sábado, 11 de agosto de 2012

O futebol peralta e o muleque

Brasileiros se lamentam com derrota e prata. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra



Jogos que vi em 2012 – Londres 2012– Final – Brasil 1 x 2 México #104

Mais uma geração de prata para a coleção, já são três. Parecia que seria dessa vez, mas não deu. Apesar de não ter empolgado em nenhum momento dentro da competição mesmo marcando três gols em cada um dos jogos. Faltou foi bola mesmo e o adversário da final foi duro.

O gol aos 28 segundos de jogo mudou a história da decisão, forçou o Brasil a impor seu jogo. Contra Egito, Belarus, Nova Zelândia, Honduras e Coreia do Sul o time de Mano Menezes não conseguiu empolgar, mostrar evolução e devido a fragilidade do adversário foi vencendo.

Contra o México seria diferente. Um adversário mais duro, taticamente organizado e que mesmo sem seu principal jogador, Giovani dos Santos, foi melhor e criou as melhores chances. O México tinha Peralta e o atacante decidiu.

O Brasil tinha Neymar, Oscar, Leandro Damião como principais armas. Só que também tinha um Alex Sandro perdido, um Juan frágil e sem confiança nenhuma no goleiro Gabriel. Tinha também o lateral Rafael Silva que em uma saída de bola equivocada entregou para Peralta abrir o placar.

Com o gol relâmpago o Brasil teria que atacar, correr atrás. O time sentiu o gol e só foi acordar depois do 20 minutos, só melhorou com a entrada de Hulk no lugar da invenção Alex Sandro. Mesmo assim foi pouco. Neymar e Oscar, nossos “craques”, não conseguiram decidir na individualidade. Foi difícil de ver.

No segundo tempo o Brasil voltou melhor nos primeiros minutos e chegou a pressionar, parecia que o gol estava ficando maduro. Não estava. O México começou a assustar, teve bola na trave, teve gol anulado e teve bobeada de marcação e gol de Peralta de cabeça, livre na área.

Mano Menezes demorou demais para mexer no time. Estava claro que ele precisava colocar o Lucas em campo. O jogador mais caro da história do futebol brasileiro poderia ser uma nova válvula de escape. Lucas lembra bem do Pré-Olímpico, merecia chance maior, foi ele quem decidiu. Por isso chorou emblematicamente.

Mano preferiu colocar Pato no lugar de Sandro. O atacante do Milan pouco fez. A Seleção ainda chegou ao seu gol com Hulk no começo dos acréscimos. Oscar não teve cabeça para empatar no último lance. Deu prata. De novo.

A geração de Neymar ficou com a prata, a Olimpíada contribuiu para reforçar a ideia que o trabalho de Mano não evoluiu como deveria. Os gritos de “Fora Mano!” começam a ecoar. O desânimo não é pela prata, mas sim pela falta de poder de uma Seleção que não consegue se impor. 

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