Danilo decisivo para o Timão de novo. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra |
Jogos que vi em
2012 – Libertadores – Semifinal – Corinthians 1 x 1 Santos #72
Está feito. O Corinthians ao modo do técnico Tite, sem empolgar, mas com
uma disciplina tática e uma garra na marcação impressionante, eliminou o atual
campeão Santos e fará a decisão da Libertadores pela primeira vez na história.
Com méritos.
Tite montou o Corinthians para Libertadores baseado na solidez defensiva,
sofreu apenas três gols em 12 jogos, defesa que começa com Emerson e Jorge Henrique
lá na frente, auxiliada por Alex e o “lento” Danilo, além da afinada dupla de
volantes. A linha com os contestados Alessandro e Fábio Santos e os zagueiros
Chicão e Leandro Castán. No gol, Cássio substituiu Júlio César e deu segurança.
Como se pode ver, o Corinthians não conta com uma grande estrela em seu
time, quem brilha é o coletivo e o treinador. Tite tem todos os méritos em
conseguir que um time seja tão aplicado taticamente e que encarnasse de forma
tão sóbria o tal do espírito da Libertadores.
O Santos nas duas partidas se mostrou uma equipe sem tanta inspiração e
seus craques, Ganso e Neymar, pouco puderam fazer contra a forte marcação
imposta pelos corintianos. Se esperava mais dos dois, é preocupante, mas isso
é papo para outra hora.
No jogo do Pacaembu o Corinthians não sabia direito como se comportar
diante a vantagem, estava com dúvida. Atuou recuado, não exercia a marcação
pressão no ataque. O Santos tinha a bola, mas não tinha espaço. Neymar entrava
mais por dentro do que o habitual, saiu da esquerda e ficava mais solto.Com Neymar entrando por dentro, Ganso atuou um pouco mais recuado para melhorar a saída de bola.
As melhores chances do Santos aconteciam quando o time ia para a direita
com Alan Kardec e o gol saiu por ali quando Neymar caiu por lá. Mas foi pouco
para o jogador em que o brasileiro deposita toda a confiança. O Corinthians era
perigoso e teve chances com Alex e Jorge Henrique.
No segundo tempo, Tite voltou com Liédson no lugar de Willian, mas não
deu tempo para a substituição surtir efeito no quadro tático. Danilo aproveitou
cruzamento em cobrança de falta e com liberdade fez o da classificação.
O Santos precisava marcar um gol e o Corinthians teve que exercer o que
mais sabe, marcar e defender. Foi competente e está na final da Libertadores
pela primeira vez. O Corinthians de Tite está mostrando que no futebol não se precisa de um craque, mas sim de um coletivo forte.
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