quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Com pressão, sem pressão

 Damião abriu o placar para a Seleção e manteve sua boa fase. Foto:AFP


Jogos que vi em 2012 – Amistoso – Suécia 0 x 2 Brasil #110

Era para ser apenas um jogo festivo para despedida do Estádio Rasunda, em Estocolmo, onde o Brasil ganhou o seu primeiro título da Copa do Mundo. Mas para a Seleção Brasileira de Mano Menezes tinha mais em campo, tinha a pressão sobre o treinador. Não deveria ser assim, um amistoso não poderia ser pesado a esse ponto.

Os jogadores perderam a chance de serem mais simpáticos com a torcida brasileira ao reclamarem do peso da camisa comemorativa em alusão àquela usada na final de 58. Usaram a normal mesmo.

Em campo, a equipe foi reforçada com quatro jogadores que não estiveram em Londres. O zagueiro David Luiz no lugar de Juan, Daniel Alves no lugar de Rafael, Paulinho no lugar de Sandro e Ramires no lugar de Marcelo com Alex Sandro assumindo a esquerda.

O 4-2-3-1 ficou mais forte e menos torto. O lado direito dava nova opção para o Brasil com Daniel Alves e Ramires com a chegada de Paulinho ainda por cima. Oscar jogou aberto pelo outro lado na linha de três e invertia com Neymar que estava mais solto. Damião na referência seguia pronto para definir.

A Suécia não jogou tão bem, um time modificado e sem a estrela Ibrahimovic. Usou na maior parte do tempo o 4-4-1-1 com apenas Berg na frente com Toivonen aproximando. A única boa jogada da seleção sueca foi uma tabelinha por dentro desperdiçada por Berg.

O Brasil novamente não teve um primor de atuação, apesar dos três gols, assim como em Londres. Mas fez o primeiro gol em jogada construída, assim como havia feito com Neymar, mas que foi mal anulado.

Damião marcou de cabeça após ótimo passe de Neymar. Pato fez um gol esquesito e um de pênalti após ter sofrido o mesmo ao ser derrubado na linha da grande área após bom lançamento de Ramires.

Hulk ainda entrou pela direita, Lucas pela esquerda e com isso Ramires voltou mais para o meio. Mas o meio-campista ou “todo-campista” do Chelsea deve jogar aberto pela direita e dar força àquele lado. Para isso Daniel Alves tem que ultrapassar mais, fez isso pouco nesse jogo.

A vitória deve dar mais oxigênio para Mano Menezes, mas não deveria servir de parâmetro. O time precisa de mais, em menos de um ano tem Copa das Confederações e em dois a Copa do Mundo. Em dois anos de Mano na seleção pouco houve de evolução, será que compensa seguir assim? É a pergunta.

Um comentário:

  1. A Seleção Brasileira mais experiente rendeu mais. Daniel Alves e Ramires melhoraram a saída de bola para o ataque. Setor direito mais dinâmico.
    Muito boa sua análise sobre os esquemas táticos de Brasil e Suécia!
    O que acha do esquema 3-5-2?
    Fique com DEUS e forte Abraço!

    @PedroSilveira7
    http://comentariosdeclasse.blogspot.com.br/

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