sexta-feira, 20 de abril de 2012

A queda em Campinas

Atlético leva a pior nos pênaltis no Moisés Lucarelli. Foto: Divulgação


Jogos que vi em 2012 – Copa do Brasil – 2ªfase -  Ponte Preta 2 (4) x 1 (3) Atlético #33

A queda do Atlético para a Ponte Preta na Copa do Brasil deixou um gosto estranho na boca dos atleticanos. O time jogou melhor nas duas partidas e mesmo assim não conseguiu traduzir isso em resultado positivo. Foi o primeiro teste do Dragão com um adversário de Série A e o resultado não foi dos mais animadores. O time precisa aprender a ser mais contundente e não falhar nas finalizações. No Brasileirão vai ter jogo que o time terá uma ou duas chances apenas, tem que aprender a matar a partida.

Com o elenco baleado com as contusões, o técnico Adílson Batista tentou montar um esquema tático que neutralizasse as grandes virtudes do oponente. E Adílson conseguiu, pelo menos por um tempo. Na primeira etapa o Dragão foi muito bem em campo e apesar da bobeada sonolenta do minuto inicial, o time colocou a bola no chão e criou boas chances, mas não conseguiu converter nenhuma.

Adílson Batista sabia que o time de Gilson Kleina viria com três meias, Caio e Enrico variando pelas pontas e Cajá por dentro. No ataque ficava o centroavante Roger, autor do gol paulista em Goiânia. De forma inteligente, Adílson fez a dobradinha das laterais, com Ernandes ajudando Paulinho e Joílson do lado de Rafael Cruz, Pituca fez o primeiro homem e Bob ficou um pouco mais adiantado com Bida à sua direita, mas com liberdade de flutuação. Marcão era o Roger do Atlético.

A marcação ficou encaixada e a diferença era técnica, com vantagem para os goianos. Adílson só não contava com a noite pouco inspirada de Rafael e de Paulinho, os jogadores pouco apoiaram e prejudicaram o funcionamento do sistema. Isso porque o meio ficou recheado de volantes, com Bida sendo o jogador mais criativo e os laterais deveriam ter sido mais agudos.

Na minha formação, eu sacaria Paulinho ou Ernandes e entraria com o Elias, mas Adílson alegou que o jogador não conseguiria jogar o tempo todo. O treinador preferiu preservar seus atletas, acho justo. Isso porque não havia a necessidade de quatro volantes, o Bida não é volante hoje, três volantes pegavam três meias e como só Roger estava no ataque, um zagueiro pegava e o outro ficava na sobra.

Com a entrada de Juninho e Elias o time ficou mais incisivo e o volante Dodó entrou muito bem também pela direita e mostrou a insatisfação do treinador com o lado direito do time. Rafael Cruz em baixa, Éverton Silva não agradou, Joílson foi testado e Dodó também. O Rafael não conseguiu ser sombra do que foi na temporada passada, o Atlético precisa muito desse jogador, muito das laterais, pois o Serra Dourada ajuda a esses jogadores da posição aparecerem bem.

O time não vai jogar assim sempre, mas fora de casa contra times mais poderosos podem esperar que verão o Dragão desenhado dessa forma. Mas com Elias entrando nesse meio, pode dar um caldo melhor e o time ganha mais opções ofensivas, e o Marcão não será o atacante do time.

Nas penalidades a tragédia era anunciada, time terá que treinar mais, pois apesar de pênaltis para os menores ser coisa rara na Série A, uma mira calibrada pode render pontinhos salvadores que farão diferença na primeira semana de dezembro.

Agora é pensar no Goianão, contra o Crac o Atlético não tem que mudar o jeito de jogar, tem que impôr seu estilo e o time de Catalão que se vire.

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