Espanhóis comemoram primeiro bicampeonato da Euro. Foto: Getty Images |
Jogos que vi em 2012 – Eurocopa – Final – Espanha 4 x 0 Itália
#82
A redenção da melhor seleção de futebol da
atualidade. A vitória da Espanha sobre a Itália na final da Eurocopa 2012 foi
emblemática. A atual campeã do
mundo e bi da Europa foi chamada
de chata durante a competição. Chata porque domina e ganha tudo. Chata para
quem se torna impotente diante a tal força.
Os espanhóis começaram com um empate com a própria
Itália e goleou a fraca Irlanda. Fora disso, teve dificuldades com a Croácia e
passou por Portugal nos pênaltis, além de fazer uma partida sem graça com a
França nas quartas.
Durante a competição o estilo de jogo da Fúria foi
questionado, muitos taxaram de chato, a torcida vaiava o refinadíssimo toque de
bola dos comandados de Del Bosque, queriam um time mais agressivo.
De fato a Espanha, por vezes, tornava suas partidas
meio sonolentas. Sempre teve a bola consigo, embora em volume menor nessa Euro.
Faltava a contundência, a vontade de fazer gols. Após a noite em Kiev ficou
explicado: deixaram para a final.
A Espanha teve a sua melhor exibição justamente na
decisão. Os jogadores pareciam incomodados com as críticas e resolveram mostrar
tudo o que podiam fazer. Partidaça de gala. A Itália acabou pagando o pato.
Talvez não merecesse perder de tanto, mas as circunstâncias do jogo levaram ao
sacode.
A grande vitória passou pelos pés de Xavi. O jogador
mais cerebral em atividade no planeta enfim apareceu no torneio e deu um show
participando dos quatro gols. Iniesta jogou muito bem novamente, Fábregas,
David Silva, Jordi Alba estiveram acima da média. O time todo foi bem.
A Itália até que começou muito bem, marcando,
alternando a posse de bola. Porém, a jogada pela direita com Fábregas cruzando
para David Silva marcar de cabeça, aos 14 minutos. Aos 41 minutos, do lado
esquerdo, Xavi deu belo passe para a revelação Jordi Alba bater na saída de
Buffon.
Pirlo não pôde fazer a diferença desta vez, ele
batia em campo com Xavi. Prandelli perdeu Chielini machucado e colocou
Balzaretti. Melhorou o lado esquedo. Colocou Di Natale no lugar de Cassano no
segundo tempo e melhorou o setor. Colocou Thiago Motta no lugar de Montolivo e
levou a goleada.
Não que o ítalo-brasileiro fosse um fiasco, na
verdade ele nem foi nada. Saiu com uma lesão muscular e deixou a Azurra com um
jogador a menos durante boa parte do segundo tempo. A Espanha teve paciência
para se aproveitar da vantagem numérica e da apatia italiana que desistiu do
jogo.
Torres entrou, guardou o dele e se tornou o primeiro
jogador a marcar em duas finais de Euro seguidas. Além disso, o contestado
atacante do Chelsea terminou como artilheiro da competição com três gols ao
lado de Mario Gómez (Alemanha), Mandzukic (Croácia), Balotelli (Itália),
Cristiano Ronaldo (Portugal) e Dzagoev (Rússia).
Mata “matou” o jogo e decretou a maior goleada da
história das finais da Eurocopa. O time que não gostava de fazer gols terminou
a competição como melhor ataque. (imagina se gostasse).
Casillas emendou uma sequência de cinco jogos sem
sofrer gols, sofreu apenas um na estreia contra os italianos, sendo o menos
vazado da competição. Chegou em sua centésima vitória pela Fúria coisa que
ninguém conseguiu em uma seleção.
A Espanha segue colecionando títulos, quebrando
recordes e destruindo os adversários “mesmo sem gostar de fazer gols”. Desde
já, é a grande favorita em 2013 e 14 no Brasil.
Chatíssimo!
Em tempo: A Itália saiu de um fiasco em 2010 e
graças ao bom trabalho de Cesare Prandelli conseguiu montar uma nova cara para
a Seleção. Se o trabalho continuar sendo bem conduzido, chegará mais incorpada
ao Brasil.
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