quinta-feira, 26 de julho de 2012

Futebol olímpico estreia "mais ou menos"


Jogadores cumprimentam torcida em Cardiff. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra



Jogos que vi em 2012 – Londres 2012 – 1ª rodada – Grupo C - Brasil 3 x 2 Egito #96

A estreia da Seleção Brasileira em Londres esteve muito perto de ser diferente de estreias brasileiras. A segurança demonstrada no primeiro tempo contrastou com a apatia da segunda etapa e deixou algumas lições para os comandados de Mano Menezes. O placar de 3 a 2 traduziu bem o que foi a partida. Foi ruim, mas foi bom.

A parte boa foi pelo resultado e pela lição que fica sobre o miolo de zaga com Juan, o individualismo exacerbado de Neymar e a falta de competitividade em geral da equipe no segundo tempo. Se fosse um jogo eliminatório o caldo poderia azedar.

Mano Menezes mudou a forma tática da seleção jogar. Saiu do habitual 4-2-3-1 que vinha apresentando, apesar das variações no posicionamento de alguns jogadores, e encaixou um 4-4-2 atacava no 4-2-2-2 com Hulk e Oscar na armação e defendia com duas linhas de quatro jogadores com Oscar e Hulk compondo a linha com Sandro e Rômulo.

O Egito começou marcando no campo de ataque e dificultou um pouco as ações brasileiras. A dificuldade foi quebrada quando Oscar começou a cair mais por dentro e olhar as opções de forma mais ampla. No primeiro gol caiu pela direita e enfiou para Hulk, Rafael interceptou com inteligência e bateu para abrir o placar, contando com o leve desvio na defesa.

O segundo saiu com Oscar novamente que correu mais que a defesa e rolou para Damião. O último gol brasileiro saiu de uma boa e rara jogada de Neymar que iniciou pelo meio, enfiou para Hulk e completou de cabeça. Tudo no primeiro tempo. Um massacre anunciado, certo? Não foi bem assim.

A equipe brasileira foi letárgica no segundo tempo. Mole. O Egito diminuiu após cruzamento na área que Aboutrika descontou. O gol não serviu de alerta para o Brasil que seguiu mal na partida. O segundo gol egípcio nasceu de uma falha grotesca do zagueiro Juan e Salah aproveitou para fazer um gol merecido, do melhor jogador da segunda etapa.

Ganso entrou mal, Pato teve poucas chances e Danilo não teve tempo para apresentar alguma diferença em campo. A vitória serviu para os três pontos e para quebrar o gelo da estreia, mas Mano Menezes precisará corrigir a postura dos jogadores que poderiam ter goleado e feito história.

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