Neymar com a marcação do implacável mexicano Meza Foto: Mowa Press |
Jogos que vi em 2012 – Amistoso – Brasil 0 x 2 México #56
A derrota da Seleção Brasileira para o México foi o clássico banho de
água fria. Esse atingiu sobretudo aquela turma que adora fazer oba-oba com tão
pouco. Essa “excursão” do time de Mano Menezes no período pré-Londres 2012
começou muito bem com duas vitórias boas sobre Dinamarca e EUA, mas o revés
diante os mexicanos mostrou que a pressa é inimiga da análise bem feita.
O time ainda não está pronto, longe disso, mas mostrou evoluções na forma
de atuar, sobretudo na marcação adiantada, fazendo pressão na saída de bola do
adversário. Beleza! Mas e quando o adversário não erra, ou quando as roubadas
de bola, que seriam armas fundamentais, não aparecem? Foi o que aconteceu no
moderno estádio do Dallas Cowboys.
E sem esse artifício, o Brasil teve que criar as jogadas, abrir o espaço
na defesa mexicana, compacta e sólida. A missão ficou ainda mais difícil quando
o time adversário abriu dois de vantagem. O primeira saiu pelo setor de Danilo.
Giovanni dos Santos fez a jogada individual em cima do ex-santista e na hora de
cruzar encobriu Rafael, uma finalização e um gol do México.
A Seleção tentava criar jogadas, mas abusava das jogadas pela esquerda.
Bem marcado, Neymar pouco resolvia. Oscar começou a ser observado mais de
perto, mesmo assim, entra na conta da joia do Internacional a questão da
variação das jogadas. Ao acionar pouco o lado direito, o Brasil ficou
previsível e mesmo com o talento de Neymar e Marcelo pelo setor, era
infrutífero.
E ficou pior. Após uma bobeira na saída de bola pela esquerda do bom
volante Rômulo, o zagueiro Juan foi infantil e cometeu pênalti. O tiro foi bem
executado por Chicharito Hernandéz e o gol selaria o placar final do jogo ainda
no primeiro tempo.
Na segunda etapa o panorama quase não mudou, até o momento que Mano
processou algumas alterações. Colocou Pato no lugar de Damião e Lucas na vaga
de Sandro, a segunda bastante arrojada. Com essas mudanças Neymar saiu do setor
“R10” do campo. O craque santista passou grande parte do jogo encaixotado na
faixa esquerda do campo, sem mobilidade era presa fácil.
Com a entrada de Lucas, Neymar voltava mais e centralizava um pouco mais.
No prejuízo, o time foi para cima dos mexicanos, mas foram de qualquer maneira.
Neymar tentava as jogadas individuais e pouco jogava coletivamente, Pato não
existiu, Hulk com os chutões, Lucas tímido. As principais esperanças de
proposta de jogo não surtiram efeito e o Brasil sequer diminuiu, os lances mais
perigosos eram frutos de cruzamentos na área.
O jogo contra a Argentina vai dar uma ideia mais concreta das evoluções e
dos pontos fracos que a Seleção Brasileira possui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário