domingo, 24 de junho de 2012

Amarga rotina do Dragão


Bida ganha pelo alto, mas jogada foi ponto fraco. Foto: Cristiano Borges


Jogos que vi em 2012 – Série A – 6ª rodada – Atlético-GO 1 x 4 Fluminense #76

Era para ser o início de uma virada na rotina atleticana, mas com muitos erros, o Dragão voltou a decepcionar e adiou a sua reação no Campeonato Brasileiro da Série A. O pior é que a goleada por 4 a 1 para o Fluminense no Serra Dourada levou a equipe para a lanterna. 

Sem poder contar com Bob e Pituca, Hélio dos Anjos mexeu no meio-campo recuando Bida e colocando Joílson e Ernandes à frente dos volantes com capacidade para formar a segunda linha de quatro homens. Com isso Wesley flutuava às costas dos volantes do Flu e Marcão “fazia” a função de referência no comando de ataque.

Os dez minutos iniciais não revelaram jogadas de muito perigo aos goleiros, mas evidenciava alguma dificuldade de marcação do Dragão. Joílson batia com Deco, Bida e Marino estavam confusos quanto a marcação de Wagner que se movimentava e trocava com o veloz Wellington Nem, o que dificultava o encaixe.

Apesar disso, o Atlético foi quem abriu o placar. Aos 12 minutos Wesley fez boa jogada e deu a bola para Ernandes que bateu cruzado da intermediária e acertou um belo chute no canto esquerdo de Cavalieri. Mas não deu tempo nem do Atlético comemorar. Seis minutos depois Jean cruzou e achou Wellington Nem no segundo poste nas costas da zaga e cabeceou para a intervenção de Márcio, no entanto, ninguém cuidava de Samuel que pegou o rebote para conferir.

A virada nascer de uma falta totalmente desnecessária do zagueiro Gilson perto da bandeirinha combinada com uma falha grotesca de Márcio e gol de Gum. O sonho da reação estava escapando entre os dedos.

Hélio voltou para o segundo tempo com Ricardo Bueno, esperança de gols do treinador e da diretoria, exageradamente eu diria. Em sua primeira chance o jogador até que chegou em condições de fazer o gol, mas mandou para fora a bola e para o espaço a musculatura da coxa, teve que sair. Com isso Elias entrou, o time ficou sem centroavante e não incomodou mais praticamente.

O terceiro do Fluminense nasceu de um escanteio, mais uma vez bola parada, a defesa deixou o Anderson cabecear e ainda contou com o desvio de Gilson para marcar contra. Isso aos seis minutos do segundo tempo. Depois disso, o Flu soube controlar o jogo e era mais perigoso. Nos acréscimos, Lanzini fez o que quis na ponta esquerda e rolou para Marcos Junior que foi derrubado dentro da área. Paulo César Oliveira deu pênalti que Deco converteu.

O Atlético mereceu a derrota, falhou demais em jogadas de bola aérea e olha que treinou bastante durante a semana. O estalo ainda não aconteceu, no ano passado foi contra o Flamengo, no Rio de Janeiro.

As perspectivas  do Atlético para a temporada são bem piores do que se imaginava, o contexto é mais complicado e o time não parece ter forças nesse momento. Quatro derrotas consecutivas passam a colocar em xeque o trabalho de Hélio, acredito que a paciência acaba com mais três partidas, se os resultados não aparecerem.

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