quinta-feira, 28 de junho de 2012

Timão sai na frente com Romarinho


Romarinho bate no peito e mostra estrela em final. Foto: Reuters



Jogos que vi em 2012 – Libertadores – Final  – Boca Juniors 1 x 1 Corinthians #79

O título está maduro. Apesar da definição ficar para a próxima quarta-feira, o Corinthians tomou das mãos do Corinthians a condição de favorito e decidirá a sonhada Libertadores em “seu” Pacaembu. O time organizado pelo ótimo Tite suportou a Bombonera de um Boca Juniors menos inspirado que outrora, mas com uma camisa de chumbo. Brilhou a estrela de Tite e de Romarinho que pode ficar eternizado nos lados de Parque São Jorge. É esperar para ver.

Credenciados com estilos de jogos parecidos e voltados para a consistência defensiva, Boca e Corinthians fizeram um primeiro tempo de muita paciência e tensão. O erro não era permitido e isso deixou o jogo duro. Tite mandou o Corinthians com Emerson aberto na esquerda, Jorge Henrique na direita, Alex e Danilo por dentro se revezando na projeção. Atrás, Paulinho e Ralf vigiando Riquelme, Erviti e Ledesma batendo com Alessandro e Fábio Santos. Mouche mais solto e Santiago Silva à espreita.

Muitos passes errados, muita marcação, muita ligação direta e poucas chances reais de gol. A rigor, uma para cada lado. Paulinho de fora da área para o time brasileiro e Santiago Silva de bicicleta para os xeneizes. Mas o Corinthians teve um problema, perdeu Jorge Henrique lesionado.

É nesse momento que vemos o quanto o futebol é sensacional. O primeiro a aparecer se aquecendo para tomar a vaga do colega contundido foi justamente Romarinho. Analisando as características dos dois seria o mais sensato a se fazer. Foi aí que Tite apareceu bem. Colocou Liédson, que apesar de todas as limitações físicas visíveis, entrou em campo e lutou entre os zagueiros. Alex fechou pela direita e foi perigoso.

Na segunda etapa as coisas melhoraram para o Boca que dominou na posse de bola e territorialmente os dez primeiros minutos. O Corinthians estava acuado e não conseguia segurar a bola. A posse dela deve ter beirado uns 85% com os xeneizes nesse período. Mas o gol mesmo foi sair apenas com 28 minutos. Após cobrança de escanteio e dividida na primeira bola, Santiago Silva cabeceou  para a defesa (com a mão) de Chicão em cima da linha. Caprichosamente ela tocou a trave e Roncaglia estufou as redes no rebote.

O gol deu segurança ao Boca que passou a instigar o Corinthians em busca de uma brecha para matar a partida e quiçá a fatura. Tite resolveu mexer tirando o apagado Danilo para a entrada do estrelado Romarinho. O garoto vindo do Bragantino e que estreara com dois gols na vitória de virada contra o maior rival, o Palmeiras, era o predestinado.

Paulinho recuperou uma bola no meio-campo e passou para Emerson que usou a sorte para dar um passe para Romarinho que com toda a irresponsabilidade e técnica do mundo deu uma cavadinha e deixou o Timão mais perto de tornar seu sonho uma realidade.

O corintiano ainda tomou um susto com o cabeceio fulminante de Viatri que bateu na trave com violência, força que impediu que Cvitanich conseguisse aproveitar o rebote e dar a vitória aos argentinos. Se o Boca, por tudo, tinha 51% de favortismo pelo título, essa condição passou ao Corinthians após o empate heroico.

Apesar do resultado bom conseguido pelo Timão, a atuação não foi tão boa. O time apresentou pouca coisa ofensivamente falando e jogou por uma bola. Perigoso. O Boca Juniors não apresentou muita coisa também, mas Riquelme mostrou que não teme nenhum pouco jogos desse tamanho. De Mouche e Santiago Silva não se pode dizer o mesmo. Final imprevisível.

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