Bida ganha pelo alto, mas jogada foi ponto fraco. Foto: Cristiano Borges |
Jogos que vi em
2012 – Série A – 6ª rodada – Atlético-GO 1 x 4 Fluminense #76
Era para ser o início de uma virada na rotina atleticana, mas com muitos
erros, o Dragão voltou a decepcionar e adiou a sua reação no Campeonato
Brasileiro da Série A. O pior é que a goleada por 4 a 1 para o Fluminense no
Serra Dourada levou a equipe para a lanterna.
Sem poder contar com Bob e Pituca, Hélio dos Anjos mexeu no meio-campo recuando
Bida e colocando Joílson e Ernandes à frente dos volantes com capacidade para
formar a segunda linha de quatro homens. Com isso Wesley flutuava às costas dos
volantes do Flu e Marcão “fazia” a função de referência no comando de ataque.
Os dez minutos iniciais não revelaram jogadas de muito perigo aos
goleiros, mas evidenciava alguma dificuldade de marcação do Dragão. Joílson
batia com Deco, Bida e Marino estavam confusos quanto a marcação de Wagner que
se movimentava e trocava com o veloz Wellington Nem, o que dificultava o
encaixe.
Apesar disso, o Atlético foi quem abriu o placar. Aos 12 minutos Wesley
fez boa jogada e deu a bola para Ernandes que bateu cruzado da intermediária e acertou
um belo chute no canto esquerdo de Cavalieri. Mas não deu tempo nem do Atlético
comemorar. Seis minutos depois Jean cruzou e achou Wellington Nem no segundo
poste nas costas da zaga e cabeceou para a intervenção de Márcio, no entanto,
ninguém cuidava de Samuel que pegou o rebote para conferir.
A virada nascer de uma falta totalmente desnecessária do zagueiro Gilson
perto da bandeirinha combinada com uma falha grotesca de Márcio e gol de Gum. O
sonho da reação estava escapando entre os dedos.
Hélio voltou para o segundo tempo com Ricardo Bueno, esperança de gols do
treinador e da diretoria, exageradamente eu diria. Em sua primeira chance o
jogador até que chegou em condições de fazer o gol, mas mandou para fora a bola
e para o espaço a musculatura da coxa, teve que sair. Com isso Elias entrou, o
time ficou sem centroavante e não incomodou mais praticamente.
O terceiro do Fluminense nasceu de um escanteio, mais uma vez bola
parada, a defesa deixou o Anderson cabecear e ainda contou com o desvio de
Gilson para marcar contra. Isso aos seis minutos do segundo tempo. Depois
disso, o Flu soube controlar o jogo e era mais perigoso. Nos acréscimos,
Lanzini fez o que quis na ponta esquerda e rolou para Marcos Junior que foi
derrubado dentro da área. Paulo César Oliveira deu pênalti que Deco converteu.
O Atlético mereceu a derrota, falhou demais em jogadas de bola aérea e
olha que treinou bastante durante a semana. O estalo ainda não aconteceu, no ano
passado foi contra o Flamengo, no Rio de Janeiro.
As perspectivas do Atlético para a
temporada são bem piores do que se imaginava, o contexto é mais complicado e o
time não parece ter forças nesse momento. Quatro derrotas consecutivas passam a
colocar em xeque o trabalho de Hélio, acredito que a paciência acaba com mais
três partidas, se os resultados não aparecerem.
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