sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Com suor, luta e com sorte

Jogadores comemoram gol de Ernandes. Foto: (Randes Nunes/A Redação)



Jogos que vi em 2012 – Série A – 17ª rodada -  Atlético-GO 1 x 1 Atlético-MG #111

Mais emblemático que a conquista de um resultado com um panorama totalmente adverso, o jogo entre Dragão e Galo foi bom para o time goiano antes mesmo da bola rolar. O Atlético-GO voltou a ganhar respeito dos adversários e da crítica, fruto do trabalho árduo dos jogadores sob o comando de Jairo Araújo e dos dois empates em São Paulo.

Se no início do campeonato os adversários enxergavam três pontos na tabela quando viam o escudo do Atlético-GO, o discurso está mudando e é nisso que o clube tem que se agarrar. Outro fator importante, além da luta em campo, é o fator sorte. A bendita voltou a rondar os lados do Dragão que depois de tanta draga começou a dar sorte. As três bolas na trave de Márcio tem relação com a pontaria descalibrada do ataque do Galo na noite de quarta-feira, mas tem uma boa dose de sorte.

Em campo, Jairo Araújo começou a colocar as garras de fora ao escalar Diogo Campos, depois de “usar” a imprensa para que Cuca não imaginasse que o atacante estaria improvisado novamente. Mas esse posicionamento não durou cinco minutos.

Na prática foi um 4-4-1-1 com duas linhas de quatro. Posicionamento esse que dificulto muito para o Galo, segundo Cuca. Marino caiu para a lateral direita e Diogo Campos ficou aberto pela direita na segunda linha. Rayllan era o “1” atrás de Patric. Estava dando tudo muito certo até que Joílson foi expulso por uma agressão em Leandro Donizete.

Joílson tem sido um jogador muito importante nessa recuperação atleticana. Dá qualidade, dá experiência ao grupo, mas foi infantil e prejudicou. Mas a expulsão serviu para uma coisa, mostrou que o grupo está unido. Correram muito pelo Atlético-GO e pelo Joílson, o Ernandes que o diga.

Ernandes que marcou um belo gol em chute de fora da área e depois se desdobrou na marcação e na função de sair para o jogo. O Galo, líder, atacou muito no primeiro tempo. Chegou várias vezes, mandou na trave, mandou perto do gol, fez Márcio trabalhar. Empatou com o pequenino Bernard de cabeça em uma tecla que havia sendo martelada o tempo todo, mas com outro endereço, a cabeça de Jô.

No segundo tempo a equipe do Atlético-GO se reorganizou e passou a ser menos abafada do que no primeiro. Teve algumas chances no contra-golpe e em cobranças de falta. Não fez o segundo, mas também não levou. Importante para a moral e para aquela história do respeito com qual comecei esse texto.

Jairo Araújo participou ativamente do jogo com as substituições e no vestiário. Não teve vergonha de fazer alterações defensivas e equilibrou o jogo mesmo com um a menos. O Dragão está de parabéns pelo empenho e pela luta, mas em um campeonato tão equilibrado e duro, não se vive de empates. É como aquele ditado que fala que amor não enche barriga.

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