segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dragão mais fortalecido para as decisões



Jogadores comemoram com Márcio primeiro gol do jogo. Foto: Joelton Godoy


Jogos que vi em 2012 – Goianão – Atlético 3 x 0 Rio Verde #30

O técnico Adílson Batista não pôde escalar o time como gostaria para enfrentar o Rio Verde, mas isso não foi nem de perto empecilho para que o Dragão construísse uma vitória sólida no encerramento da fase de classificação do Goiano.

Sem poder contar com muitos jogadores do sistema ofensivo, Adílson abandonou o 4-3-3 e mandou a campo a dupla Marcão e Diogo Campos, porém pouco pôde ver o resultado de sua escalação. Com Diogo lesionado logo no início, Adílson improvisou Felipe Brisola no setor, à rigor o ataque teve apenas Marcão.

Embora o número de jogadores no setor fosse pequeno, a vocação ofensiva do time foi boa e inúmeras chances foram criadas, graças ao momento vivido pelo meia Bida. Para não fugir muito da característica do enredo escrito pelo rubro-negro nesta primeira fase, o time só foi acordar de verdade no segundo tempo.

O Rio Verde veio ao Serra Dourada para marcar e não perder, um jogador em especial tinha uma motivação extra: Ramalho. O volante saiu brigado com o Dragão e queria muito vencer a partida, deu para perceber nitidamente a gana do jogador. Não foi suficiente.

O Atlético dominava as ações, mas não conseguia achar o caminho do gol. Aos 14 minutos do segundo tempo a história parecia que ia mudar. Pênalti sofrido por Bida, Márcio na bola. E deu a lógica, pênalti desperdiçado. Antes que os torcedores rubro-negros me apedrejem, digo que deu a lógica pelo momento do clube na temporada no quesito cobranças de penais, três tentativas e zero por cento de aproveitamento.

Mas o futebol é divertido, e quando Marcão sofreu a falta na entrada da área e Márcio começou a atravessar o campo. Olhei imediatamente para o amigo do O Popular, Sérgio Lessa, que teve a mesma reação. Tava na cara que Márcio guardaria. E o goleiro o fez com toda técnica, apesar de estar sob vaias da torcida e dos pagodes da xaranga atleticana.

A partir daí o Rio Verde desmoronou e o Atlético colocou a bola no chão com leveza e a dupla Bida e Marcão funcionou. Primeiro foi a vez de Marcão dar assistência para Bida que apareceu no meio da área e marcou de primeira. Depois Bida foi lançado em profundidade e não quis fazer o gol, retribuiu a gentileza para Marcão que mesmo sem ângulo deu números finais ao placar.

Sem a chamada força máxima o Atlético venceu, manteve a diferença para o Goiás e chega mais confiante para a semifinal após cinco vitórias seguidas. A classificação diante a Ponte Preta na quarta-feira pode aumentar as chances do Dragão ser o tricampeão goiano.

FICHA TÉCNICA

Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia(GO)

Arbitragem: Eduardo Tomaz (GO)

Assistentes: João Patrício (GO) e Tiago Gomes (GO)

Atlético: Márcio; Joílson, Gilson, Paulo Henrique e Bruninho; Pituca (Dodó), Marino, Fernando Bob e Bida (Diogo França); Marcão e Diogo Campos. TÉC: Adílson Batista

Rio Verde: Wágner Bueno; Kaká (Wilton Goiano), Daniel Gigante, Carlão e Jorge Henrique; Ramalho, Léo Mineiro, Rái e Juninho (Anaílson); Tatá e Juninho. TÉC: Artur Neto

Cartões Amarelos: Joílson, Bruninho (Atlético); Kaká, Ramalho, Rái (Rio Verde)

Gols: Márcio aos 25’, Bida aos 30’ e Marcão aos 33’ do 2ºT (Atlético)

Público Pagante: 2.604

Renda: R$ 44.310,00

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