domingo, 12 de agosto de 2012

Escapou entre os dedos

Jogadores vibram com 1º gol sobre o Santos. Foto: Léo Pinheiro/Terra



Jogos que vi em 2012 – Série A – 16ª rodada – Santos 2 x 2 Atlético-GO #105

O Atlético-GO teve no primeiro tempo contra o Santos a sua atuação mais consistente nesta temporada. Com Patric, Rayllan e o improvisado Diogo Campos, a equipe de Jairo Araújo exerceu uma marcação implacável e criou chances bem trabalhadas de gol. Dominou o Santos no Pacaembu. Só que a equipe voltou a cair no segundo tempo e cedeu o empate com interferência da arbitragem.

A equipe entrou em campo ligada demais e logo aos quatro minutos abriu o placar em uma escapada de Patric pela direita e bela finalização em chute cruzado e rasteiro. O Santos perdia em casa e a torcida chiava nas arquibancadas, pois o time não conseguia causar muitos perigos ao vice-lanterna.

O Dragão jogava no erro do adversário e chegou ao segundo gol após tabelinha entre Diogo Campos, que quebrou um galho danado na lateral direita, e o bom meia Rayllan e a finalização consciente de Wesley. Pronto, 2 a 0 no primeiro tempo e uma boa vitória na mão.

Seria assim, mas não foi. O Santos voltou mais agressivo com a entrada do bom meia Patito Rodríguez. O Atlético começou a recuar em campo, muito mais empurrado pelo Santos e pelo fator psicológico.

Especialmente nos últimos jogos do Dragão sob o comando do Atlético-GO, uma pergunta não quer calar: Por que o time não segura os resultados no segundo tempo? Teorias de diversas naturezas surgem e o aspecto físico sempre é colocado em xeque. Penso diferente.

Esses jogadores sofreram muito no início do campeonato quando a equipe era inofensiva. Nos últimos jogos a equipe começou a reagir e apresentar resistência para os adversários, inclusive os grandes. Os próprios jogadores não acreditavam que poderiam golear o São Paulo por 4 a 1 ou tinham a capacidade de colocar o Santos na roda dentro do Pacaembu.

E por isso os próprios jogadores adotam uma postura mais defensiva para segurar o que conseguiram construir. Não é culpa do Jairo, não é ele que recua o time, isso parte dos próprios jogadores dentro de campo. O treinador pode tentar mudar isso, mas Jairo ainda é novo no ramo, saberá lidar melhor.

A vitória poderia ter vindo. Mas no lance do primeiro gol Márcio voltou a dar rebote para o lugar errado e no segundo o árbitro Péricles Bassols inventou uma penalidade e o time acabou com o empate mesmo.

Jairo Araújo e os atletas terão até quarta-feira para trabalhar esse aspecto. O Serra Dourada estará no centro das atenções pois o líder Atlético-MG estará em campo. É o tipo de jogo que o Dragão gosta.

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