Jogadores vibram com 1º gol sobre o Santos. Foto: Léo Pinheiro/Terra |
Jogos que vi
em 2012 – Série A – 16ª rodada – Santos 2 x 2 Atlético-GO #105
O Atlético-GO teve no primeiro tempo contra o Santos
a sua atuação mais consistente nesta temporada. Com Patric, Rayllan e o improvisado
Diogo Campos, a equipe de Jairo Araújo exerceu uma marcação implacável e criou
chances bem trabalhadas de gol. Dominou o Santos no Pacaembu. Só que a equipe
voltou a cair no segundo tempo e cedeu o empate com interferência da
arbitragem.
A equipe entrou em campo ligada demais e logo aos
quatro minutos abriu o placar em uma escapada de Patric pela direita e bela
finalização em chute cruzado e rasteiro. O Santos perdia em casa e a torcida
chiava nas arquibancadas, pois o time não conseguia causar muitos perigos ao
vice-lanterna.
O Dragão jogava no erro do adversário e chegou ao
segundo gol após tabelinha entre Diogo Campos, que quebrou um galho danado na
lateral direita, e o bom meia Rayllan e a finalização consciente de Wesley.
Pronto, 2 a 0 no primeiro tempo e uma boa vitória na mão.
Seria assim, mas não foi. O Santos voltou mais
agressivo com a entrada do bom meia Patito Rodríguez. O Atlético começou a
recuar em campo, muito mais empurrado pelo Santos e pelo fator psicológico.
Especialmente nos últimos jogos do Dragão sob o
comando do Atlético-GO, uma pergunta não quer calar: Por que o time não segura
os resultados no segundo tempo? Teorias de diversas naturezas surgem e o
aspecto físico sempre é colocado em xeque. Penso diferente.
Esses jogadores sofreram muito no início do
campeonato quando a equipe era inofensiva. Nos últimos jogos a equipe começou a
reagir e apresentar resistência para os adversários, inclusive os grandes. Os
próprios jogadores não acreditavam que poderiam golear o São Paulo por 4 a 1 ou
tinham a capacidade de colocar o Santos na roda dentro do Pacaembu.
E por isso os próprios jogadores adotam uma postura
mais defensiva para segurar o que conseguiram construir. Não é culpa do Jairo,
não é ele que recua o time, isso parte dos próprios jogadores dentro de campo.
O treinador pode tentar mudar isso, mas Jairo ainda é novo no ramo, saberá
lidar melhor.
A vitória poderia ter vindo. Mas no lance do
primeiro gol Márcio voltou a dar rebote para o lugar errado e no segundo o
árbitro Péricles Bassols inventou uma penalidade e o time acabou com o empate
mesmo.
Jairo Araújo e os atletas terão até quarta-feira para
trabalhar esse aspecto. O Serra Dourada estará no centro das atenções pois o
líder Atlético-MG estará em campo. É o tipo de jogo que o Dragão gosta.
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