueiro,
Rhodolfo, dos três que iniciaram.
Jairo teve que tirar o Marino e
colocou Dodó que segurou bem, colocou Diogo Campos no lugar de Patric. O prata
da casa fez o trabalho de recompor mais o meio-campo e marcou com sangue cheio.
Gustavo ainda entrou no finalzinho para reforçar ainda mais a defesa. O juiz
apitou o fim do jogo e o alívio atleticano foi duplo.
A vitória veio em boa hora e dá uma
sobrevida ao Dragão. Equipe precisa ganhar mais pelo menos doze jogos em 26,
pode ser. Precisa mostrar o espírito de luta desse primeiro tempo e junto disso
o aproveitamento nas finalizações.
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