sábado, 21 de julho de 2012

Teste final não empolga e nem preocupa


Seleção Brasileira pronta para a estreia em Londres-12. Foto: Mowa Press



Jogos que vi em 2012 – Amistoso Olímpico – Grã-Bretanha 0 x 2 Brasil #92

O útimo teste na preparação da Seleção Brasileira Olímpica antes da estreia, mostrou que o time vai jogar um futebol de resultado. Vai priorizar isso. Talvez pela possível corda no pescoço de Mano Menezes ou, quem sabe, pela pressão histórica pelo ouro inédito.

Não foi exibição de gala, mas foi uma atuação segura contra uma Grã-Bretanha totalmente sem graça. O fato de ser um selecionado forçado transforma o time britânico em uma equipe sem muita alma, apesar da presença do lendário Ryan Giggs.

O Brasil voltou a jogar no 4-2-3-1 com a linha de três diferente do habitual. Assim como em muitos momentos da última excursão canarinha, principalmente contra a Argentina , Neymar saiu da esquerda, Hulk da direita e Neymar voltou a cair mais pela direita. Porém esse posicionamento não era rígido, havia liberdade para que eles trocassem e assim dificultasse a marcação.

Os dois volantes, Sandro e Rômulo, se adiantavam para empurrar os meias e assim fazer com que a marcação fosse pressão, embora mostrou qualidade quando o Brasil esperou para marcar na própria intermediária.

Neymar por dentro foi menos brilhante do que se esperava, Oscar também não foi tão bem quanto na última excursão e Hulk foi o mais ativo da Seleção. Damião teve poucas chances, mas se movimentou na frente para tentar abrir espaços. Os laterais subiam alternadamente, com Marcelo mais presente na frente. Thiago Silva foi o dono da zaga e Juan o mais fraco dos onze. Rafael Cabral foi bem quando solicitado.

O Brasil fez os dois gols em jogadas de bola parada. O primeiro saiu de uma cobrança perfeita de Neymar para Sandro que correu por trás da defesa, contemplativa, britânica e testou no contrapé do goleiro. Gol de treino.

O segundo gol saiu de cobrança de pênalti. Hulk fez jogada individual de força e foi derrubado. Neymar converteu. A joia brasileira foi menos decisivo do que se espera dele, não jogou bem, mas fez um gol e deu passe para outro. Mergulhou também, fato que irritou a torcida local.

No segundo tempo Mano fez várias alterações depois dos 20 minutos. Destaque para o quarteto ofensivo que foi formado. Ganso jogou com um meia mais recuado e com menos movimento com relação à formação do primeiro tempo. Lucas aberto pela direita e Neymar pela esquerda, Pato no comando. Ficou notório que o time ganhou em qualidade técnica e improviso, mas perdeu em jogo coletivo. Mesmo assim obrigou a Butland, goleiro reserva que entrou no decorrer da partida, a fazer grandes defesas e, se Pearce for sensato, tomou a titularidade.

Outro destaque foi a entrada de Danilo na partida como volante. Jogou bem melhor do que quando foi aproveitado na lateral direita. Foi uma exibição segura do time de Mano Menezes, mas nada que empolgasse. A equipe tem os jogos contra Egito, Belarus e Nova Zelândia para encontrar essa empolgação e brigar pelo ouro. A competitividade já existe.

Em tempo: O selecionado britânico não teve tempo para se formar como equipe, talvez não se forme. A equipe joga em um 4-1-4-1 e tem em Giggs e Bellamy suas grandes armas. A defesa é fraquinha principalmente Tomkins. Micah Richards tenta dar mais solidez, mas não conseguiu. Ramsey entrou no segundo tempo e mostrou que pode ser titular. Vai brigar com Senegal pela outra vaga no grupo em que o Uruguai é favorito e os Emirados Árabes Unidos candidatos a saco de pancadas.

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