Festa dinamarquesa pelo gol da vitória em Carcóvia (Ucrânia). Foto Reuters |
Jogos que vi em
2012 – Eurocopa – Grupo B – 1ª rodada Holanda
0 x 1 Dinamarca #61
O grupo B, o da morte na Eurocopa, começou mais mortal do que se
imaginava. A zebra Dinamarca chegou como menor força dentro da chave e
surpreendeu a favorita Holanda logo na estreia. O time de Morten Olsen foi
eficiente em sua estratégia e contou com a falta de pontaria dos seus
atacantes.
Antes da bola rolar o favoritismo vestia laranja. O técnico Martin van
Marwijk escalou força máxima e tinha um belo banco. Mandou sua equipe no
4-2-3-1 tradicional, com Van Persie no comando do ataque, Robben aberto pela
direita, Sneijder na criação e Afellay pela esquerda. Esse quarteto era
resguardado por De Jong e Van Bommel.
A Dinamarca trabalhou com um sistema idêntico, porém com uma vocação mais
defensiva, que priorizava a marcação e a saída rápida, sobretudo pela esquerda.
Morten Olsen colocou Bendtner como parede lá na frente, o experiente Rommedahl
pela direita, o jovem Eriksen na criação e Kron-Dehli aberto pela esquerda.
Todos eles voltavam para marcar e ajudavam na composição da segunda linha de
marcação.
Lado esquerdo dinamarquês foi fundamental. Arte: Soccerway |
A Holanda começou a partida se impondo. Com um futebol vistoso, o time
holandês apresentava uma troca constante de posições dos jogadores da linha de
três, com Robben invertendo com Afellay ou com Sneijder e vice-versa. Outro que
participava dessa movimentação intensa era Van Persie que saía muito da área
para dar opção de jogo.
A Dinamarca não conseguia propor jogo e ainda dava espaços, a sorte dos
escandinavos era a falta de pontaria dos holandeses. Pontaria que não faltou
para Kron-Dehli. O dinamarquês aproveitou a boa descida do lateral-esquerdo
Simon Poulsen e ficou com a bola na tentativa de cruzamento. Com espaço,
Kron-Dehli driblou dois defensores com facilidade e bateu forte, rasteiro,
entre as pernas de Stekelenburg.
O gol premiou os finalizadores dinamarqueses. Em todo o jogo foram oito
chutes, todos eles no alvo, um foi parar nas redes. A Holanda também conseguiu
acertar oito bolas no alvo, mas tentou 28 vezes.
O time holandês era superior tecnicamente, mas estava em uma tarde
infeliz. Em uma grande chance, após bobeada do goleiro Andersen, Robben ficou
de frente para o gol e optou por finalizar em vez de passar para Van Persie
livre na esquerda. O tiro do atacante do Bayern parou na trave.
O ataque holandês chegou muito credenciado para esta Euro, tanto na
figura de Van Persie com 46 gols na temporada e Huntelaar, que anotou incríveis
61 gols. Mas essa soma centenária de nada adiantou. Nem mesmo a tarde inspirada
de Sneijder.
O treinador holandês fez três mudanças deixando a equipe utra-ofensiva.
Colocou Huntelaar no lugar de Afellay e Van der Vaart no lugar de De Jong.
Ainda sacou o lateral-direito Van der Wiel para colocar em campo Dirk Kuyt.
Sneijder abriu pela esquerda, Van der Vaart pegou a armação, Robben dobrando
com Kuyt e Huntelaar enfiado com Van Persie. Tudo interessante, mas não
adiantou em nada. O grupo da morte está mais mortal.
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