Hélio teme que os adversários percam o respeito com o Dragão. Foto:ACG |
O projeto para o Atlético mudar de cara da temporada
para a atual já naufragou. Em 2011, o time tinha consistência defensiva e saía
rápido para o contra-ataque. Com a fórmula de sucesso e com confiança, o Dragão
passou a controlar mais a posse de bola a ponto de ser chamado de Barceloninha
pelo Galvão Bueno.
Apesar de uma depressão no fim da Série A, o time
conseguiu manter a curva de crescimento em ascendência e papou a sua primeira
classificação para a Sul-Americana. Mas o sucesso teve um preço muito alto: a
debandada.
Quatro jogadores muito importantes para o time saíram
e fazem falta. Na zaga, Anderson foi para o Fluminense e assumiu logo de cara a
condição de titular. Thiago Feltri foi para o Vasco da Gama e também é titular
na maioria dos jogos, tanto que o clube desistiu de contratar um jogador de
mais renomado para a posição.
Vítor Júnior “saiu” do time com a bola rolando ainda
com a cabeça no Corinthians onde não teve espaço e foi parar no Botafogo onde
faz um campenato interessante. A ausência mais sentida, no entanto, é a de
Anselmo. O atacante que pensava, definia, jogava e fazia jogar pediu alto para
ficar e teve que sair.
A diretoria agiu e trabalhou nomes interessantes.
Fechou com William e Elias. Os dois eram as principais esperanças do time para
a temporada, embora a diretoria e Hélio dos Anjos soubessem que a forma de
jogar teria que mudar. Essa transição foi tão problemática que chegou à
desistência.
Nos últimos dias o goleiro Márcio declarou que o
time do Atlético não conseguiu formar uma identidade quanto equipe de futebol.
Hélio dos Anjos chancelou a declaração e diz que espera dar uma nova cara ao
time, mas não a pensada no início da temporada.
O Atlético de hoje consegue ter a posse de bola, mas
não sabe o que fazer com ela. É um time pouco agressivo, que marca menos e que
finaliza menos. Hélio falou em “ter raiva”, jogar mais “dolorido”, mais
profundidade e etc. É isso que pretende com a chegada de Vanderlei e talvez até
do Patric.
Mas uma declaração do treinador rubro-negro que tem
0% de aproveitamento desde que voltou ao clube chamou mais atenção. Para Hélio
o time do Atlético está perdendo o respeito que tinha conquistado.
Em 2010 ninguém sabia quem era o Atlético a não ser
pela campanha na Copa do Brasil, que desculpe a comparação, mas o XV de
Novembro de Campo Bom já conseguiu. O time conseguiu a permanência e em 2011
ratificou. As grandes vitórias contra São Paulo, Flamengo, Palmeiras, Corinthians,
Botafogo fizeram com que o Dragão fosse mais respeitado, apesar de ser apontado
sempre como um dos postulantes ao rebaixamento, o que é natural para um clube
com pouca tradição neste tipo de competição.
O Atlético superou a falta de tradição com um bom
futebol e boa organização administrativa. Essas duas coisas estão faltando
dentro do clube em 2012. Se o time não conseguir as primeiras vitórias, pode
sim perder o respeito e todos os adversários jogarem sem medo e contando com os
três pontos.
O Atlético precisa de reação imediata.
Isso aí rapaz, além da falta de respeito dos times pelo Atlético, agora os dirigentes do Atlético não tem respeito pela própria torcida, trazendo Patric para o Atlético. Isso sim é uma grande falta de respeito.
ResponderExcluirRoberto Toledo