quinta-feira, 21 de junho de 2012

O sonho está mais próximo


Danilo decisivo para o Timão de novo. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra


Jogos que vi em 2012 – Libertadores – Semifinal – Corinthians 1 x 1 Santos #72

Está feito. O Corinthians ao modo do técnico Tite, sem empolgar, mas com uma disciplina tática e uma garra na marcação impressionante, eliminou o atual campeão Santos e fará a decisão da Libertadores pela primeira vez na história. Com méritos.

Tite montou o Corinthians para Libertadores baseado na solidez defensiva, sofreu apenas três gols em 12 jogos, defesa que começa com Emerson e Jorge Henrique lá na frente, auxiliada por Alex e o “lento” Danilo, além da afinada dupla de volantes. A linha com os contestados Alessandro e Fábio Santos e os zagueiros Chicão e Leandro Castán. No gol, Cássio substituiu Júlio César e deu segurança.

Como se pode ver, o Corinthians não conta com uma grande estrela em seu time, quem brilha é o coletivo e o treinador. Tite tem todos os méritos em conseguir que um time seja tão aplicado taticamente e que encarnasse de forma tão sóbria o tal do espírito da Libertadores.

O Santos nas duas partidas se mostrou uma equipe sem tanta inspiração e seus craques, Ganso e Neymar, pouco puderam fazer contra a forte marcação imposta pelos corintianos. Se esperava mais dos dois, é preocupante, mas isso é papo para outra hora.

No jogo do Pacaembu o Corinthians não sabia direito como se comportar diante a vantagem, estava com dúvida. Atuou recuado, não exercia a marcação pressão no ataque. O Santos tinha a bola, mas não tinha espaço. Neymar entrava mais por dentro do que o habitual, saiu da esquerda e ficava mais solto.Com Neymar entrando por dentro, Ganso atuou um pouco mais recuado para melhorar a saída de bola.

As melhores chances do Santos aconteciam quando o time ia para a direita com Alan Kardec e o gol saiu por ali quando Neymar caiu por lá. Mas foi pouco para o jogador em que o brasileiro deposita toda a confiança. O Corinthians era perigoso e teve chances com Alex e Jorge Henrique.

No segundo tempo, Tite voltou com Liédson no lugar de Willian, mas não deu tempo para a substituição surtir efeito no quadro tático. Danilo aproveitou cruzamento em cobrança de falta e com liberdade fez o da classificação.

O Santos precisava marcar um gol e o Corinthians teve que exercer o que mais sabe, marcar e defender. Foi competente e está na final da Libertadores pela primeira vez. O Corinthians de Tite está mostrando que no futebol não se precisa de um craque, mas sim de um coletivo forte.

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