Jogadores comemoram gol de Ernandes. Foto: (Randes Nunes/A Redação) |
Jogos que vi em 2012 – Série A – 17ª rodada -
Atlético-GO 1 x 1 Atlético-MG #111
Mais emblemático que a conquista de um resultado com
um panorama totalmente adverso, o jogo entre Dragão e Galo foi bom para o time
goiano antes mesmo da bola rolar. O Atlético-GO voltou a ganhar respeito dos
adversários e da crítica, fruto do trabalho árduo dos jogadores sob o comando
de Jairo Araújo e dos dois empates em São Paulo.
Se no início do campeonato os adversários enxergavam
três pontos na tabela quando viam o escudo do Atlético-GO, o discurso está
mudando e é nisso que o clube tem que se agarrar. Outro fator importante, além
da luta em campo, é o fator sorte. A bendita voltou a rondar os lados do Dragão
que depois de tanta draga começou a dar sorte. As três bolas na trave de Márcio
tem relação com a pontaria descalibrada do ataque do Galo na noite de
quarta-feira, mas tem uma boa dose de sorte.
Em campo, Jairo Araújo começou a colocar as garras
de fora ao escalar Diogo Campos, depois de “usar” a imprensa para que Cuca não
imaginasse que o atacante estaria improvisado novamente. Mas esse posicionamento
não durou cinco minutos.
Na prática foi um 4-4-1-1 com duas linhas de quatro.
Posicionamento esse que dificulto muito para o Galo, segundo Cuca. Marino caiu
para a lateral direita e Diogo Campos ficou aberto pela direita na segunda
linha. Rayllan era o “1” atrás de Patric. Estava dando tudo muito certo até que
Joílson foi expulso por uma agressão em Leandro Donizete.
Joílson tem sido um jogador muito importante nessa
recuperação atleticana. Dá qualidade, dá experiência ao grupo, mas foi infantil
e prejudicou. Mas a expulsão serviu para uma coisa, mostrou que o grupo está
unido. Correram muito pelo Atlético-GO e pelo Joílson, o Ernandes que o diga.
Ernandes que marcou um belo gol em chute de fora da
área e depois se desdobrou na marcação e na função de sair para o jogo. O Galo,
líder, atacou muito no primeiro tempo. Chegou várias vezes, mandou na trave,
mandou perto do gol, fez Márcio trabalhar. Empatou com o pequenino Bernard de
cabeça em uma tecla que havia sendo martelada o tempo todo, mas com outro
endereço, a cabeça de Jô.
No segundo tempo a equipe do Atlético-GO se
reorganizou e passou a ser menos abafada do que no primeiro. Teve algumas
chances no contra-golpe e em cobranças de falta. Não fez o segundo, mas também
não levou. Importante para a moral e para aquela história do respeito com qual
comecei esse texto.
Jairo Araújo participou ativamente do jogo com as
substituições e no vestiário. Não teve vergonha de fazer alterações defensivas
e equilibrou o jogo mesmo com um a menos. O Dragão está de parabéns pelo
empenho e pela luta, mas em um campeonato tão equilibrado e duro, não se vive
de empates. É como aquele ditado que fala que amor não enche barriga.
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