quinta-feira, 14 de junho de 2012

Palmeiras faz o improvável no Olímpico


Barcos marcou o 2º  para o Verdão. Foto:Jefferson Bernardes/Gazeta Press


Jogos que vi em 2012 – Copa do Brasil – Semifinal – Ida - Grêmio 0 x 2 Palmeiras #67

Grêmio e Palmeiras vivem momentos distintos na temporada. O primeiro, apesar do fracasso no Campeonato Estadual, está em uma crescente e luta na ponta de cima da tabela no Brasileirão. O segundo vive em crise e ocupa a 19ª posição na tabela. O jogo era pela Copa do Brasil, competição onde o Grêmio é especialista, jogava em casa com 45 mil vozes empurrando, portanto favoritaço. Mas perdeu por 2 a 0 e viu a sua classificação ficar bastante ameaçada.

Felipão sabia que o jogo seria difícil e armou um time para não perder e tentar a sorte em Barueri. Experiente, o treinador sabia que o jogo seria de choque, de força e por isso recheou sua defesa.

A principal mudança foi a presença de Henrique jogando como um cabeça de área. Com isso a dupla de zaga foi formada por Thiago Heleno e Maurício Ramos e Artur era praticamente um zagueiro pela direita. Juninho tinha mais liberdade pela esquerda, mas pouco criava. Luan ajudava na recomposição, João Vítor idem, Marcos Assunção fazia o cerco. A parte ofensiva se resumia a Daniel Carvalho, muito mal, e Barcos muito bem se matando lá na frente.

O Grêmio de Luxemburgo é um time mais acertado, mas que ainda tem alguns problemas, principalmente as laterais. O miolo de zaga é bom, Werley é combativo e Gilberto Silva muito experiente. O penta mostrou isso no desarme que fez quando Barcos teve uma rara oportunidade.

Mas Pará pela esquerda e Gabriel pela direita são fraquinhos. O Grêmio precisa contratar. No meio, Léo Gago, Souza e Fernando fazem um bom trio, mas Marco Antônio não pode ser o camisa 10, nem Rondinelly, talvez Zé Roberto. O ataque é um setor forte onde Luxa tem várias opções, usou todas elas, mas sem sucesso. Começou com Kléber e Miralles, o primeiro parecia querer acertar contas com o Verde, o segundo era melhor e dava mais trabalho. Depois Marcelo Moreno e André Lima entraram e pouco produziram. O problema do Grêmio não é a finalização.

O time do Grêmio chegou a encurralar o Palmeiras no fim do primeiro tempo com inúmeras jogadas de bola aérea, mas a defesa se safou, mesmo tendo nessa jogada um de seus maiores pesadelos. O time suportou.

No segundo tempo o jogo ficou mais jogado do que brigado. A saída de Artur lesionado deu mais força ofensiva para o lado direito do ataque. Felipão demorou para mudar e colocou Mazinho no lugar do apagado Daniel Carvalho. A estrela do técnico alviverde brilhou. Em uma de suas primeiras jogadas o atacante recebeu de Cicinho dentro da área e finalizou sem chance para Victor, aos 42. O Grêmio sentiu o gol e acabou levando o segundo com Barcos cabeceando cruzamento na medida de Juninho.

A vitória parece ter dado mais ânimo para o Palmeiras, isso não bastará para o tornar campeão da Copa do Brasil ou levá-lo longe no Brasileiro, já que o time é mediano. Mas o deixou muito perto de decidir um título nacional.

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